XXIV

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Um mês se passou desde que o casal passou a viver juntos no apartamento de Rodolffo e eles precisavam desse tempo de maturação na convivência por que existiam muitas diferenças. O dia a dia não era algo tão previsível como eles julgaram que seriam.

- Eu já lavei a louça amor... Não quero que você reclame. - Juliette disse assim que Rodolffo voltou do mercado.

- Não precisava lavar . Eu já cheguei e lavaria.

- Sempre é você quem faz... Tenho que acostumar que no futuro serei eu em casa e você na rua.

- E isso é ruim? Acaso se sente aprisionada aqui?

- Eu tenho saudades da minha liberdade de antes e principalmente de sair de moto por aí.

Rodolffo engoliu no seco e preferiu não discutir. Levou as compras até a cozinha e Juliette foi atrás ver o quê ele trazia.

- Huuuum... Eu amo esse bolo. - ela pegou e foi imediatamente abrindo a embalagem.

Rodolffo relevava muito as coisas de Juliette e se alegrava quando a fazia sorrir. Ela comeu o bolo praticamente todo e depois se culpou.

- O médico disse que não posso comer tanto, lembra? - ela disse triste lambendo os dedos.

- É só hoje meu amor.  Não vai lhe fazer mal.

- Estou bem gordinha... Estar grávida é uma loucura sabia?

- Eu imagino que realmente seja...

- Estava com fome... - ela disse passando a língua nos lábios. - E agora estou com uma vontade enorme de fazer amor com você.

Rodolffo não se controlou e sorriu.

- Rodolffo...

- Realmente vivemos nos extremos... Ora briga comigo e outra quer me arrastar para a cama.

- Por que você é muito bom... Sabe?

- Eu só não quero ser só isso para você... - ele disse tocando o rosto de Juliette.

- Você é o pai desse bebê também.

- Eu sou o seu amor, seu companheiro e pai desse bebê lindo que está te deixando ainda mais linda.

- Não me acho linda. Estou gorda e não paro de comer. - ela disse chorosa e Rodolffo a abraçou.

- Está linda demais. Nem imagina o quanto. Não fique assim...

Ele tomou a iniciativa de um beijo apaixonado e não negou a vontade de Juliette em fazer amor. O sexo sempre era bom e qualquer diferença era resolvida na cama.

- Aaaah... Não sei como esperei tanto tempo por isso. Eu sou viciada nesse prazer. - ela disse beijando o peito de Rodolffo.

- Se um dia eu não puder te proporcionar isso, ainda ficará comigo?

Rodolffo estava desenvolvendo inseguranças quanto a sua relação com Juliette.

- Que pergunta é essa?

- Juliette a vida não é só isso... Haverão dias cansativos... Eu sou mais velho e isso vai pesar um dia. Em breve teremos um bebê nos braços e a nossa rotina vai mudar. Virá o seu resguardo...

- Não gosta mais disso?

- Eu amo isso. A gente é sem igual. Nunca tive uma vida sexual tão ativa como tenho com você.

- Está cansando de mim... - ela se afastou.

- Não. Eu nunca canso de você. Te acho cada dia mais maravilhosa. Só que temos que pensar nos próximos dias. Inclusive por que quero te levar na casa dos meus pais...

Na mira da paixão: impossível escapar Onde histórias criam vida. Descubra agora