As 13:50 Rodolffo batia na porta do apartamento e Juliette já estava pronta. Quando a porta se abriu, Rodolffo a olhou com ternura.
- Você está ainda mais linda nesse vestido.
- Não é a minha roupa favorita, mas é a que me sinto confortável no momento. A barriga está crescendo bastante ultimamente.
- Posso? - ele disse fazendo menção de tocar na barriga dela e ela permitiu.
Quando a mão dele tocou na sua barriga, Juliette sentiu o corpo extremer.
- Oi neném... É o papai... Hoje nós vamos ver você e saber de tudo sobre você. Eu sinto saudades suas e de estar perto. O papai te ama.
Juliette se fez de forte, mas não foi convincente, Rodolffo viu ela enxugar as lágrimas.
- Se estiver pronta, vamos?
- Sim. Vou buscar minha bolsa.
Saíram os dois e o silêncio reinou o caminho inteiro. Rodolffo apesar disso, não tinha queixas, estava satisfeito de tê-la ao seu lado de novo.
Quando pararam no estacionamento da clínica, ele abriu a porta para ela e a ajudou a descer do carro. E quando começaram a caminhar, ele segurou sua mão e beijou.
- Rodolffo... Não comece.
- Não estou começando nada. Só estou dando um beijo na mão da mãe do meu bebê.
- Não é por que eu te beijei mais cedo que vou permitir certas intimidades.
- Permitir não é a palavra certa... - ele disse no ouvido dela e sorriu.
- E qual é?
- Eu te digo mais tarde, quando estivermos a sós.
Juliette abanou a cabeça e o assunto morreu ali.
Ela ficou conversando sobre outros exames que tinha feito e Rodolffo ouvia atento.
- É muito bom ter um plano de saúde. - ela disse animada.
- Você deveria ter a muito tempo...
- Não era possível e você sabe o por quê.
Nesse instante ela foi chamada para a ultrassonografia e Rodolffo tocou novamente a sua mão sentindo a mesma gelada.
- Não fique ansiosa. Tudo está bem.
- E se não estiver, o quê vamos fazer?
- Não pense negativo. Você não está sozinha.
Juliette foi se trocar e voltou com uma espécie de bata, logo foi deitou-se na maca, onde Rodolffo sentou-se ao lado e beijou sua testa.
- Está tudo bem linda. - ele disse e o médico o olhou.
- O senhor é o pai dela?
Aquela pergunta pegou Rodolffo desprevenido. Sabia que a diferença de idade era notável, mas cogitar que ele fosse o pai de Juliette era um pouco de exagero.
- Ele é o pai do bebê... Não tem idade suficiente para ser meu pai. Nossa diferença de idade é de 12 anos. - Juliette retrucou.
- Desculpa a pergunta, mas é que as aparências enganam.
Rodolffo digeriu aquele diálogo, mas ficou em silêncio. Será que ele estava tão velho ao ponto de parecer pai de Juliette?
- Olha o coração...
Os batimentos cardíacos estavam ritmados e intensos, Rodolffo ficou admirado com eles e os olhos inundaram.
- Agora vamos ver se o bebê tem as pernas abertas.
- Vai ser sim...- Juliette disse sorridente.
O médico fez três tentativas e na última teve a certeza.
- Menina! Vejam só! Uma genitália feminina.
Juliette vibrou de felicidade, mas Rodolffo ficou mais quieto e limitou-se a dizer:
- É a princesa do papai...
- É a nossa bonequinha. - Juliette disse lhe apertando a mão e buscando o ânimo dele. - Doutor está tudo bem com a nossa menina?
- Sim. Ela é perfeita e está se desenvolvendo lindamente.
Na saída da clínica, eles saíram de mãos dadas, mas Rodolffo parecia desanimado.
- O quê houve? Você queria um menino? - Juliette disse assim que sentou-se no carro.
- Não é isso... Eu estou feliz por ser papai de uma menina.
- Mas não está parecendo...
- Acho que você tem razão.
- Em quê?
- Eu não quero que ande comigo e as pessoas pensem que sou seu pai.
Juliette olhou para Rodolffo incrédula.
...
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Na mira da paixão: impossível escapar
FanfictionDois mundos. Um homem e uma mulher envolvidos em um plano onde o único objetivo é prender bandidos perigosos. Um policial renomado e uma filha do tráfico, o quê pode acontecer?