XXXV

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Já era alta madrugada quando Rodolffo escuta um barulho e desperta. Na meia luz enxergou quatro homens com revólveres em punho.

Pensou estar sonhando e fechou novamente os olhos até ouvir risadas.

- Não é sonho não... Acorda X9.

Dessa vez quem despertou foi Juliette e já apavorada.

- Acordou chefinha. - ela reconheceu a voz do cobra e cobriu-se completamente. - Huuuum... Está do jeito que eu sempre sonhei te ver.

- Cala a boca desgraçado! - Rodolffo gritou e Juliette agarrou-se nele. - Respeita a minha mulher.

- Sua mulher o caralh0... Fi de put4. Seu arrombad0... - Cobra apontou o revólver para Rodolffo.

- Atire... Você não é fodão.

- Um puto desses... Arruma Juliette e você vai comigo. O véi quer te ver.

- Ela não vai a lugar nenhum. - Rodolffo tentou impedir.

O resultado foi que Juliette foi testemunha de uma bárbara surra que quatro marginais deram no seu homem.

- Por favor... Por favor... - ela implorava em meio as lágrimas, mas terminou por ser arrastada para fora do apartamento enquanto Rodolffo estava fatalmente desmaiado no chão do quarto de casal.

...

Na manhã seguinte, Vicente aguardava por Juliette que não compareceu ao depoimento.

Ele fez alegações dizendo que havia algum imprevisto e tentou ligar para Rodolffo inúmeras vezes, mas só caia na caixa postal. Foi então que numa atitude súbita resolveu ir até o apartamento de Juliette.

Vicente dirigiu rápido e logo estava ali, onde conseguia entrar sem dificuldade. Pegou o elevador e logo estava na porta do apartamento.

- Tem alguém? - ele disse girando a maçaneta e dando um grito em susto pelo que via. - Meu Deus do céu! - exclamou ao ver a situação do amigo.

...

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