"Eu estou a culpando"

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Eu não tive forças para falar nada pra Gabriel, o meu choro não permitiu

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Eu não tive forças para falar nada pra Gabriel, o meu choro não permitiu. Eu estava extremamente exausta psicologicamente com todo aquele acontecido em minha vida nos últimos meses.
Quando finalmente tive alta, era hora de enfrentar Gabriel e impor a ele a minha decisão.
— Eu tomei uma decisão, caso você não aceite eu entendo perfeitamente mas eu vou embora.— encarei seus olhos com coragem.— Eu não vou abortar. Eu vou ter esse filho, custe o que custar.
Gabriel apertou os olhos e quando abriu me encarou com raiva.
— Você só pode estar louca.— gritou.— O quê... tá, vamos lá.— suspirou.— Você vai ter um filho do seu amante, um homem conhecido mundialmente, e onde eu fico ? Onde fica o nosso casamento?
— Como eu disse, se você não aceitar, eu simplesmente vou.— sentei na cama.
— Porque você está fazendo isso comigo, Melissa? O que vamos dizer para as pessoas quando a sua barriga começar a crescer?
— Não sei. Sei lá, podemos dizer que é seu.— foi o que me veio a cabeça.— Ninguém precisa saber.
— Você só pode estar de brincadeira com a minha cara.— ele riu sem humor.— Eu sei tá, o que importa é o que eu sei. Eu jamais criaria essa coisa como minha, eu jamais teria sentimento algum por essa criança.
— Eu crio o seus filhos como meus.
— Eles não são frutos de uma traição.— passou a mão na testa.
— Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Digamos que eu fosse idiota o bastante para aceitar essa sua ideia maluca, se essa criança nascesse negra? Se fosse a cara do maldito pai dela? O que diríamos ?
Eu dietética calada por um instante.
— Poderíamos inventar algo, não sei.
— Melissa acorde, eu sou capaz de sentir ódio dessa criança do que sentir algum sentimento bom. Isso não vai rolar, você vai fazer um aborto e ponto. Você sabe que não é nada demais, você já fez isso antes e pode fazer outra vez agora.— Gabriel falava com uma facilidade assustadora.
— O aborto não é uma opção. Eu já disse, eu não vou fazer isso.
— Ah o aborto só foi uma opção quando era pra cobrir aquele cara que traía a mulher, você preferiu matar um filho de vocês para resguardar a imagem de bom moço dele. Agora como sou eu, você não pode. O aborto deixou de ser uma opção.— sua raiva era palpável, escorado na penteadeira com os braços cruzados.
— Gabriel, eu não posso fazer isso outra vez. Eu não tenho coragem, eu ouvir o coração do bebê e algo que dentro de mim mudou. Sinto que quero ter essa criança. Agora é com você, é pegar ou largar.
— Pronto, podemos fazer um trato, eu não quero e não aceito perder você. Você é a minha mulher. Então você vai ter essa criança e entregar ela para adoção.
Meu coração foi golpeado e sentir o peso de cada palavra como uma facada. Como Gabriel conseguia ser tão frio? Ele era pai, sabia muito bem do que eu estava sentindo.
— Mas... é o meu filho ou filha.— toquei a barriga de uma forma involuntária.
— Ei sei. Bom, é melhor que matá-lo!
— Não, eu não vou...
— Melissa, eu juro que esse plano para Deus e o mundo o caso que você tinha com aquele ridículo. Eu minto, invento que ele estuprou você, eu fodo com a sua vida e com a dele. Aproveito a péssima fama que ele tem detono contudo. Tenho aliados para isso que por coincidência nutri em si a mesma raiva que sinto dele.
Eu desconhecia aquele homem perante a mim, que estava ali com mente doente. Mais uma vez Estou eu me ferrando para proteger o Michael. Minha vida se resumia a isso.
— Você não faria isso.— intimidei.
— Não? Experimenta não cumprir com o nosso acordo e aí você verá.— ele saiu lentamente me deixando sozinha chorando.

Sagrado Amor Profano ( +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora