Ao entrar no apartamento, Rodolffo já imaginava o quê ia encontrar, mas ver Bruna transando com um desconhecido na sua cama fez ele ter vontade de cometer um crime.
- O meu marido! - ela disse quando viu Rodolffo no reflexo do espelho.
Imediatamente o casal se desvinculou e Rodolffo permanecia com o revólver em punho.
- Amor eu posso explicar... - Bruna disse se cobrindo.
- Fala pra ele a verdade mina. Diz para o corno quem é o pai do seu filho. - o cara disse desafiador.
Rodolffo pensou em matar os dois, mas desistiu e baixou o revólver.
- É verdade que o bebê não é meu? Diga Bruna.
- Amor... Eu posso explicar.
- Sim ou não?
- É dele, mas eu queria que fosse seu. Tentei tanto, mas você nunca conseguiu.
- Além de me fazer de palhaço, por que até o porteiro sabia de vocês, ainda quer me dizer que eu sou estéril? Bruna você não tem medo de morrer?
- Rodolffo... Eu só queria que a gente fosse uma família...
- E eu cara? Como eu fico nesse bagulho? - o desconhecido disse indignado.
- Eu te dou 1 hora para que você tire tudo que é seu daqui e vá embora. Bruna esqueça que eu existo e você vá para o raio que o parta. Nunca mais cruzem o meu caminho por que a minha piedade tem prazo de validade.
Rodolffo era um homem de palavras duras. Foi até o porteiro e exigiu que ele tirasse Bruna do apartamento em uma hora e o homem o olhou assombrado.
Depois de deixar o prédio, Rodolffo foi até o centro de polícia. Lá teve nova conversa com seu supervisor.
- Vou entrar lá para matar e também estou disposto a morrer.
- Não diga isso Ribeiro. Palavras tem poder.
- Eu vou fazer dessa missão um legado de vida. Quero dá o meu máximo, não restará nenhum marginal no Vidigal.
- Por favor não mate a Chefe, precisamos dela viva.
- Isso depende muito. Não vou ter piedade de ninguém.
- Ribeiro está muito afetado, mas não pode estar assim para entrar lá. Tem que ter calma.
- Estou cansado de ter calma.
...
Na casa de Juliette
Dulce escovava o cabelo da filha e Juliette sorria com tanto mimo.
- Mãe, não precisa, faça isso só na Sophia.
- Precisa sim... Será sempre a minha menininha.
- Ah mãe... A senhora nem existe.
- Um dia outra pessoa vai tomar o meu lugar, então eu tenho que aproveitar.
- Ninguém toma o seu lugar mãe.
- Não diga isso por que eu sei que um dia você vai querer ter um companheiro de vida Juliette.
- O cara precisa ser O CARA para que eu cogite a possibilidade.
- E o cobra?
- É um escroto. Cobra nunca vai me tocar em mim. Entre nós existe um abismo.
- Por quê?
- Ele é terrível. Ele vive cometendo todo tipo de atrocidade e quem leva a culpa sou eu. Não o dispenso por que meu pai gostava dele. Ainda bem que ele tem medo de mim, se não já teria me pego a força.
- Você alimenta as mentiras do seu pai?
- Claro. O pai fez tudo para que eu fosse temida, afinal sou mulher e ele sabia que os homens só teriam medo de mim se eu fizesse coisas grandes, então o pai se encarregou disso.
- Seu pai... Como ele mentiu para mim... Eu nem acredito que acreditei.
- Realmente não sabia que ele era desse mundo?
- Não. Ele era outra pessoa e eu só soube quando engravidei de você. Como eu era muito nova entrei em Pânico, então ele me mostrou a vida dele. Para casa eu não pude mais voltar então fiquei com ele.
- Os homens não prestam, isso eu sei.
- Isso por que você nem sabe do resto... Não prestam, mas viciam e nos enlouquecem também. Meu Deus, seu pai era um homem incrível.
- Eu sei que ainda vou me apaixonar, mas quero o mais astuto dos bandidos.
- Juliette...
- É verdade mãe. Eu não quero um estúpido como o cobra que ia dizer a todo o vidigal que transou comigo. Não mesmo. Isso é mostrar vulnerabilidade e eu não posso ser vulnerável para aqueles homens.
- Então isso nunca vai acontecer por que você nunca sai do Vidigal.
- Talvez um dia eu saia. E esse dia não está muito distante mãe.
...
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Na mira da paixão: impossível escapar
FanfictionDois mundos. Um homem e uma mulher envolvidos em um plano onde o único objetivo é prender bandidos perigosos. Um policial renomado e uma filha do tráfico, o quê pode acontecer?