Tempestades & Arco-íris (Wenclair)

Chapter Thirty-Six

Notas do Autor:

Oi, lobinhos! Como se sentem hoje?

Quero propor um desafio para vocês. Tenho notado que estou com muitos leitores fantasmas ultimamente e ler comentários é a parte mais divertida na minha opinião, acompanhar as reações que vocês tem é inigualável.

Dito isso, tenho mais um capítulo pronto além desse e atualizarei a história novamente assim que baterem 500 comentários, leiam devagar e interajam quando quiserem.

Boa leitura!

Enid Sinclair - Point Of View

Ao amanhecer, me sentei na ponta da cama, sentindo o colchão afundar, enquanto um suspiro cansado deixava meus lábios.

A medicação recomendada por Larissa Weems estava em minhas mãos. A caixa de remédios tomava menos espaço conforme era esmagada involuntariamente por mim.

Uma batalha sangrenta se iniciava pela milésima vez em meu interior, questionamentos se a decisão certa realmente seria tomar as pílulas.

Mesmo que todos ao meu redor me vissem como alguém naturalmente extrovertido, a insegurança de não querer parecer diferente me confundia.

Descobri que praticamente todos os estudantes de natureza lupina de Nevermore se divertiam com o ciclo natural do período de cio, então eu deveria fazê-lo para me entrosar minimamente?

Minha transformação havia sido concluída, era necessário apenas um pouco mais de esforço para não ser vista como desigual, assim evitando o bullying.

No dia anterior, durante a aula de português, meu corpo esquentou ridiculamente ao sentir os lábios de Wednesday colados aos meus. Temendo que minha loba me incentivasse a arrastar nossa garota para o vestiário, engoli a pílula sem nem mesmo beber água, sentindo o medicamento enroscar na minha garganta. Após isso, minutos de pernas cruzadas foram suficientes para que o incômodo fosse apenas a lubrificação.

As pílulas deveriam ser tomadas uma vez ao dia, com um intervalo de exatas vinte e quatro horas.

Eu sequer me recordava da localização exata dos ponteiros do relógio quando o fiz pela primeira vez durante a aula de português.

- Você está pronta? - Wednesday perguntou, retornando ao dormitório pela décima vez ao meu aguardo.

Minha futura esposa vestia roupas escuras e quentes.

- Você sabe que sequer tenho uma contribuição para os projetos artísticos... Certo? - Retruquei, apertando os lábios.

Alinhei meu suéter quando a brisa gelada adentrou nossos aposentos, colocando minha mochila nas costas.

- Estou ciente, mas desejo que me acompanhe - Wednesday disse.

Arqueei a sobrancelha, refletindo internamente sobre qual razão incentivava Wednesday a fazer questão da minha presença. Levando em consideração que ela não havia me deixado sozinha um segundo sequer desde o almoço do dia anterior e parecia constantemente agitada, tínhamos um corpo para enterrar.

- Podemos ir.

Esperei que Wednesday girasse os calcanhares em direção a saída. Aproveitei sua distração para empurrar a caixa de remédios para baixo dos lençóis, uma ação impensada.

[...]

O ônibus partiria em direção a biblioteca central de Jericho. Alguns dos estudantes de artes haviam feito projetos para exibir para crianças órfãs, iriam enfeitar o local, ler livros e distribuir lanches.