frágil

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A BABÁ.

Henrique: deixa eu me explicar ( falei segurando suas mãos) eu nem sabia que ela tava aqui no meu quarto.

Marília: me solta ( ele soltou minhas mãos) eu não preciso das minhas contas, vou arrumar minhas coisas e tô indo embora.

Sai do quarto dele e peguei as toalhas das crianças levando pra elas sem conseguir segurar minhas lágrimas não queria que me vissem assim mais era impossível. Respirei fundo diversas vezes enquanto me aproximava deles e enrolei uma toalha em cada um com o coração apertado pois mesmo que eu amasse muito eles não iria conseguir passar muito tempo nessa casa pelo menos não hoje.

Helena: pôr que tá chorando tia Lila?

Marília: eu preciso pedir uma coisa pra vocês dois e quero que falem com o Léo quando ele chegar.

Miguel: você vai embora?

Marília: sim eu vou embora mais eu juro que quando tiver melhor eu venho ver meus anjinhos e preciso que se comportem até eu voltar ( eles. Já choravam) não chorem por favor eu preciso que me prometam que vão ser bons anjinhos.

Henrique: não pode ir embora Marília.

Helena: o que fez com a tia Lila ( falei com meu pai).

Marília: o seu pai não fez nada meu amor ( abracei os dois) a tia Lila só precisa de um tempo pra descansar um pouco.

A Paulinha veio e levou eles que choravam e meu coração tava partido de diversas maneiras diferentes. Eu sabia que o Henrique iria brincar com o meu coração e que eu era só um brinquedo pra ele.

Henrique: já te falei que não aconteceu nada entre eu e a Mayara.

Matheus: deixa ela em paz, não queria me intrometer mais pelo o que eu tô vendo você já machucou demais a Lila.

Henrique: cala a sua boca, vamos conversar Marília com calma.

Marília: não tem o que conversar, cê ficou com ela na luz do dia enquanto duas das nossas crianças estão aqui e ainda deixou a porta aberta.

Henrique: não fiz nada com ela tive a mesma surpresa que você quando vi ela na minha cama.

Marília: já falei que me demito e não vou mudar minha decisão.

Matheus: se quiser posso te tirar daqui.

Henrique: cê não vai levar ela a lugar nenhum.

Marília: eu vou agradecer se me tirar daqui.

Me afastei com Matheus vindo logo atrás de mim. Entramos no carro e eu desabei sentindo as lágrimas rolarem sem parar. Matheus não falou nada invés disso ligou o carro e me perguntou pra onde eu queria ir. Não iria pra casa de nenhum dos amigos de Henrique então fui pra casa de meus pais agradecendo a Matheus pela carona. Bati na porta dos meus pais sem parar até a porta finalmente ser aberta e eu ver minha mãe que assim que viu as lágrimas me estendeu a mão e me puxou pra um abraço me levando pra dentro.

Mário: o que tá acontecendo? ( Percebi que Marília chorava) Aquele homem ousou te machucar filha? Eu sabia que um homem tão mais velho não era pra você.

Ruth: agora não Mário ( falei preocupada) não tá vendo o estado da nossa filha? Já chega disso fizemos de tudo pra fazer ela se afastar dele e não funcionou então já chega de lições de moral ( apertei minha filha no meu abraço) vamos seu quarto tá do mesmo jeito.

Minha mãe era rígida mais não suportava me ver sofrendo a mesma coisa era com meu irmão. Entramos no meu quarto e ela sentou na cama me fazendo deitar e colocar a cabeça no colo dela enquanto ela alisava meus cabelos e eu chorava só de pensar que ele tava com ela as lágrimas já deciam com tudo e ainda tem as crianças que eu amo tanto e sei que se eu me afastar vão sofrer de mais. Quando me acalmei um pouco minha mãe respirou fundo e eu sabia que ela iria começar com as perguntas.

Ruth: o que aconteceu?

Marília: eu vi outra mulher na cama dele mãe ( ela permaneceu calada) ele me disse que não foi pra cama com ela e que também se assustou com ela ali.

Ruth: e acredita nele?

Marília: devo acreditar?

Ruth: eu não sei filha ( peguei em sua mão olhando a aliança) ele tava disposto a enfrentar seu pai por você ( respirei fundo) não concordei com o seu relacionamento com ele e te disse o pôr que mais você me falou que não iria deixar as crianças pois amava eles e você também me falou que não se manda no coração e meu medo filha foi te ver assim ( beijei sua cabeça) pra você ter ficado assim sei que é pôr que ama ele disso eu não tenho mais nenhuma dúvida mais você precisa ver se ele também realmente te ama ou não.

Marília: mudou de ideia sobre ele?

Ruth: não eu mudei de ideia sobre você minha filha, sempre te criei achando que você era frágil e fraca por isso tanta proteção mais desde que cê saiu daqui batendo a porta por um sentimento que você nem sequer entendia tão bem pois sei que é a sua primeira vez amando um homem percebo o quanto você é forte e não precisa mais de tanta proteção e se ama mesmo esse homem e ele te ama não vou mais interferir.

Marília: não sei se vou conseguir acreditar nele.

Ruth: se não conseguir vou ficar do seu lado pois agora sei que não é mais uma garotinha frágil e sim uma mulher forte que vai passar por isso mesmo que não fique com ele.

Ela me deixou ali deitada na minha cama e fiquei olhando pra minha aliança de namoro e me lembrei daquele dia. Como ele pode ficar com outra mulher? Achei que o que a gente tinha era intenso e verdadeiro mais percebo o quanto um homem pode mentir pra conseguir um corpo de uma mulher. Não vou culpar ele por ter tirado minha pureza pois eu também quis e não me arrependo pelo menos ele fez o momento ser especial pra mim. Talvez ele não mentiu em tudo. Se ele não me queria por muito tempo pôr que tava durando tanto comigo por que precisou me trair? Sei que quando a gente brigou a dois dias atrás falei que tínhamos acabado mais não pensei que ele tivesse levado a sério. Senti o choro voltar novamente e dormir de tanto chorar.

 Senti o choro voltar novamente e dormir de tanto chorar

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