Vicente ficou responsável por dá amparo as vítimas e já foi logo fazendo a defesa de Juliette.
- Vocês coloquem nos atos do processo que minha cliente estava feita de refém pelo pai e sua corja. Juliette é mais uma vítima desse psicopata.
Juliette que não gostava muito de Vicente lhe agradeceu pela imensa ajuda.
- Não há de quê. Rodolffo já fez muito mais por mim. Por falar nele, já despertou e me ligaram avisando.
- Eu preciso mesmo ir ao hospital. Será que posso ir ao mesmo que está o meu amor?
- Claro que pode. Vamos na viatura. Vem Juliette.
Vicente as levou juntas para o hospital e foi ali que recebeu informações concretas da morte de fumaça. A família foi avisada e juntas se abraçaram.
- Infelizmente ele buscou isso. Mas eu sinto muito.
- Não sinta. Ele não valia nada. - Exclamou Dulce.
Logo em seguida o telefone de Rodolffo tocou e era Isabela. De alguma forma Juliette viu uma tristeza no semblante de Vicente e antes de atender, ele olhou seu aparelho celular.
- É a Isabela. Pode falar com ela Juliette?
A conversa foi breve mais esclarecedora. Vicente aguardou até o fim da ligação.
- Ela não quis falar comigo?
- Não Vicente. Ela havia dito alguma coisa?
- Não... Eu pensei... - ele interrompeu o raciocínio. - Nada Juliette. Está tudo bem. Agora que já foi avaliada pode ir ver o Rodolffo.
- E você não vem?
- Depois eu vejo ele. A gente não pode se olhar muito. Sabe como é... Ele vai me chamar de louco e um monte de outras coisas. Diz para ele que fique firme, logo a gente marca uma pelada.
- Pelada?
- É... A gente joga as vezes. Sempre jogamos um bom futebol.
- Vicente muito obrigada. De verdade.
- Por nada.
- Eu vou dizer a Bela sobre os seus feitos e a sua honrosa ajuda.
- Não. Evite falar de mim a ela. Sinto que estou sendo inconveniente.
Juliette ficou em silêncio.
- Quando sair a data do seu interrogatório, eu aviso. Fiquem bem.
- Tchau Vicente.
Cabisbaixo ele partiu. Juliette logo foi ver Rodolffo.
O achou já sentado na cama e quando o abraçou ele disse um sonoro 'ai'.
- Desculpa amor. Como você está?
- Recuperando e você?
- Bianca e eu estamos bem, mas foi horrível. Tudo foi como um filme de terror.
- Tocaram em você?
- Não na forma de um abuso sexual, mas com violência sim. O meu pai e o cobra morreram.
- Cada um escolhe o seu destino.
- O Vicente foi muito bom com a gente.
- Eu soube. Ele é um irmão, as vezes é inconsequente, mas não tem maldade no coração.
- Ele gosta da Bela.
- Que Bela?
- A sua irmã...
Rodolffo fez cara de surpresa.
- Não gente... Ele viu a Bela menina... Criança mesmo.
- Rodolffo é sério isso?
- Juliette a gente é diferente meu amor .
- Não é nada diferente. Não julgue o Vicente por que você não pode. Mas parece que a Bela não o quer.
- A Isabela nunca teve um namorado e minha mãe sempre fez suposições sobre a orientação sexual dela.
- É mesmo? Então ela gosta de garotas?
- Não sei. Ela sempre se abriu mais com meu pai. Eles são super unidos e ele a protege muito também. Ela foi criada no campo, mas é muito princesa do papai. Não é da forma que todo mundo tá acostumado com um monte de mimação, mas ele zela muito por ela, afinal por nós dois. O meu pai é o melhor do mundo.
- Seu Antônio é incrível mesmo. Por isso você também é.
- Que eu consiga criar os nossos filhos com o mesmo amor que meu pai nos criou. - ele tocou a barriga de Juliette. - Eu tive um medo absurdo.
- Agora está tudo bem amor.
Eles deram um selinho demorado.
...
Horas mais tarde.
Apartamento de Vicente.
Eram exatas 21:36 horas, Vicente terminava de desligar o computador e logo depois foi até a cozinha tomar um copo de água. Estava cansado e já se preparava para dormir quando o barulho do toque do seu telefone o levou ao sofá do apartamento.
- Alô... - do outro lado só se ouviu uma respiração. - Quem fala?
- Vicente, sou eu. - ele que estava tristonho, sorriu. - A Isabela.
- Oi Isabela. Ainda acordada essa hora?
- Esperei meus pais dormirem para te ligar. Como você está?
- Estou bem e melhor agora falando com você.
- Vicente vamos falar a sério.
- E por que julga que eu não falo sério?
Ela desconversou.
- Me fale como foi tudo hoje?
- O quê tanto quer saber?
- Eu quero saber tudo que puder contar. Principalmente do meu irmão e da saúde dele, também da Juliette e da bebê.
Vicente ia falando e Isabela ouvia e opinava.
Nisso vinte minutos se foram rápido.
- Eu vou ter que desligar Vicente. Meus créditos vão acabar todos.
- Não quero terminar a ligação assim. Vou te ligar.
Isabela estava com o telefone na mão e atendeu a chamada prontamente.
- Agora vai me dizer o motivo pelo qual se sente tão grato ao Rodolffo.
- Não quero falar disso com você. Ainda não é o momento.
- Vicente... Você não vai dizer a todo mundo, eu prometo guardar segredo.
- Não é um segredo. É só uma história triste.
Isabela ficou aguardando ansiosa o desenrolar da história.
...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Na mira da paixão: impossível escapar
FanfictionDois mundos. Um homem e uma mulher envolvidos em um plano onde o único objetivo é prender bandidos perigosos. Um policial renomado e uma filha do tráfico, o quê pode acontecer?