Rodolffo colocou a velocidade máxima na moto e fechou o carro, obrigando Juliette a parar.
- Sai da frente, se não eu passo por cima de você! - ela gritou com a voz embargada.
- Espera. Por favor... Me escuta.
Juliette desceu do carro e encarou Rodolffo.
- Não quero te escutar. Você não me ama.
- Juliette...
- Não vou longe com o seu carro, deixo com o Vicente.
- Não quero saber de carro. Eu errei em ter defendido a minha mãe.
- É a sua mãe... Eu também defenderia a minha... Mas você disse que eu me comportei como uma vadia. É... Minha mãe sempre me disse que quando um homem tem tudo de uma mulher ele muda.
- Me perdoe, por favor?
- Quebra uma xícara e peça perdão a ela, então espere ela voltar a ser uma xícara inteira novamente.
- Eu não sou alguém perfeito e acreditar fielmente na minha mãe foi um erro terrível.
- Madalena quis me derrubar, sabe para quê? Certamente para que eu perdesse esse bebê, mas agora ela está livre de conviver com ele.
- Juliette... Não diz isso.
- Não precisa se preocupar eu sei me virar. Eu sempre me virei.
- Não é simples assim.
- É simples sim. A sua chance de me pedir para ficar ficou naquele quarto e você ficou em silêncio.
- Seu pai está solto.
- Sim, mas ele não vai me matar, então cuide-se.
Rodolffo tentou abraçar Juliette e ela deu socos no peito dele.
- Estou com vontade de matar você. - ela disse com raiva e chorando, antes de se entregar ao abraço.
- Se for embora eu vou morrer, meu amor me perdoa por favor.
Juliette sabia que não conseguiria viver sem Rodolffo e que iria sofrer absurdamente, mas decidiu se livrar do seu abraço e abriu a porta do carro.
- Você estava certa. Meu pai confirmou tudo. - ela o olhou uma vez mais. - Juliette não vai...
- Eu vou. Hoje eu preciso ir. Mas estou indo para o seu apartamento.
- Então deixa eu ir junto...
- Não! Hoje não. Amanhã também não. Preciso de um tempo.
- Eu vou atrás de você onde estiver.
- Mas não sei quando vou poder te receber.
Juliette entrou no carro e deu a partida. Rodolffo viu o veículo sumir na poeira e logo voltou para a casa dos pais.
Recolheu suas coisas e decidiu que voltaria imediatamente para a capital carioca.
- Demoro a voltar... Isso se eu voltar...
- Não diga isso irmão.
- Talvez a Juliette não me deixe mais fazer parte da vida dela e vocês sabem o quê isso significa? A senhora sabe mãe? - ele disse angustiado. - O meu filho não vai reconhecer a minha voz quando nascer.
Ele conseguiu uma condução ainda naquela manhã para a capital e quando chegou no seu prédio, foi avisado.
- A Juliette deixou isso aqui para o senhor. - avisou o porteiro.
Era um pequeno manuscrito.
"Eu sei que você virá, mas por favor não insista em se aproximar agora. Preciso estar só e não vou mudar de ideia tão cedo. Pelo bebê que espero não venha aqui."
Ele leu e amassou o papel.
- Eu sou muito burro, sabia?
- Ninguém é perfeito afinal. - foi a resposta que ouviu. - O carro do senhor está na garagem, a senhora deixou também as chaves.
Juliette não queria contato, até mesmo o telefone estava desligado e o interfone do apartamento nunca era atendido.
...
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Na mira da paixão: impossível escapar
FanfictionDois mundos. Um homem e uma mulher envolvidos em um plano onde o único objetivo é prender bandidos perigosos. Um policial renomado e uma filha do tráfico, o quê pode acontecer?