Sagrado Amor Profano ( +18)

Tudo Foi Por Você

Eu não podia negar que estava mexida, ele ainda causava todo aquele efeito em mim. Michael era um pai incrível como sempre imaginei que seria, estava o tempo todo cuidando ou brincando com seus filhos.
A festa teve fim e tudo que eu mais queria era ir embora. Por mais que eu tivesse a certeza que ainda tinha sentimentos por maicon, eu não conseguia sentir só coisas boas. Lhe considerava o ocupado pelas desgraças em minha vida, seja pela morte do meu irmão por causa daquela louca ou por eu não conseguir ser completamente feliz e satisfeita no meu casamento.
Enquanto vestia minha roupa no quarto que Michael improvisou para mim, observei o lanche servido numa bandeja em cima da cama, mas eu não toquei em nada, eu estava morrendo de fome mas não queria nada que pudesse levá-lo a pensar que eu estava em sua rede de pesca outra vez. Sequei os meus cabelos com o secador e organizei as minhas coisas para assim ir embora, foi quando ouvi batidas na porta. Peguei minha bolsa e fui abri. Puta merda!
— Vim convida-la para jantar comigo.— Michael esboçou um sorriso cativante, ele ficava muito charmoso com os cabelos lisos e soltos. Amadureceu muito bem, continuava um grande gostoso.
— Não posso, obrigada.— tentei sair da frente dele mas sua mão impediu, segurando em meu braço.
— Melissa, por favor.— me olhou profundamente.— As crianças já foram dormir com a Grace, pedi que fizessem uma massa pra gente. Creio que deve estar com fome, já que não tocou lanche que pedi que lhe servissem.— calmamente ele falou.
Meus olhos fitaram os deles e a sua linda boca enquanto falava.
— Não costumo comer antes de entrar no aquário, não posso correr o risco de sentir vontade de ir ao banheiro durante a apresentação.— expliquei me soltando sua mão.
— Compreendo. Então, vamos ?
— Ta. Vou aceitar só porque estou com fome mas deixando claro que é só por isso.— passei em sua frente caminhando imponente e ouvir ele sorrir. Que merda eu estou fazendo?
Sentamos à mesa já posta e servida, uma massa com carne de caranguejo, ele pensou perfeitamente em tudo. Sabia do que eu gostava .
— Parece que o tempo não passou pra você.— olhou pra mim enquanto nos servia uma taça de vinho branco.— 26, não é?
— Sim.— peguei a taça e dei um gole saboreando o vinho.— E você, já fez 50?— perguntei querendo ri. Eu não consegui resistir a ele, eu ainda sentia algo dentro de mim que perdoava tudo.
— Pareço ter 50?— arqueou as sobrancelhas querendo sorrir também.
— Fala sério cara, nem parece que vai fazer 43.— soltei a gargalhada presa, eu não consegui manter a pose de duro com ele.
— Isso é bom.— ele sorriu com os olhos me olhando sorrir.— Sentir falta dessa risada gostosa.
— Michael...— suspirei.— Não vamos falar sobre essas coisas.
— A verdade não pode ser tão ruim assim pra você, Melissa.
— Sabemos que isso pode não acabar bem, eu não estou afim de acabar com a sua noite. Foi um dia perfeito para você e seus filhos, espero que continue.—levei o garfo a boca comendo a deliciosa massa.
— Eu... eu sinto muito por tudo. Na época eu agi por impulso e fui incapaz de entender. Eu entendo os seus motivos de ter abortado, mas não aceito.— virou a taça de vinho de uma só vez. Eu suspirei e soltei os talheres.
— Foram consequências dos nossos atos, Michael. Eu tirei de mim células que nem um embrião era, coisa pior eu perdi. Perdi o meu irmão, perdi o sentido da vida, perdi você. Fiquei desamparada e por pouco não virei uma sem teto na rua pedindo trocado.— desengasguei de uma vez.— Você acha que não doeu em mim? você sequer me perguntou o motivo pelo qual eu tinha feito um aborto. Você lembra das duras palavras que você me disse naquele dia?
— Eu já disse que agir por impulso, se eu pudesse voltar atrás faria diferente. Eu sofri muito, mas não conseguiria continuar depois de descobrir aquilo da pior forma.— me explicou com calma e os olhos cheios de lágrimas.— Pensei em voltar algumas vezes mas o meu orgulho não deixou. Fiquei preocupado com a sua situação financeira, mas sabia que você poderia se virar com a boa grana que tinha guardada. Era inteligente e logo conseguiriam um bom emprego.
Eu soltei uma risada sarcástica e deixei as lágrimas caírem em meu rosto .
— Você não sabe de nada, Michael.— agora foi a minha vez de virar a taça de vinho e encher outra vez.
— Então me conte.— pediu colocando a sua mão na minha.— Eu estou aqui agora.
— A sua submissa psicopata.— puxei a minha mão da dele.— Ela foi até o meu apartamento armada e...— contei todo o ocorrido pra ele. Realmente Michael não sabia de nada, foi pego de surpresa.
— eu sinto muito, muito mesmo.— ficou de pé e veio até mim.— Espero que algum dia você me perdoe. Como poderia imaginar que Molly era Emily? Me perdoe, Melissa.— me ofereceu sua mão e eu peguei olhando em seus olhos.
