Enquanto Melissa digeria todas aquelas informações deixamos choro lhe consumir, Emily se divertia com a cena. Tinha se tornado uma mulher impiedosa e fria. Ainda amava muito Michael, tudo que ela mais queria era tê-lo de volta e se odiava por isso. — Saia da minha casa, agora!— Melissa gritou. — Calma, eu ainda nem terminei. Pra que a pressa ?— sentou-se no sofá de forma confortável. — Eu não quero saber de mais nada Emily, a única coisa que eu quero é que você saia da porra da minha casa, agora!— gritou ainda mais alto. — Ah Melissinha.— olhou para suas unhas bem feitas.— eu sou o tipo de mulher que consigo tudo que eu quero. Veja, separei a Lisa do Michael com as provas de que vocês eram amantes. Consequentemente Lisa fodeu você sem eu precisar mover uma palha. Minha mente brilhante, eu quase coloquei ele atrás das grades por pedofilia.— Emily se gabava com a suas perversidades. Melissa se dobrou sentindo o seu estômago revirar com aquela confissão. Aquela mulher não era brincadeira e ela não estava ali pra brincar. — Você... foi você quem armou aquilo com os pais daquele garoto...— Melissa perguntou pausadamente pelo choque. — Sim, quer dizer com "os pais" não, só com o pai. A vagabunda da June estava começando a se apaixonar pelo a Michael e... — Você é um demônio Emily.— disse entre os dentes.— Você merece morrer da pior forma. O Michael sobre até hoje com aquelas malditas acusações, ele sente vergonha, ele precisou... — Foda-se!— deu os ombros.— Ainda vem muito chumbo grosso por aí. Mas não posso lhe falar, não confio tanto em você. — Emily ajeitou-se no sofá elegantemente e encarou Melissa. — Você realmente é doente. O Michael vai saber sobre tudo isso, tem a certeza. — Pode contar, pouco importa. Mas vamos lá, primeiro você vai me dar toda a grana que você guardou no banco e passará esse lindo flat para o meu nome. Depois você vai dar o pé daqui com o drogadinho do seu irmão, assim o território ficará livre e se por acaso o Michael lhe procurar, você vai dizer não ou se quer olhar na cara dele.— ditou as regras. Aquela foi a vez que Melissa gargalhou jogando a cabeça para trás, parecia piada. — É melhor voltar pro hospício Emily, nem fedendo. Isso só pode ser uma piada. Emily continuava a séria, olhando para Melissa. No fundo sentia tanto ódio e inveja de Melissa, Ela teve tudo que sempre quis. O maior, o amor de Michael. — Eu não sou comediante Melissa. — Mas deveria, ganharia um bom dinheiro com o seu humor ácido.— debochou. — Vamos ver se você vai rir e debochar sim quando eu jogar toda essa merda no ventilador. Levo essas fotos e todas as provas que mandei pra Lisa para a mídia.— ficou de pé.— Os fãs matariam você, os fãs da Lisa então... nossa. E a carreira do Michael estaria acabada. Eu imagino a cara da mãe dele vendo toda essa merda, vendo que o filhinho querido goza espancando mulheres. Consegue imaginar a Melissa? " extra ,extra, extra, Michael Jackson é um doente, e adoro espancar mulher como seu pai fazia com sua mãe." Em um desespero total e agonia, Melissa caiu no sofá, incrédula. Não podia ser, estava a pagar o preço altíssimo de ter ajudado a destruir um casamento . — Vou lhe dar tudo que você quer e fazer tudo do seu jeito. Mas como eu vou ter a certeza e a garantia de que você vai cumprir com a sua palavra?— encarou Emily. — Isso é fácil. Criamos um contrato de acordo, se eu quebrar você pode arrancar tudo de mim.— explicou. — Tudo bem, faremos isso então. — Ahhhh.... Você o ama, não é?— seus olhos aumentaram.— Você realmente ama ele. — Amo, eu realmente o-amo muito Emily.—desabou em um choro. — Imaginei que sim. É fácil amá-lo, sou prova viva disso.— ficou ali de pé desdenhando de Melissa, se deliciando com o sofrimento dela.
Uma semana depois...
Melissa estava sepultando o único que lhe restou. Michael compareceu ao velório e enterro de Felipe, mas não foi corajoso suficiente para falar com Melissa, ao contrário dela. Caminhou lentamente até o homem da sua vida disfarçando de velho e olhou nos seus olhos profundamente. " Você acabou com a minha vida!" Ela disse, sem esperar uma única resposta de Michael ela saiu.
Completamente sem nada, Melissa segurava suas malas em frente ao portão de embarque do aeroporto. A vida tinha lhe castigado desde que nasceu, gostava de castigos mas não daqueles. Melissa sentou-se na poltrona do avião, tentando entender aquele turbilhão de sentimentos confusos dentro dela. Completamente sozinha, falida e desamparada no mundo. Observava as nuvens passarem lentamente pelas janelas da aeronave, suas lágrimas caíram e ela se perguntava sobre Felipe , será que ele conseguia vê-la dali? Seu irmão estava morto, vítima de um acidente de carro, dirigia em alta velocidade junto com Stella e alguns amigos. Felipe e mais dois amigos foram vítimas fatais, só sobrou e Penélope e Stella que continuava em coma induzido.
Agora a mulher estava indo embora, Dominic conseguiu um bom emprego temporário para Melissa, ela ganharia bem e poderia reconstruir sua vida do zero. Com os pés fora do avião, Melissa suspirou o ar fresco daquele lugar, o clima gostoso lhe deu uma leve pontada de esperança. O que Chicago lhe reservaria? Estava ali, diante do início de uma nova vida, carregando traumas e dores eternas. Sentia-se culpada por toda desgraça feita, mas tentou seguir em frente. Adiante, seguiu para o desconhecido, junto com o medo sórdido de recomeçar sozinha mas teve a certeza que conseguiria transformar a sua triste e assustadora solidão em uma doce e confortável solitude.
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Vai Melissa, tente recomeçar... veremos o que Chicago tem pra você.