Reforma

36 4 2
                                    

|Reforma|

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

|Reforma|

"Por que você se nega ao paraíso? Por que não se acha merecedor de amor? Por que tanta alto destruição? Você acha mesmo que por ser quem você é, não merece ser amado? Você é o amor da minha vida! Você é o amor da minha vida! Você é o amor da minha vida!"

Eu não conseguia mais viver sem o amor da minha vida e provavelmente um elo veio para nos tornarmos eternos. Um laço que crescia dentro de mim.
— Não brinque comigo!— Michael levantou se tremendo, ficando sentado.
— eu não estou. Eu carreguei minha fruto da nossa manhã regada a sexo naquele quarto.— falei em lágrimas.— eu sentia que algo aconteceria para voltar a nos unir de uma vez por todas, mais uma vez.— eu me sentei também.— Depois que cheguei do Brasil os sintomas pioraram, mas eu pensei que fosse pela Confiança que eu estava de você e tudo que eu estava passando e o que estava envolvido. Mas... Comprei três testes e confirmou. Eu fui ao ginecologista e bingo! As contas matizam certinha. Eu estava ovulando naquele dia.— lembrei das safadezas que fiz com ele naquele dia. —Eu quase morri, fiquei sem chão.
Eu abri minha bolsa e entreguei o papel do exame para Michael e a primeira foto do nosso bebê. Era Apenas um pontinho. O papel tremia nas mãos de Michael enquanto ele lia e relia com atenção todas as informações.
— Esse pontinho aqui, é ele ou ela, não sei.— apontei na fotografia da ultrassom. As lágrimas dele me falava o quanto ele estava feliz e emocionado. Parecia estar em um estado de choque.
— Oh céus!— ele levou a mão à boca.— Eu estou... Eu estou sem palavras, eu...— Michael passava a mão no cabelo e no rosto repetidas vezes.
— Tome!— lhe entreguei um copo com água.— se acalme cara. Não vá morrer bem às vésperas do seu aniversário, vai lhe dar azar!— brinquei.
Michael tomou a água e encarou os os meus olhos .
— Juro que se eu morresse hoje, eu morria feliz. O homem mais feliz do mundo.— falou que se aproximou de mim.— Você me trouxe ao paraíso Melissa. Eu não sou merecedor mas...
— Se não fosse, não ganharia. Aceite os presentes celestiais que Deus lhe manda.— enxuguei seu rosto com um guardanapo.
Michael fechou os olhos por alguns segundos e ouvi ele orar baixinho, agradecendo por isso. Eu também me senti grata. Grata por Deus estar sempre comigo e me guiando pelos caminhos que precisava passar. Eu era grata a uma religião que era tão mal vista por pessoas leigas e intolerantes, foi ela quem me ajudou. Oxum me pegou em seus braços e me consolou como a grande mãe que ela é. Eu era grata ao universo por aquele momento. Eu realmente queria voltar para Neverland comMichael, mas eu ainda não me sentia preparada e precisava de um tempo na minha solitude.

Michael convocou um almoço com a sua família e a minha para comemorarmos seu aniversário e contarmos a notícia. Os pais de Michael e minha mãe sabiam que eu e ele estávamos separados. Eles conversavam muito conosco sobre os mandamentos da Bíblia sobre o casamento, oravam e faziam de tudo para que a gente reatasse. Eu cheguei à conclusão que, se é pra ser, vai ser e eterno. Ninguém pode destruir algo verdadeiro.
Almoçávamos, quando o Michael ficou de pé com um sorriso de orelha orelha chamando atenção de todos.
— Sei que minha mãe não é Adepta a comemorações mas hoje temos um motivo incrível para festejarmos.— sorriu olhando para todos.— Hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Mas antes eu digo, eu errei feio com a mulher da minha vida mas vou consertar tudo da melhor forma e prometo para vocês, farei o meu melhor. Também peço perdão a Danielly, Ana e Pia que são tão ligadas à Melissa, peço que me perdoem pelo meu erro. Peço perdão a minha mãe, pois quando confessei o que havia feito pude ver em seus olhos a dor, dor semelhante e aquela que vi em seus olhos quando eu era criança. Eu vi essa dor tantas vezes e mesmo assim fiz aqueles lindos olhos azuis sentir a mesma dor. Peço perdão aos meus filhos que mesmo não entendendo bem hoje, peço que eles me perdoem. Futuramente eu vou falar sobre o meu erro, erro que é uma maldição. A traição destrói, não só o coração e o brilho dos olhos da pessoa traída, ela derruba a honra de um homem. Ela destrói uma família, destrói aquilo que Deus nos deu. A troco de algo tão fútil e superficial, o qual você sente nojo de si mesmo no dia seguinte. Eu pedi tanto perdão a Deus, ao céus, ao universo, a Jeová... As divinidades de todos os panteões e religiões.— eles sorriu fazendo todos sorrirem também.— e Eles, tendo a certeza do meu arrependimento verdadeiro e o meu coração, me mandou um lindo presente.— limpou as lágrimas.— A certeza que fui perdoado e escolhido para acabar com a maldição que me cercava é um bebê. Eu vou ser papai outra vez! — se debulhou em lágrimas.
Todos batiam palmas e festejavam felizes. A maioria das mulheres ali choravam. Alegria misturada com a lembrança dolorosa que as traições de seus maridos lhe causaram um dia. Fomos abraçados e abençoados, perdi as contas de quantos beijos eu recebi na barriga que nem aparecia ainda.
— Eu agradeço a todos e a todas por isso.— falei.— Eu e o Michael estamos em um processo de reconciliação aos poucos. Eu agradeço pelas palavras, orações e carinho por mim, pela minha família e filhos. Eu vejo o bebê que está bem aqui.— toquei em minha barriga.— Como um elo, um laço divino que une eu e o Michael, esse laço vai muito além do amor que temos um pelo outro. O bebê veio com o perdão, veio com o "SIM" pra gente. Ele não vai apagar o que aconteceu, mas irá nos ensinar a conviver com o que aconteceu, da melhor forma. Na vida existem Karmas, eu errei e paguei feio por isso. Então, estou disposta a aceitar o perdão de Deus e do universo. Meus filhos e os filhos de Michael, sempre fazem questão de nos mostrar o quão boa mãe eu sou, hoje carrego em meu ventre o nosso perdão, o nosso amor real. O amor cresce cada vez mais dentro de mim. Isso é uma glória. — enquanto eu enxugava as lágrimas eu era aplaudida.

