Notas iniciais:
Olá pessoal, como estão?
Espero que gostem do capítulo de hoje. Boa leitura!
Aviso: Capítulo 18+
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— Certeza? - Wednesday perguntou a Enid quando ela colocou os braços ao redor da cintura da namorada e escondeu o rosto contra o peito mais uma vez.
— Eu tenho certeza. - Enid respondeu, apertando seu abraço sobre Wednesday confortavelmente e beijando o topo de sua cabeça. — Estou nervosa. - Admitiu, esfregando as costas de Wednesday suavemente com uma de suas mãos.
— Eu também. - Wednesday concordou, virando o rosto para olhar Enid mais uma vez, um pequeno sorriso em seus lábios. — Eu... q-quero... - Ela começou, mas parou, sua fala dificultando o que queria expressar.
— E quanto às outras? - Perguntou Enid, sabendo que elas não estavam sozinhas em casa.
— Não... estão... convidadas. - Brincou Wednesday, e Enid riu em resposta.
— Wednesday! - Enid disse baixinho, depois de um minuto, quando suas risadas tinham morrido, querendo esclarecer algo com sua namorada. — Você não está fazendo isso por mim, está?
— Não. - Respondeu Wednesday, balançando a cabeça suavemente de um lado para o outro. — Eu quero isso.
— Por que agora? - Enid perguntou com interesse. — Por que esta noite?
Wednesday deu de ombros em resposta, não porque não soubesse por que queria dar esse passo com Enid naquela noite, mas porque, ainda incapaz de falar corretamente, não podia compartilhar essas razões com sua namorada. Mais uma vez, Wednesday estava presa em sua própria cabeça e desejava, mais do que qualquer coisa, poder ser articulada e vocalizar seus pensamentos. Queria comunicar a Enid que se sentia segura com ela, que estava cansada de se sentir mal e emocionalmente entorpecida após sua recente internação e a medicação que haviam lhe dado. Wednesday daria tudo para se sentir verdadeiramente viva de novo, mesmo que fosse apenas por alguns minutos.
Era assim que Wednesday se sentia quando estava com Enid: finalmente era capaz de experimentar as emoções que haviam sido perdidas desde o acidente — felicidade, contentamento e amor. Antes de Wednesday conhecer Enid, sentia-se como seu braço esquerdo, que havia sido prejudicado imediatamente após o acidente: entorpecido e inútil, presente, mas não funcionando em sua plena capacidade. Então, elas tiveram seu encontro casual no corredor no primeiro dia de aula, e Wednesday começou a despertar, assim como seu braço havia feito. Ela começou a se envolver de novo, a encontrar seu propósito, a se tornar lentamente mais funcional, e sentiu as emoções retornarem a ela como a sensação desconfortável de alfinetes e agulhas em um braço praticamente morto.
Assim como a sensação continuava melhorando na mão de Wednesday, suas emoções também cresciam. Graças a Enid, elas evoluíram de simples humores para felicidade, amor, luxúria, ira e tristeza. Ela não estava mais entorpecida, não apenas existia. Ela estava viva, e tudo isso graças à menina cujos braços a envolviam agora — sua salvadora e salvação: Enid.
Isso foi parte da razão pela qual Wednesday tinha ficado tão física com Enid recentemente. Estar perto dela, ser capaz de tocá-la e beijá-la ajudava. Enid fazia Wednesday sentir novamente, apenas por ser ela mesma, proporcionando garantias com seu apoio firme e inabalável, sua incessante presença. Mas quando ela beijava Wednesday, quando eram íntimas, esses sentimentos cresciam exponencialmente e, de alguma forma, conseguiam bloquear todos os pensamentos negativos e, às vezes, todo o autoquestionamento de Wednesday. Ela precisava de Enid agora mais do que jamais poderia saber ou entender, porque esses pensamentos estavam rastejando de volta, dando-lhe a força para passar por tudo isso de novo, para começar desde o início com sua fala, enquanto enfrentava a perspectiva de mais uma longa recuperação.
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Trials and Tribulations (Wenclair)
Teen FictionÉ o primeiro dia terceiro ano escolar de Enid depois de passar as férias de verão no acampamento de softball. Por encontro casual, ela acaba conhecendo Wednesday, uma garota intrigante com uma história triste. Enquanto Enid esteve longe desfrutando...