XLIX

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Seis meses depois...

Hoje era um dia muito decisivo na vida de Juliette e ela sabia que a sua liberdade estava em jogo.

De manhã cedo tomou um banho bem demorado e foi se arrumando. Quando Bianca despertou, ela a colocou para mamar e a pequena dormiu logo depois de arrotar.

Juliette estava fazendo carinhos no rosto da sua bebê, quando é abraçada por Rodolffo.

- Meu amor... Vai dá tudo certo.

- Eu estou com medo. A Bianca precisa tanto de mim. A bebê da sua irmã já está perto de nascer. Eu não quero perder isso e nem te perder.

- Nunca vai me perder, na pior das hipóteses estarei eu te visitando e aguardando a sua saída.

- Faz amor comigo Rodolffo... Eu preciso ter essa recordação.

- Ôh meu Deus. Vicente está confiante e você sabe que ele é muito bom.

- Eu te amo.

- Também te amo muito.

Rodolffo levou Juliette para o quarto de hóspedes e a amou sem pressa. Depois tomaram um banho relaxante juntos e logo depois Bianca acordou.

Era admirado que ele olhava a pequena ter seu alimento vindo da mãe.

- Nossa maior realização. Obrigado por ter realizado um dos maiores sonhos da minha vida.

- Eu sempre sonhei com a maternidade e ter essa pequena aqui nos braços é uma realização de um sonho para mim também. Te agradeço pelos vacilos e por ter me dado esse presente tão lindo.

Assim passaram o início da manhã. Juntos e imersos no amor. Juliette sentia paz e os pensamentos ruins iam se dissipando, até que Vicente liga.

- Se estiverem prontos, passo aí agora.

- Estou pronta Vicente, o Rodolffo e a Bianca também.

Vicente não tardou e logo estavam no local do julgamento de Juliette. Ela amamentou a filha uma vez mais antes de entrar na sala e chorou enquanto a entregava para o pai.

- Vai amor. Estaremos aqui para você. Vai dá tudo certo. A sentença será favorável. - Rodolffo encorajou.

- Com certeza será. Vamos Juliette. - Vicente disse sorridente.

Juliette ainda deu um passo para trás e voltou para cheirar a bebê, mas logo Vicente a trouxe para o caminho certo.

Juntos caminharam por um corredor.

- Como está a minha cunhada?

- Está teimosa, mas cada dia mais linda. Meu Deus... Eu sou um homem rendido pela minha mulher e sei que serei assim pela minha filha. Elas são as mulheres da minha vida.

- Fico feliz por vocês. E que Deus conserve o casamento com muita prosperidade.

- O seu também Juliette. Não temas. É só mais uma vítima do teu pai. Confia em mim.

...

Duas horas passaram lentamente e Bianca já chorava pela ausência da mãe. Não era fome, mas havia o desejo do colo da mamãe.

- A mamãe tá vindo princesa. Você tem o papai e eu também brinco com você e te dou carinho Bianca.

A bebê fazia sons com a boca e as vezes sorria com as brincadeiras de Rodolffo, mas quando ela se zangou, ele teve que a colocar no colo.

Assim que ficou de pé reparou que Juliette vinha correndo no longo corredor e foi ao seu encontro.

Ela abraçou Rodolffo e Bianca.

- Eu sou inocente e estou livre meu amor. Livre! Finalmente livre.

Rodolffo cobriu o rosto dela de beijos.

- Agora não há mais desculpas. Para de me enrolar...

- Quê?

- Casa comigo Juliette? Vamos oficializar o nosso compromisso?

- Sim. Caso sim.

A família se abraçou e curtiram a felicidade daquele momento.

...

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