29 de agosto de 2007 ficou marcado positivamente para a gente. As crianças faziam um turbilhão de perguntas sobre o irmãozinho ou irmãzinha durante o acampamento que fizemos no jardim.

|Perdão|

"Você é grato pelos quadris que se alargaram quando você nasceu, você é grato pelo vermelho profundo da sua mãe e da sua mãe e da sua mãe? Estamos empenhados a quebrar essa maldição!"

Mamãe ?— Maeve me olhou nos olhos enquanto deitava ao meu lado.
— Oi meu amor.— sorri pra ela e encarei seus olhinhos.
— Agora que vai ter outro bebê, você irá abandonar a mim e ao Mitch?— ela parecia apreensiva esperando a minha resposta.
Sentir uma pontada no meu peito e desviei meus olhos para os de Michael que acariciava cabelo de Serena, depois voltei meus olhos a Maeve.
— De onde você tirou isso?— perguntei de forma retórica.— Maeve, nada vai mudar. Eu amo você e o Mitch como amo Blanket e o Prince e a Paris, mesmo que não tenham saído de mim, nada muda. A chegada de um novo bebê só vai unir mis a todos nós, vocês terão que cuidar dele ou dela, ensinar sobre coisas que já sabem. Ensinar sobre o amor.
— Entendi. Eu e o Mitch amamos estar aqui com você, e o tio Michael e os filhos dele. Também amo Blanket, mesmo ele sendo tão birrento.— olhou o irmão dormindo.
— Nós também amamos ter vocês aqui, Maeve. Amo vocês como se fossem meus também. São lindos, educados e gentis. Vão ser irmãos mais velhos perfeitos, pois o bebê irá precisar muito de vocês.— Michael se dirigiu a Maeve com gentileza e amor. Ele falava a verdade.
— Assim como eu amo Paris e Prince como se fossem meus. Se torna um pouco diferente porque eles dois tem uma mamãe, que visita a eles e tem um elo, entende? Mas eu os amo como os meus bebês também. — desse fazendo carinho em sua bochecha.— Tudo fica ainda mais perfeito com vocês. Vocês estão muito importante pra gente.
— eu também sou, tia Mel? — Serena perguntou.
— É claro que sim, oh meu Deus!— falei segurando as lágrimas.— Você é o melhor e maior presente que o seu pai me deu.
— Sim... a preciosidade da gente, Serena.— Michael beijou a testa da menina.— Nós te amamos muito.

Depois que todas as crianças pegaram no sono Com o Michael cantando belas músicas, era hora da gente dormir também.
— Vai ser confortável dormir aqui?— Michael quis saber, ando-se comigo na barraca gigante.
— Acho que fica mais confortável se eu deitar a cabeça em seu peito.— falei dando a primeira investida.

Ainda não tínhamos nos beijado ou se tocado de forma mais íntima. Apenas nos abraçávamos vezes, por todo esse tempo não tivemos nada pois ainda não me sentia preparada para transar com ele depois de tudo. Eu estava trabalhando isso na terapia. Eu tinha medo de ficar pensando se ele fazia sexo com a Angelina da forma que fazia comigo. Os pensamentos me ferravam a cabeça, mas os rituais e a psicoterapia estavam me ajudando.
Michael se aproximou de mim com cuidado e deitou-se atrás de mim, com carinho me puxou para seu peito e me aconchegou.
— Assim está melhor?— perguntou baixinho.
— Está ótimo. Parece que o céu veio para Terra.— sorri observando as crianças dormirem profundamente.

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sagrado Amor Profano ( +18)Onde histórias criam vida. Descubra agora