"Você vai aborta-lo"

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Eu não me sentia bem a mais ou menos uma semana

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Eu não me sentia bem a mais ou menos uma semana. O gosto metálico na boca, o desânimo e os vômitos estavam me entregando. A minha menstruação estava irregular desde que tomei aquela pílula do dia seguinte, mas esse mês ela não deu as caras.
Vomitei todo o almoço que tinha comido. Quando lavei a boca e saí do banheiro encontrei com a Ana e Gabriel preocupados.
— Você está pálida!— Disse Ana se aproximando de mim.— Você está bem?
— Eu estou, foi apenas um enjoo.— suspirei e olhei para Gabriel, ele não parecia bem convencido.
—Precisa ir ao médico.— Ana aferiu o meu pulso como uma médica experiente.— Deve estar com a pressão baixa. Venha, vamos aferir a pressão e os batimentos.— me puxou com carinho pela mão.
— Não precisa se preocupar, Ana. Eu estou melhor.— sorri.
— Não é nada demais, venha.— Me levou até seu gigantesco e luxuoso quarto.
Gabriel não nos acompanhou, entramos no quarto e Ana foi pegar seus equipamentos de trabalho.
— Amanhã já volto para a loucura da rotina.— disse.
— Mas sei o quanto ama a sua profissão.— falei convicta enquanto observava ela abri sua maleta de SOS.
— Eu realmente amo. Mas vou iniciar uma longa jornada em uma aula de crianças com câncer.— explicava enquanto aferia a minha pressão.
— Imagino o quão triste deve ser.— lamentei.— O sofrimento delas, das mães e pais. Ugh  nem consigo pensar.
— É realmente cruel.— colocou o estetoscópio para ouvir os meus batimentos.— Eu tento manter o profissionalismo mas a parte humana vai chorar no banheiro quando pior acontece.— retirou o aparelho.— Pressão baixa, dez por oito. Os batimentos estão regulares. Sugiro que façam uns exames, pode estar anêmica.— olhou em meus olhos.
— Não tem muito tempo que fiz, estava tudo normal.
— Será que você pode estar grávida?— indagou contente.
— Não.— me precipitei.— Eu... eu tomo remédio.
— Mas vocês estavam tentando, não é?— Ana me encarou com os olhos escuros.
— Sim, mas decidimos esperar um pouco mais. As crianças estão muito pequenas ainda e estão numa fase que precisam muito da gente.— expliquei.
— Entendi. Mas não demorem, quero muito vê essa barriguinha crescer.— ela tocou em minha barriga.
— Tá.— sorri sem jeito.— eu estive pensando em fazer uma doação de brinquedos para as crianças com câncer.— falei para desviado do assunto. Lembrando das pilhas de brinquedos que Michael tinha comprado para os meus filhos, expressei minha vontade.
— Oh que ótimo.— segurou nas minhas mãos.— Vou lhe informar um dia legal para iddi. Vai ser maravilhoso para eles.
— Vai sim. Irei contratar uns animadores de festa também, com pipoca e algodão doce. Quero vê-las felizes.— fiquei de pé.— É o mínimo que posso fazer.
— que orgulho que sinto de você. Gabriel não poderia ter me dado nora  melhor, eu amava a Haylie, que Deus a tenha, mas você... você é luz!— me abraçou e eu correspondi com amor.
— Ah obrigada. Ana, você é a melhor sogra do mundo.— me afastei.
— Que isso. Amanhã receberei um pré adolescente, Garvin, o nome dele. O pobrezinho tem um câncer terminal. Vai começar com as químio.— Ana foi conversando comigo até a sala, onde o resto da família estavam reunidos assistindo uma partida de jogo. Seattle contra Chicago.
— Ahhh já estão aí vendo esses marmanjo correr atrás de uma bola.— Ana brincou.
— Como você está?— Gabriel me encarou por alguns segundos.
— Bem. Foi apenas uma queda de pressão.— sorrir sem mostrar os dentes.
— Precisa comer bem cunhada, nem só de amor se vive uma linda mulher.— Pia brincou um me jogando um beijo.
— Ahhh porra!— Victor gritou com os pontos que se Seatle marcou. — Intervalo!
" o rei do pop Michael Jackson está leiloando  seu carro, uma SUV completa, modelo 2001 para doação e as propostas..."
O noticiário falava durante o intervalo do jogo, eu reconheci imediatamente o carro, Gabriel imediatamente e de forma brusca mudou de canal.
— Você criou mesmo um ódio mortal pelo rei do pop, não foi?—Victor olhou para o filho.
— Ficou putinho só porque o cara desistiu da parceria. Ahhh cara, deixe isso pra lá para de ser babaca.— Pia jogou um amendoim japonês no irmão.
— Cala boa Pia!— falou em tom rude.
— Vamos fazer uma sobremesa, deixe esses moleques aí.— Ana me convidou.

Sagrado Amor Profano ( +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora