Contra o amor

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Narrador

Melissa organizava alguns papéis de documentos quando deu falta dos contratos de privacidade e sigilo que as pessoas que sabiam sobre o envolvimento dela com Michael assinaram. Não só esses haviam sumido, como também uma cópia do contrato de BDSM entre ela e Jackson. Com a ajuda de suas empregadas, reviraram tudo e não encontraram. O acontecido deixou Melissa aflita. Quem poderia ter mexido assim nas suas coisas e pra que ?
O telefone da casa tocou, ela correu pra atender.
— Alô!
— Sweet Child.— a voz suave demais com alegrou seu coração, que falta que ele fazia pra ela.
— Oi... como você está ?— as lágrimas caíram de seus olhos rapidamente.— Meu Deus... eu fiquei... porra.
— Acalme-se baby, eu estou bem. O pior já passou, estou morrendo de saudades de você, do seu corpo, seu cheiro.
— Eu também estou.— fungou.— Muita. Eu não entrei em contato porque você sabe, eu não podia arriscar.
— Eu sei, como você está? Não nos falamos desde as gravações do clipe. Você sumiu, Lisa no meu pé eu não tinha como fazer nada.— bufou.
— Estou melhor.— sorriu.— Bem melhor!
— Ótimo.
— Quando vamos nos vê ?
— Em breve Sweet Child. No momento estou me cuidando e passando por um processo de divórcio.
Melissa ficou em silêncio por alguns segundos.
— Você vai mesmo se divorciar?
— Sim. Não tem mais jeito.— disse convicto.— Lisa e eu não temos mais nada, não adianta continuar insistindo em algo que morreu há muito tempo.
— Entendo.— sorriu vitoriosa.— Eu fico feliz, não vou negar.  Mais tempo pra mim.
— Seremos só você e eu Sweet Child, em uma relação D/s 24/7. O que me diz ?
— Acho ótimo. É um sonho se tornando realidade.— fechou os olhos sorrindo.— Oh meu Deus!
— O Felipe está bem ?
— Anda com uns problemas.— revirou os olhos.— Não o vejo há dois dias. Sai com aquela outra louca irresponsável e não me dar a mínima. Estou farta.
— Compreendo perfeitamente. Já entrou em contato com a responsável de Stella ?
— Sim, ela me disse que eles foram acampar em Manhattan. Não sei se é verdade, aquela mulher é estranha.
— Posso pedir que investiguem.— foi solicito.—Sabe que consigo.
— Não quero invadir a privacidade de ninguém, muito menos a dele. Eu não dou o direito dele invadir a minha, então.
— Entendo. Bom, você quem sabe. Mas saiba que estou aqui pra você, para o que precisar. Você sabe, não é?
— Sei sim. Obrigada. Mas no momento eu preciso é do seu poder sobre mim. Das cordas, dos açoites, de você me fodendo sem pena.
— Melissa... não faça isso.
— Estou falando a verdade, senhor.
— Oh, eu fico duro só em pensar, estou sofrendo com essa abstinência.— mordeu os lábios sentando na cadeira do seu escritório.
— Venha logo. Eu preciso de você!
— Quando você menos esperar. Fique bem.
— Beijos.
Desligaram.

Há dias depois, Melissa recebeu um fax com as instruções para encontrar com o seu dono.
" Use algo fácil de tirar, sem sutiã e sem calcinha hoje quero entrar bem fácil em você Sweet Child!"
Melissa obedeceu em alegria, enquanto ajustava o minúsculo vestido Nude em seu corpo. Não era justo, mas era sexy modelado em seu corpo esbelto. Calçou belos sapatos vermelhos e soltou seus longos cabelos loiros que caiam em ondas em seus ombros e seios. Algumas joias pois sabia que o seu dono gostava e uma maquiagem simples porém ousada pelo batom vermelho sangue.
— Você vai sair?— Felipe entrou no quarto querendo saber.
— Talvez.— virou-se para o irmão.— Algum problema?
— Stella!— levou as mãos à cabeça.— Ela anda estranha comigo, não sei...
Melissa preocupou-se com o seu irmão, Felipe parecia triste e abatido.
— Andam brigando?— aproximou-se do irmão.
— As vezes, mas sempre nos reconciliamos, eu não sei, ela sumiu. Já liguei pra casa dela...— sentou-se bruscamente na cama.— Já fui até lá e não encontrei ninguém, eu estou... estou louco.— começou a chorar sem pudor com as mãos na cabeça.
— Calma Fê, às vezes nós mulheres precisamos de um tempo. Entende?— sentou-se ao lado do seu irmão segurando sua mão.— É normal. Não se desespere, vocês se amam e é o que importa. Quando você menos esperar, ela aparece.
Felipe secou as lágrimas e suspirou acalmando-se. Talvez sua irmã tenha razão.
— É, talvez.— apertou os olhos e passou as mãos no cabelos recém cortado.
— Por que não sai um pouco com o seus amigos? O Luke e o Peter vivem atrás de você. Curta sua vida também, você é jovem jovem e tem uma vida pela frente.— Aconselhou.
— Desde que Stella entrou na minha vida parece que as coisas não tem graça sem ela.— olhou nos olhos da irmã.
— Eu entendo. Isso não é bom mas vou levar em consideração a chave de perna que ela lhe deu.— brincou ficando de pé.— E ainda tirou sua donzelice.
— Ahhh cala boca.— sorriu envergonhado.
— Eu sei, não precisa negar.— gargalhou.
— E você? Foi o Michael?— perguntou em tom baixo.
Melissa cessou o riso encarou o irmão por alguns segundos.
— Não seja deselegante Felipe Benevenutti, não se pergunta isso a uma dama.— torceu o nariz articuladamente.
— Ta ai, você não é uma dama!— jogou o travesseiro na irmã aos risos.
— Saia do meu quarto seu babaca.— gargalhou correndo atrás do irmão.

Cerca de meia hora depois, Michael chegou bem disfarçado com sua burca e óculos escuro. Sem conseguir se conter, Melissa correu para abraça-lo. Saudade misturada com a culpa de ter abortado um filho dele lhe preenchia, deixando algumas lágrimas escorrerem.
— Tudo isso é saudade ?— perguntou acariciando as costas da moça.
Melissa não respondeu, apenas continuou ali agarrada em seu dono por longo momento.
Parecia que nunca mais se encontrariam.
— Pegue sua coleira, baby. Vamos há uma festa fetichista.— ordenou Michael ao se soltar de Melissa.— Eu amei o vestidinho mas os saltos você vai deixar no carro.
— Sim, senhor.— Melissa mordeu os lábios empolgada.— Com licença.— se retirou para pegar a coleira.
Michael amava aquele poder que tinha, amava ser o dono sádico, o dominador, aquele que sabia dar prazer e dor a sua submissa perfeita.
Prontos, seguiram para o local da festa. Não ficava tão longe da casa de Melissa, era em Santa Mônica.
— Stephane quem organizou com o pessoal do clube daqui. Esse castelo também é dela.— Michael explicava enquanto colocava a guia na coleira de Melissa.— As regras são; não olhar ninguém nos olhos, a não ser que eu permita. Cabeça baixa e atenta aos meus comandos. Entendeu ?
— Sim, senhor.— baixou os olhos.
— Boa garota, apenas confie em mim.— Michael lhe deu um beijo na testa e seguiram para dentro do castelo.
Guiava Melissa como se fosse uma cadela muito bem adestrada. Entraram, Michael cumprimentou algumas pessoas ali incluindo Stephane e sua esposa.
O local era bem medieval, todo feito em pedras e uma luminosidade atraente em tons dourado e vermelho.
A Melissa sentia-se extremamente excitada havendo uma cena de Spanking onde uma dominatrix surrava severamente seu submisso amarrado a um cavalete. Michael também estava não só atento a cena como também aos olhos de raposas que comiam sua sub.
— Olá Donald. Como vai?— Rick um velho amigo se aproximou e cumprimentou Michael com um aperto de mão.
— Vou bem e você?— Apertou a mão do homem de bela aparência. Alto, branco, com a bela barba e seus olhos azuis eram atraentes.
— Ótimo. Que bela é a sua ninfeta!— olhou pra Melissa com admiração.— Muito linda.
— Ela é.— Michael voltou os olhos por baixo dos óculos para Melissa.— Cumprimente o Rick, Mel.
— Olá senhor Rick.— disse sem olhar para o homem.
— Que ninfa. Adoraria lhe dar umas palmadas. O que me diz Donald?
Automaticamente Michael negou dentro de si, era incapaz de deixar outro homem tocar em Melissa, mas não queria assumir que já amava ela perdidamente. Michael ainda tinha seus traumas, lutava diariamente contra o amor que sentia por Melissa por medo de que ela o fizesse sofrer.
— Tudo bem!— suspirou e lhe entregou a guia, fazendo Melissa ficar surpresa com o ato. Ela não queria aquilo.

Sagrado Amor Profano ( +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora