Sagrado Amor Profano ( +18)

YANA

A relação com Michael estava melhor do que eu poderia imaginar. Voltamos melhor que antes, muitas vezes deixávamos o BDSM de lado para fazer aquele típico sexo baunilha.
Criamos toda uma estratégia para que sua esposa não desconfiasse de nada. Passamos a frequentar motéis e hotéis menos luxuosos para não levantar suspeitas.
Michael voltou a me contratar para sua equipe, ele estava iniciando as gravações dos visuais de History.
O sol em Budapeste estava frio, eu estava ao lado de Rupert Wainwright que dirigia o teaser de History. Michael caminhava ao lado de Lisa junto com alguns seguranças, vindo em nossa direção. Me esforcei ao máximo para não comer Michael com os olhos, ele estava um gostoso naquela roupa.

— Okay, podemos retomar as filmagens.— disse colocando seu aviador prata.
— Ótimo. Você vai pra frente da primeira fila e entramos com a trilha sonora. — explicou o diretor apontando pra os homens vestidos de soldado.
— Hey Mike, a sua joelheira abriu.— um dos seus amigos apontou.
— Posso ajudá-lo com isso, senhor Jackson.— involuntariamente eu me ajoelhei e ajudei a fechar as suas joelheiras que iam do pé até os joelhos. Pude vê suas mãos se apertarem ficando em punho. Sorrir por dentro mas não deixei transparecer.
— Está confortável assim, senhor Jackson?— olhei pra ele. Ainda de joelhos no chão.
— Está sim, obrigada Melissa.— sorriu amarelo. Eu sabia que levaria umas boas palmadas depois.
— Quem me dera uma assistente dessa.— Rick, um dos câmeras comentou com um sorrisinho. Fiquei desconfortável mas sorri de volta.
— Estou pronto!— Michael chamou atenção e se afastou.
— Porquê não dá uma chance pro câmera ? Desde que você chegou ele reparou em você e ele é um rapaz bonito.— Lisa sentou-se em uma cadeira debaixo do grande guarda-sol.
— Ele não faz meu tipo.— dei os ombros e fiz uma bola com o chiclete de menta que eu mascava.
— Então... quem faz seu tipo?— Lisa retirou seus óculos de sol e olhou fixo pra mim. Confesso que fiquei assustada com a pergunta.
— Mulheres.— sorrir mordendo os lábios vendo Lisa arquear as sobrancelhas, um tanto surpresa.
— Oh, então... você é...
— Sim, eu sou lésbica.— virei o corpo em sua direção.— A senhora sem dúvidas faria o meu tipo.
— Ugh não diga bobagens menina.— Lisa tomou água com pressa.
— Me desculpe.— eu estava morrendo de rir por dentro.— Por favor, não conte para o senhor Jackson, ele pode não gostar.
— Sem problemas. Já que você confiou em mim para falar sobre algo tão "íntimo", posso confiar em você também ?
— Claro que sim.—me aproximei para ouvi-la melhor, devido a música alta estava difícil ouvir com facilidade.
— Eu sei que você é muito amiga da Dominic, mas... você sabe me dizer se ela... você já viu o ela com o Michael fora do trabalho ? Ou já ouviu ela falar algo sobre ele?— pude vê a insegurança na cara de Lisa.
Realmente ela desconfiava de algo, mulher tem sexto sentido que sempre fica em alerta quando o seu homem está pulando a cerca e com a filha de Elvis não seria diferente.
— De forma alguma, senhora Jackson. A Nick é uma mulher muito séria e profissional, ela já me contou muitas coisas mas nenhuma delas foi com o seu marido.— claro que eu iria tirar o foco da minha amiga, jamais permitiria que ela pegasse por algo que não foi ela quem fez.— Sem contar que o senhor Jackson jamais teria olhos para nenhuma outra mulher que não fosse a senhora. É nítido vê o amor em seus olhos quando olha pra senhora.— eu sorrir apaixonadamente.
— Você vê dessa forma?— cruzou as pernas e encarou meu rosto.
— Só cego não vê.— migrei meus olhos para Michael caminhando sorrindo e acenando para os fãs.— Aquele homem lhe pertence senhora, não tenho dúvidas disso.
— Eu não sei. Algo não tá certo, há um tempo ele vem diferente.
— Diferente como ?— voltei meu olhos pra ela.
— Um pouco distante, menos carinhoso. Faço greves de sexo e quando decido acabar com elas a fome dele não é a mesma.— ela suspirou e fitou as mãos.— Ando em alerta.
— Bom... eu coloco a minha mão no fogo por ele. O senhor Jackson jamais lhe trairia, eu tenho certeza.— sorrir descaradamente e ela ficou de pé.
— Essa conversa morre aqui.
— Mas que conversa ?— fiz de desentendida.
— Boa garota.— ela piscou pra mim e entrou no trailer.
Eu podia ser falsa, eu amava estar naquele papel. Eu amava a vida de luxo que ele me proporcionava e eu amava o sexo com ele. Quando estávamos juntos eu me transportava para o meu lugar preferido, nele só existíamos nós dois e poderíamos ser quem quiséssemos ser. Nos completávamos.