- Eu também chorei por que eu não quero criar um filho no meio do tráfico. A nossa herança já é muito pesada. Rodolffo vamos fugir, por favor arrume um lugar para nós. Minha mãe está conhecendo alguém e levará a Sophia, a nossa família precisa de um lugar novo.
Rodolffo se acalmou um pouco e segurou as mãos de Juliette.
- Essa é a notícia mais incrível que eu já recebi na minha vida. E olhe que um dia outra mulher já tinha me dado uma notícia assim...
- Você disse que não era pai... Então tem um filho?
- Não era meu. Por Deus descobri a tempo.
Ele beijou cada mão de Juliette e depois voltou a falar.
- Me perdoa Juliette.
- Perdoar? - ela disse buscando os olhos de Rodolffo.
- Juliette eu não sou um filho do tráfico. Minha infância não foi no alemão. Meus pais são duas pessoas honestas, humildes e o casal que eu mais me espelhei na vida. Eu tenho muito orgulho das minhas origens e da minha família, assim como também do meu esforço para ser o quê eu sou hoje.
Juliette estava em choque e tentou soltar as mãos, mas Rodolffo não deixou.
- Eu entrei no Vidigal para fazer justiça e te prender era o meu objetivo.
Juliette tinha os olhos arregalados e estava paralisada.
- Eu sou um agente da polícia especializada em tráfico de drogas, de armas e também em pacificação. Estou na polícia a exatos oito anos.
Juliette deu um grito e com o susto Rodolffo soltou seus dedos, permitindo que ela conseguisse fugir. Com desespero ela saiu correndo freneticamente e ele atrás. Não era assim que a conversa ia terminar.
- Pare! Pare Juliette! - Rodolffo gritou e ela não parou, mas seu choro era ouvido.
Ele correu mais rápido e conseguiu segurar seu braço. Juliette quase caiu pela brusca parada, mas Rodolffo a abraçou e recebeu muitos socos no peito.
- Por que fez isso? Por quê? - ela perguntou chorando. - Eu confiei em você. Agora você vai me prender?
- Não meu amor. Eu não vou prender você, a não ser nos meus braços. Eu não te trai... Eu menti sim, mas nesse tempo todo eu busco provas que te inocentam e as tenho. Juliette você tem chances de ser livre, plenamente isenta de qualquer acusação.
Juliette soluçava, mas ouvia o quê Rodolffo dizia.
- Mas para isso você tem que se apresentar a polícia.
- É uma armadilha... Eu não confio mais em você. - ela disse se libertando dos braços dele.
- Confia sim, por que eu não vou te causar nenhum mal. Por três meses fomos um do outro e nos amamos de verdade. Eu tenho caráter Juliette e responsabilidade também. Meu maior objetivo nesses últimos dias tem sido te inocentar. Eu tenho um grande amigo que vai te defender e ele vai conseguir te libertar totalmente.
- E se não conseguir?
- Eu viro o mundo, mas eu luto por você e pela nossa família. Juliette eu quero que seja a minha esposa. A minha parceira. A minha melhor amiga e a mãe de todos os filhos que você quiser me dá.
- Não minta mais... - ela deu as costas a ele, mas Rodolffo a abraçou.
- Não estou mentindo. Você consegue sentir a minha verdade e eu sei disso. Amanhã eu vou estar na linha de frente do confronto para desmanche do tráfico no Vidigal. - Juliette virou-se para ele. - Eu quero sair vivo de lá, mas as coisas são diferentes na prática. Se algo me acontecer...
- Cala a boca... Não diga isso.
- Se eu morrer, diz ao nosso fi... - Juliette lhe beijou subitamente.
- Eu não consigo sentir raiva de você. Eu só quero ser amada por você e que se dane o mundo a nossa volta.
- Quer casar comigo Juliette?
- É tudo que eu mais quero nessa vida.
Rodolffo tirou do bolso da calça uma caixinha e abriu revelando um par de alianças, que logo estavam nos dedos dos dois. Depois apressados, foram em busca de um lugar seguro para curtirem o resto da noite juntos.
...
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Na mira da paixão: impossível escapar
FanfictionDois mundos. Um homem e uma mulher envolvidos em um plano onde o único objetivo é prender bandidos perigosos. Um policial renomado e uma filha do tráfico, o quê pode acontecer?