XXVI

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Quando deitaram na cama, Rodolffo deu um beijo em Juliette e em seguida beijou sua barriga. Ele ficou um bom tempo fazendo carinho e conversando com o pequeno bebê.

- Dorme com Deus meu anjinho de amor. - ele disse e olhou para Juliette que estava emocionada. - Ôh... Não chora.

- Esse bebê vai ter a sorte que minha irmã e eu não tivemos. Ele ou ela será livre. Terá a proteção do melhor pai do mundo.

- Não sei se vou ser o melhor pai do mundo por que esse título meu pai já tem, mas vou tentar.

- Eu vi a sua alma Rodolffo. De alguma forma você foi transparente para mim. Não sei explicar, mas todas as manhãs eu ficava te olhando e aquilo me fazia tão bem. Poder te ouvir e ver o quanto você era inteligente me prendeu desde o princípio.

- Você me vendo e eu querendo te ver, mas nunca conseguia. - ele tocou o rosto de Juliette. - Confesso que estava ansioso pelo encontro e acho que demorou um pouco, mas foi surpreendente.

- Eu me arrumei inteira para você.

- Mas parou o baile com tanta beleza e graça. Você é linda.

- E você é lindo, maravilhoso, carinhoso, protetor e o homem que toda mulher deseja ter na vida.

- Durante tanto tempo eu desejei ouvir isso, mas não faria sentido se não fosse dito com verdade. É uma delícia emocionante partilhar essa vida contigo. Eu sinto verdade em você desde o primeiro contato.

- Eu te quero tanto meu marido...

- Marido?

- Não é oficialmente...

- Não é necessário papéis para provar o nosso compromisso. - Rodolffo deslizou as mãos sobre as coxas de Juliette. - Você é a mulher que eu quero para o resto da minha vida. Não importa o passado... Juliette eu só quero ter você para sempre.

- Eu também te quero para sempre.

Juliette beijou os lábios de Rodolffo lentamente e depois mordiscou sua orelha.

- Eu sou louca por você... Viciada totalmente nos seus carinhos.

- Como que eu digo não para você mulher?

- Eu nunca recebi um não... Então...

Ele a beijou com paixão e logo estavam entregues um ao outro.

...

Mesmo que eles tenham sido silenciosos, Madalena estava ouvindo do outro lado da porta a conversa do casal, percebendo o motivo do término do diálogo, voltou para o quarto rapidamente.

Antônio despertou e não gostou de ver a esposa de pé.

- O quê faz aí? Vamos dormir.

- Você sabe o quê o seu filho está fazendo agora?

- Não. E isso não é da nossa conta.

- Não é amor Antônio. É fogo. Rodolffo parece um adolescente com essa moleca.

- Não quero falar disso essa hora mulher.

- Ela é uma vagabunda. Soube prender um homem vivido muito bem. - Madalena disse amarga.

- Eu confio no meu filho e sei muito do caráter dele. Rodolffo não está com essa moça só por isso.

- Ah não?! Eu duvido que não seja. A Bruna...

- Era uma sem vergonha. Traia o seu filho e ainda queria dá o golpe da barriga nele. Por favor não a defenda e você sabe que aquele relacionamento era cômodo para ele, mas não era amor, nunca foi.

- E essa daí, deu o golpe da barriga também.

- Não vou lhe dizer as coisas que o Rodolffo me conta. Mas antes de julgar a moça, dê a ela uma chance. Eu acredito que ela é sincera com ele.

- Vamos ver até quando vai esse conto do Rodolffo. Essa criança não é filha dele... Quando nascer vamos ver e todos dirão que eu estava certa.

- Madalena... Não haja assim.

- Vai nascer preta para mostrar que não é do meu filho. Rodolffo vai chorar, mas tudo passa.

- Que maldade Madalena. Não renegue uma criança inocente que nem nasceu ainda.

Antônio estava decepcionado com Madalena e foi dormir na sala.

...

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