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Juliette passou dois dias sem ir ao vidigal e Rodolffo tentou ouvir o quê poderia ter acontecido com ela, mas nada chegava em concreto para ele.

Ele imaginou que ela tinha desistido dele e isso o fez acreditar que a intensidade daquelas duas noites era apenas pela descoberta da sexualidade dela em seu estado ativo. Juliette quis viver aquilo com ele, viveu e ponto final, assim concluiu precipitadamente.

Mas ao fim da tarde, quando geral se recolhia após as obrigações diurnas, ele ouviu um "psiu" sonoro e entrou num beco sendo abraçado por trás.

- Oi piruquinha... - ela deu um beijo em suas costas.

Rodolffo sorriu e virou para ela.

- Oi sumidinha. Onde esteve?

- Sentiu saudades de mim?

- Fiquei preocupado. - ele disse segurando os ombros de Juliette e ela tentou abracá-lo. - Eu estou todo sujo. Vem cá em casa que depois posso te dá muito abraço.

- Minha sobrinha esteve doente e eu cuidei dela com minha mãe, mas ainda não posso ficar para dormir.

- Não se preocupe por isso, só em saber que você está bem é muito bom para mim. - ele fez um carinho no rosto de Juliette.

- Mas eu não quero ficar sem você hoje. Eu quero dormir de conchinha depois que a gente fizer amor.

- Se você não pode ficar...

- Vem comigo. Dormir na minha casa.

Juliette fez o convite olhando nos olhos de Rodolffo e ele ficou em silêncio.

- Eu contei a minha mãe da gente e espero que não fique chateado comigo.

- Você está me pressionando, sabia?

- Desde o primeiro instante.

- Isso não é bom na maioria das vezes, mas eu não consigo dizer que não quero. - ele segurou a mão de Juliette e te perguntou: quer namorar comigo?

- Eu quero desde o instante que te vi pela primeira vez. - ela o abraçou forte e contra o seu peito disse um sonoro "sim".

- Eu nunca dormi na casa de uma namorada com a família dela junto. Não sei como vai ser isso, mas vou contigo.

Rodolffo sabia que estava embarcando na maior loucura da sua vida. Em todas as missões investigativas da sua vida, seu padrão era não criar vínculos, mas agora estava vinculado muito mais do que deveria a Juliette.

Ela o arrumou devidamente e juntos foram na sua moto para a casa do seu alvo. Vestidos de preto sumiram na noite e trinta minutos depois estavam num condomínio de luxo.

- É aqui que eu moro com a minha mãe e a minha sobrinha. - Juliette disse confiante e Rodolffo olhava atento para tudo.

Analisando como profissional, ele tinha tudo nas mãos para prender a chefe do tráfico e isso seria um grande feito para a sua carreira, mas ele já não estava firme na missão como antes.

Juliette ia para o apartamento pela escada, assim evitava ter maiores contatos, mas Rodolffo a convenceu que estando com ele isso não era necessário.

Ele colocou o capuz na sua cabeça e entrou com ela no elevador, a beijando em seguida.

- Quer que eu te tire dessa vida? - ele disse sério.

- Quero, mas te quero junto comigo.

- Nem sempre é possível ter tudo, mas se você quiser sumir do tráfico, eu te tiro disso. Essa é a única promessa que eu posso te fazer.

- Sem você eu não quero.

- Ganhar a liberdade é o seu sonho.

- Mas abrir mão de você não é uma opção.

O elevador se abriu e logo estava diante deles dona Dulce e Sophia.

...



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