tudo fica mais fácil.

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A BABÁ.

Horas se passaram e o tormento dentro da minha cabeça não passava. Minha noiva tá em uma sala de cirurgia lutando pra conseguir manter nossos filhos dentro do útero por mais um pouco de tempo e sei que ela vai conseguir. Sei também que se os bebês nascerem agora a chance dos três sobreviverem é muito pouca, o que tá me fazendo quase enlouquecer de tanta preocupação e medo.

Dona Ruth e Maiara permaneciam do meu lado assim como meu irmão que a todo momento procura notícias com os médicos pra saber se ela tá bem. No final da tarde, finalmente Iasmin veio até nós e seu semblante não entregava nada. Fechei meus olhos e os apertei me preparando pra qualquer coisa que ela fale, meu coração batia forte dentro do peito e tudo que eu queria agora era ver minha noiva e falar pra ela que eu tô com ela e que não vou deixá-la por nada.

Iasmin: bom, Marília tá no quarto ainda dopada.

Henrique: e nossos filhos?

Iasmin: tivemos que fazer uma escolha ( respirei fundo) ou deixavamos os bebês dentro dela o que iria resultar em um aborto ou tirariamos os bebês e tentávamos manter eles vivos na incubadora ( ele me ouvia atento) tiramos os três e já estão na incubadora e tenho que ser onesta com você a chance dos três viverem é pouco pois são prematuros extremos mais até agora eles estão estável e vamos rezar pra que nós meses que vierem continuem assim.

Ruth: Deus vai nos ajudar.

Maiara: podemos ver eles?

Iasmin: podem mais só pelo vidro.

Ela nos levou até eles e meu Deus eles são minúsculos realmente muito prematuros mais são lindos e estão lutando pra conseguirem viver, tem vários aparelhos ligados a eles o que faz meu coração doer. Não era assim que eu imaginava passar por uma gravidez com Marília quando descobrimos a gravidez dela tudo que a gente queria era aproveitar sua gestação o que não deu muito.

Depois de ver meus filhos a Iasmin me levou até o quarto de Marília e os outros foram embora pois só podia um visitante pois ela fez uma cirurgia complicado e não pode correr o risco de pegar nem sequer o rastro de uma infecção mais eles viram ela pelo o vidro antes de irem embora.

Entrei no quarto observando o quanto ela é linda mesmo pálida pela perda de sangue, meu Deus eu não mereço uma mulher como ela deve ser por isso que sofremos tanto. Provavelmente a vida dela seria muito melhor sem mim mais sou egoísta demais pra conseguir deixar ela. Peguei em sua mão e vi a marca da aliança ali já que ela tava sem aliança pois tiraram pra cirurgia. Ela abriu os olhos e nada saiu de nossas bocas apenas nos olhamos por um longo tempo até ela finalmente parecer tomar coragem pra falar.

Marília: onde tá nossos bebês? ( Falei baixo).

Henrique: eles estão na incubadora lutando pra ficar com a gente ( uma lágrima desceu de um de seus olhos e eu rapidamente limpei) ei calma eles vão ficar bem.

Marília: tô com medo.

Henrique: eu também tô com muito mais com você, tudo fica bem mais fácil ( beijei seus dedos) agora descansa.

TRÊS MESES DEPOIS.....

POV MARÍLIA.

Hoje finalmente vou buscar nossos trigêmeos no hospital, sim foi difícil pois os bebês quase não conseguiram mais por um milagre conseguiram pegar peso rápido e depois de três meses finalmente vão vim pra casa e vão dormir no quarto que os próprios irmãos deles prepararam e me ajudaram em cada detalhe eles não viam a hora de ficar perto dos trigêmeos e o tanto que isso aquece meu coração eles não tem noção pois o amor que sinto pelos os 6 é igual e sem medida. Essa história de que sentimos mais amor por filhos biológicos é totalmente mentira e posso comprovar isso agora toda vez que sou chamada de mãe pelos meus três filhos mais velhos meu coração parece que vai sair do peito de tanta emoção que essa palavra ainda me causa.

Henrique preparou as cadeirinhas de bebê dentro do carro que agora é um Land Rover importado de 8 lugares que custou novecentos mil mais o Henrique fez questão de comprar pra caber nossos 6 filhos e nos dois e são nesses momentos que sinto como é bom ter dinheiro pois o conforto é muito maior e fico feliz que podemos proporcionar isso a todos os nossos filhos. Chegamos no hospital e Helena quis segurar um dos bebês e com todo cuidado ajudei ela a segurar a Lorena e com calma chegamos até nosso carro e organizamos nossas crianças dentro meus olhos brilham ao ver todos eles juntos.

 Chegamos no hospital e Helena quis segurar um dos bebês e com todo cuidado ajudei ela a segurar a Lorena e com calma chegamos até nosso carro e organizamos nossas crianças dentro meus olhos brilham ao ver todos eles juntos

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Henrique: agora vamos tomar um sorvete.

Léo: mãe hoje podemos almoçar na casa da vovó Ruth?

Marília: claro que podemos ela vai gostar da casa cheia de crianças hoje.

Partimos pra uma sorveteria e esses momentos que passamos juntos é sempre bom e agradável. Finalmente no almoço na casa da minha mãe eu tava ajudando ela na cozinha enquanto os trigêmeos dormiam e meu pai, Henrique e meu irmão brincava com as crianças na área como se fossem crianças também. Gosto de ver eles felizes mais estavam todos brincando com a mangueira se molhando e também se sujando.

Ruth: deixa eles filha.

Marília: e se eles ficarem doentes?

Ruth: você vai cuidar muito bem de seus filhos se isso acontecer ( abri um sorriso) tô orgulhosa de você.

Marília: obrigada mãe ( também abri um sorriso) tô tão feliz que finalmente as coisas estão dando certo ( Helena veio até mim me puxando).

Helena: mãe vamos brincar.

Ela me puxou pra fora onde Léo e Miguel me molharam com a ajuda dos três adultos que nem pareciam adultos.

Ruth: preparei algumas bichigas de água pra vocês.

Minha mãe tinha duas bacias cheias de bichigas com água deixou ali e entrou pra dentro indo terminar o almoço.

Marília: vamos dividir os times.

Léo/Helena/Miguel: queremos ficar com a mamãe.

Henrique: traíras ( falei rindo).

Começamos a brincadeira e como era bom tá assim com minha família.

Começamos a brincadeira e como era bom tá assim com minha família

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