Curiosidade

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20 de Maio de 1993 Bastidores da Dangerous World Tour

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20 de Maio de 1993
Bastidores da Dangerous World Tour

Fechei os meus olhos e a assoprei as 18 velas enfiadas em meu bolo de aniversário nos bastidores da Dangerous. Acompanhada por Michael, a sua equipe técnica e os bailarinos.
Sim, resolvi aceitar a boa proposta de Michael. Deixei minha madrinha e o meu irmão com boas cuidadoras e empregadas, o dinheiro que estava entrando estava dando pra dar o melhor para eles. Felipe parecia mais focado nos estudos, nos falávamos todos os dias, e a transferência da minha madrinha Cristina para um dos melhores hospitais de São Paulo fez ela melhorar seu quadro do coma.

— Você fez um pedido?— Dominic apertou meus ombros.
— Sim.— me virei pra ela.— Espero que se realize.
Tudo que eu mais queria era que a minha madrinha saísse daquele com o mais rápido possível. Queria poder lhe contar sobre todas as maravilhas que tem acontecido na minha vida nesses últimos meses.
— Agora que tem 18, já pode tomar alguns drinks!—Travis batia palmas.
— Como se eu já não tomasse há tempos.—Debochei.
Decidiram levar a comemoração para o hotel onde estávamos hospedados, seguimos todos e festejamos até o dia chegar.

A vida não poderia estar sendo melhor para mim. Estava na faculdade, cursando serviço social, morando com uma das bailarinas de Michael, Dominic Foley. Dividíamos o aluguel da casa, que era bem luxuosa se parar para comparar com a casa onde eu morava com a minha madrinha no Brasil. Eu juntava dinheiro para finalmente poder comprar a minha casa e dar um futuro melhor para o meu irmão e minha madrinha. Poderia dizer que a vinda para os Estados Unidos da América só tem um problema até agora, descobri que estou sentindo um tesão fora do comum pelo meu chefe casado. Digo tesão porque paixão é algo unânime quando se trata do rei do pop, quem não é apaixonada por ele? Mas, o tesão vai além. Já passei longas noites me tocando pensando nele, aquelas mãos enormes passando pelo meu corpo, seus lábios carnudos me beijando... que droga!
Estava há quase quatro meses acompanhando Michael em sua turnê, já estava na reta final. Durante esse tempo pude presenciar algumas coisas bem pessoais de sua vida, algumas delas foram as brigas entre ele e Lisa, ela não era tão boa quanto aparentava ser. Pude perceber que a filha de Elvis tinha uma soberba muito grande e as vezes sentia prazer em humilhar as outras pessoas sem dó. Era cheia de vontade, ciumenta e arrogante.

— Lisa, eu já disse!— Michael falou enquanto eu enxugava o suor do seu lindo rosto para retocar a sua maquiagem.
— Michael, é o pai das crianças e eu quero acompanhá-lo.— Lisa jogou a revista no sofá com raiva.— Preciso acompanhar as crianças.
— O que a mídia vai pensar?— Michael fechou os olhos para que eu pudesse fazer o delineador.— Uma mulher casada viajando para outro país com o seu ex-marido e filhos. A imagem de uma família feliz.
— Por que você tem que ser sempre tão controlador? — Lisa berrou se aproximando.
— Quem me dera controlar da forma que eu realmente gosto.— não pude conter a mordida nos lábios quando eu vi o seu sorriso debochado de canto.
— Foda-se o que a mídia vai falar e foda-se o seu controle.— gritou.
— "Beat It" em dois minutos.— Spike entrou pela porta apressado.— Vamos.
— Tudo certo ?— Ele olhou pra mim.
— Sim!— Me afastei.
— Faça como quiser, Lisa.— Michael levantou-se compressa e se retirou do camarim.
— Eu mereço!— Lisa revirou os olhos.—Mimadinho de merda.
Lisa se retirou me deixando sozinha organizando algumas coisas, Dominic adentrou em seguida.
— Eles já brigaram de novo?— sentou-se no puf ali perto.
— E feio.—Assumi.
— Bem que dizem que eles só param de brigar quando estão trepando.—Sorriu me fazendo imaginar.
— Eu acredito.— passei o pano na penteadeira limpando os vestígios de maquiagem dali.
— Eu acho que o Michael é frustrado nesse casamento.— Dominic amava fofocar. Me virei pra ela, sem entender o porquê daquela convicção dela.
— Eu não acho. Eles parecem se amar de verdade e todo casal briga.— cruzei os braços.
— Digo sexualmente, acho que não rola da forma que ele gostaria.— Ela mordeu os lábios me olhando.
— Fala sério Nick.— bufei.— Lisa tem cara de quem faz as coisas bem feitas, tem vezes que eles passam o dia todo trancados no quarto do hotel. Ficam fazendo o que ? Brincando de se esconder que não é.
— Ah bobinha!—Dominic levantou-se exibindo seu lindo corpo de dançarina, atlética e sua pele era branca. Seus cabelos eram castanhos escuros, combinavam estrategicamente com os seus olhos.— Eu vou contar uma história que você não deve saber.—aproximou-se.
— La vem você com a suas teorias da conspiração.—Revirei os olhos.
— Tenho uma colega que me contou uma vez que o nosso chefe gosta de transar de um jeito não muito... convencional.— o suspense em sua fala me fez rir.
— O que ? Ele curte se fantasiar de Peter Pan ? — Não consegui conter a gargalhada.
— Bem longe disso, Melissa.— ela ficou séria me encarando.— Ela me contou que ele curte espancar enquanto transa. Tipo, tem um nome.
Meu sorriso se desfez e o meu olhar congelou nos olhos de Dominic, reformulei a frase por diversas vezes em minha cabeça.
— É um tipo de fetiche. Ele fazia isso anos atrás, ela se interessou porque ela também pratica, eles acabaram se conhecendo em um lugar lá onde as pessoas vão para fazer essas práticas. Ela meio que criou uma paixonite por ele mas preferiram acabar porque a única relação que interessava pra ele era aquela.
Não podia ser verdade. Michael é tão doce, puro infantil as vezes. Não fazia sentido na minha cabeça de forma alguma.
— Isso só pode ser pegadinha.— empurrei ela da minha frente levemente.— O cara é tão puro e doce...
— Mas não é agressão em si, Melissa. É uma prática muito comum no meio dos que fazem. Tem um... um contrato, regras... essas coisas.— Dominic me acompanhava de pra la e pra cá.— Acho que chama por uma sigla, pera.— parou por um momento tentando lembrar-se.— BS... DS... não, BDSM. É isso, BDSM. Ela explicou por alto como funciona.
— Que loucura.—suspirei.—Nunca ouvir falar nisso.
— Mas existe. — Dominic caminhou ao meu lado.— Por isso acho que ele é frustrado, pois acredito que Lisa jamais se sujeitaria esse tipo de prática.

