XIII

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Desde o dia que Juliette disse que queria ter um filho com Rodolffo, ele tentou redobrar os cuidados e também começou a ver meios de libertá-la daquela vida.

Rodolffo já tinha muitas provas e todas elas giravam em torno do Cobra. Nas reuniões que ele tinha com os superiores, Arlindo de Souza Cruz, era o ponto principal e Rodolffo o qualificava como o cabeça do tráfico no Vidigal e não Juliette.

- Ela é uma vítima. Do pai e de todo o resto. Eu posso afirmar e provar que a Chefe, não é chefe de verdade.

- Ribeiro, ela continua culpada.

- Eu estou te provando o contrário.

- Ela é uma assassina. Esse crime é suficiente para condena-la.

- É um personagem que o pai dela criou. O Fumaça queria proteger a filha, matou em seu nome e também a treinou sobre defesa pessoal.

O seu superior sorriu e Rodolffo não gostou, achou um deboche.

- Eu vejo que ela não vai precisar nem gastar com advogados.

- O senhor não me insulte. Eu sou um profissional sério e vou te provar o quê estou dizendo.

- Não tem como desvincular ela disso. A sua esperança é essa, não é?

Rodolffo ficou sério.

- Ninguém questiona o seu trabalho e não temos nada a ver com quem aquece as suas noites, mas já temos a data da invasão ao Vidigal e nesse dia se a Chefe não for presa, o detido será você.

- Isso não é a verdade. Eu tenho a confiança dela e as pessoas acham que nós temos algo. São só especulações. As pessoas tem inveja de mim.

- Tem um mês para elucidar tudo.

- Um mês? Mas a minha missão termina em seis meses? Antes era muito mais tempo.

- Me agradeça, faço isso por que te estimo muito e quero que você volte a sua vida e esqueça o vidigal.

- Eu acho que não consigo em um mês.

- Consegue sim. Seja um homem racional.

Depois que saiu da reunião, Rodolffo se sentiu péssimo. Já tinha quase dois meses que estava com Juliette e cada dia que passava sentia mais amor por ela.

A admirava, a adorava, sentia uma saudade absurda. Todos os dias ficava ansioso para dormir com ela e não perdia a oportunidade de amar seu corpo.

Naquela noite, ele chegou bem mais tarde e Juliette o recebeu já de pijama.

- O quê aconteceu que demorou tanto? Sophia estava querendo brincar contigo, mas adormeceu.

- Eu tive um contratempo, mas não quis deixar de vir te ver.

- Vem jantar... - ela disse segurando as mãos dele.

Mas Rodolffo não quis comer. Colocou Juliette no colo e a levou para o quarto.

- Você está apressado hoje... - ela disse sorridente.

- Sou doido por você. Eu quero passar a noite amando você. Não vim aqui para dormir...

- Eita... Eu quero.

...

Na mira da paixão: impossível escapar Onde histórias criam vida. Descubra agora