Fiquei de pé e nos abraçamos, chorando muito.
— Espero que algum dia você também me perdoe.— falei sentindo o seu perfume.— Tudo que eu fiz foi por medo de lhe perder, medo de viver uma vida sem você, medo de lhe prejudicar e prejudicar sua carreira.
— Você se machucou pra me proteger.— Michael se afastou segurando nas minhas mãos.— Nenhuma palavra é capaz de expressar minha gratidão. Eu te amo Melissa, eu te amo muito.— disse com sinceridade.
Eu também o amava, como jamais seria capaz de amar algum outro homem.
Sem que eu esperasse, Michael tomou meus lábios em um beijo gostoso. Que saudade daquela boca que beijava tão bem quanto fazia um sexo oral. Eu correspondi, nossas línguas duelavam uma com a outra. Eu passeava com as mãos em suas costas e em seus cabelos macios, um beijo carregado de saudade paixão, o desejo ardente queimava dentro de mim.
Durante o beijo, fui tirando o seu blazer e sua gravata, sentindo Michael apertar minha cintura.
— Aqui não, podem nos vê.— Michael falou entre os beijos.— Vamos para o meu quarto.— me puxou pela mão.
Apenas seguir ele, como sempre fazia, o poder que Michael tinha sobre mim ainda estava ali, firme forte.
Eu fiquei admirada com a beleza do seu quarto, era enorme e bem decorado. Fui jogada na cama e despedida, Michael era muito habilidoso. Puxei ele pela camisa e lhe beijei com fome, eu não queria separar nossas bocas. Michael foi descendo com os beijos e lambidas por meus seios e barriga até chegar a minha intimidade. Ele me devorou com fome, sua língua trabalhava com maestria em cada canto da minha boceta. Eu me contorcia gemendo seu nome e o quanto aquilo estava gostoso. Nossos olhares se cruzaram criando uma conexão sexual ainda mais intensa.
— Eu... humm... Michael...— apertei seus cabelos e sentir o meu corpo estremecer. Eu estava ali, gozando para o dono do meu prazer.
— Continua doce, saborosa como sempre.— Michael levantou e me beijou levando minhas mãos juntas para cima da minha cabeça, com a outra ele segurou seu membro duro e entrou em mim devagar.
— Ohhh baby, você é tão apertada.— sua boca estava colada na minha.
Michael mandou ver, com gana e tesão, me dizia palavras safadas e trocávamos sorrisos.
Michael deitou e me puxou pra cima dele, me encaixei em seu pau e cavalguei acariciando suas bolas com as mãos.
— Assim baby, senta bem gostoso.— deu um tapa na minha bunda e segurou na minha cintura.— Que delícia.
Eu estava perto de atingir o orgasmo, aquilo não acontecia comigo daquela forma há anos.
— Oh meu Deus!— eu joguei a cabeça para trás e sentir mais agarrado nos meus seios.
Pelos seus gemidos, percebi que ele também chegaria lá. Então vamos juntos, apoiei minhas mãos no seu peitoral e acelerei nas sentadas. Gozamos feito dois loucos. Cansada, eu deitei em seu peito e ele me acolheu.
— Minha nossa.— resmungou me fazendo carinho.— A sereia acabou comigo.
— Até parece.— sorri.— Sei bem o quanto é insaciável.
Depois do banho a minha consciência voltou. Meu coração acelerou pela culpa que invadiu a minha mente. Eu traí o meu marido pela primeira vez. Me arrependi por ter sido tão fraca.
— Você está bem ?— Michael quis saber enquanto me entregava minha calcinha.
— Sim, eu só preciso ir.— vestir a roupa rapidamente.
— Mas já? Eu peço que o motorista leve você depois. Fique um pouco mais.— pediu enquanto desamarrava o nó do roupão.
— Eu não posso. Deixei meus filhos com q babá e eles já devem estar sentindo a minha falta.— expliquei com o medo pairando a minha mente.
— Você... você casou ? Quero dizer, você tem alguém ?— me perguntou com receio enquanto vestia a sua cueca.
— Não.— foi a primeira resposta que veio em minha mente.— Sou apenas uma mãe solo.
— Entendi. Eu quero muito vê-la outra vez.— vestia a calça.— Podemos marcar algo, não sei, sair com as crianças. Eu amei seus filhos.— sorriu.— São adoráveis.
— Ta, eu vou vê se podemos algum dia.— arrumei meu cabelo com pressa.
— Me passe o seu telefone!— me pediu.
— No momento eu estou sem celular e pra completar o da minha casa está no conserto, acho que a área lá não é tão bom, estão verificando.— eu precisava mentir para manter Michael longe de mim, imagina se ele descobre que sou casada?! Minha reputação estará arruinada e no lixo, mais uma vez.
— Bom, estou em Chicago até o fim de Maio, sabe onde me encontrar.— me puxou para si e olhou meu rosto.— Eu quero muito você Melissa, vamos nos dar mais uma chance. Dar uma chance para o amor.— segurou meu rosto com as duas mãos.— Por favor, faremos diferente dessa vez.
— Eu... preciso pensar e... preciso de tempo para não tomar decisões precipitadas e acabar com tudo.— disse.
— Eu estarei aqui, esperando com o seu "sim" nas mãos. Um novo "sim" pra gente e para o que sentimos.— me beijou.