Aquele assunto ficou martelando em minha cabeça. Fiquei curiosa, será que realmente existia ? Será mesmo que Michael tinha aquele tipo de fetiche ?
Fiquei observando ele performa "Workin' Day And Night" com aquele figurino ridículo. Na minha cabeça ainda não fazia sentido um Michael sádico com o Michael que estava ali, dançando e cantando da melhor forma para o seu público tão amado.

— É assim que eu gosto!— senti o cinto bater com força em minha bunda, me fazendo gritar.
— Isso, me mostre como posso lhe dar aquilo que você tanto gosta.— pedi enquanto visse seus olhos brilharem.
— Você é minha, Melissa!— Outra vez sinto o queimou do cinto me bater.— minha!
Sinto que se ele continuar vou gozar, e é o que eu quero.
— Eu amo ser sua!— mordo os lábios e aperto os lençóis.
— Minha!— Michael me bate outra vez e então eu gozo aos gritos.

Em um sobressalto eu acordo assustada. Sento e me vejo suada, estou ofegante e muito, muito excitada. Viro minha cabeça em direção à janela do meu quarto e percebo que ainda está escuro lá fora. O relógio na escrivaninha marca 4h08 da manhã. Absolutamente do nada eu percebo que tive um sonho erótico com o meu chefe me espancando.

Assim que o dia clareou, fiz minhas higiene matinais e fui comer algo. O sonho erótico não saía da minha cabeça, eu estava intrigada me perguntando se realmente seria capaz de ter um orgasmo apanhando com um cinto.
— Caiu da cama foi?— perguntei pra Nick ao vê-
lá de pé arrumada às 8h00 da manhã de um sábado.
— vou fazer um ensaio numa agência, sabe que também sou modelo modelo e tenho que tentar.— Nick sentou-se a mesa e se serviu um pouco de leite
— Você se daria bem na agência em que eu trabalhava lá no Brasil.— Dominic é muito linda, sem contar que dança muito bem, deixaria os velhos ricos babando por ela.
— Quer me acompanhar? — Levou o copo a boca.
— Não, preciso descansar um pouco.— engolir um pedaço de pão.— Tive uma noite inquieta.
— Essa sua inquietação seria bom pra trazer um macho bem gostoso pra cama.— Nick era bem liberta e tinha um palavreado regado por indecência.
— Você não presta.— joguei uma uva nela que caiu na gargalhada.

Depois que Dominic se foi, eu estava prestes a sair quando o telefone começou a tocar, voltei pra atender. Era Felipe, me falando sobre suas boas notas e conversamos um pouco mais, em seguida desliguei. Avisei que iria a uma biblioteca.

Assim que avistei uma vendedora, puxei ela de canto disfarçadamente e lhe fiz a minha pergunta.
— Aqui vocês têm algum livro que fale sobre BDSM ?— meu tom era baixo e um tanto tímido, não queria que ninguém ouvisse.
— Ah sim.— a moça sorriu malignamente.— Posso lhe mostrar os mais vendidos desse tipo de literatura. Pode ser ?
— Ótimo!— Enquanto a funcionária se afastava, me virei para as prateleiras forradas por revistas, nelas continham inúmeras fotos de Michael na capa. Ele estava sempre em destaque. 
Meus olhos brilharam, era um artista completo realmente. Um Deus do pop e ninguém se comparava a ele. Além de dançar com um furacão, cantava como um anjo e às vezes como um gângster agressivo .
— Aqui estão moça.— a vendedora me entregou dois livros livros.—Espero que goste.
— na verdade é para uma amiga.— mentir quando percebi o olhar malicioso da vendedora em mim.
— Entendo.—sorriu.— Diga-lhe que na rua Sweet Existe um clube que fazem essas práticas.
— Tu... tudo bem.— tentei disfarçar a minha surpresa com os meus olhos arregalados.


Dominic Foley (Dançarina de Michael Jackson e amiga de Melissa)

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Dominic Foley (Dançarina de Michael Jackson e amiga de Melissa)

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