idiota.

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A BABÁ.

POV MARÍLIA.

Enquanto tomava um banho gelado no quarto de Maiara que me ofereceu uma roupa pra vestir, eu pensava em como fui parar na cama de Henrique pois eu realmente não me lembro de quase nada. Minha cabeça doía e me sinto mal pois preciso tá cem porcento prós meus anjinhos. Sai do banheiro com uma toalha enrolada no meu corpo e Maiara tinha deixado um vestido em cima da cama abri um sorriso ao pensar no carinho que todos tiveram comigo. Eu conseguia sentir o quanto eles eram unidos mesmo sendo de famílias diferentes e isso é muito raro. Alguém bateu na porta e já foi logo entrando me fazendo faltar o ar ao ver meu chefe. Meus olhos se encontraram com os dele e eu não conseguia entender o que tá acontecendo dentro de mim pois meu coração acelerou batendo a mil por hora.

Henrique: minha mãe pediu pra te trazer um remédio por causa da ressaca ( ela veio até mim pegando o comprimido e engolindo) não quero que pense que me aproveitei de você ontem, bom eu só te coloquei na cama.

Marília: não pensei nada ( a gente tava tão próxima que o ar parecia ter sumido) eu também não quero que pense que sou namorada do Ju ou algo assim, somos amigos ( ele continuou me olhando) além disso jamais pegaria o irmão do meu chefe.

Henrique: e seu chefe você pegaria? ( Perguntei fazendo ela ficar vermelha o que desenhou um sorriso no meu rosto).

Marília: bom... Eu...

Não conseguia fórmular uma frase mais nem precisou já que Henrique me puxou fazendo o tempo parar ao meu redor quando encostou seus lábios no meu. Foi um beijo que deixou meu corpo em chamas, uma de suas mãos adentrou meus cabelos molhados me puxando mais pra ele. Tava tão perdida ali que só me dei conta da merda que estava fazendo quando meu celular começou tocar em cima da cama me fazendo se afastar do Henrique ofegante e com pressa. Droga o que foi isso? Isso é muito errado.

Marília: acho que o senhor passou dos limites senhor Tavares ( ele pareceu nervoso).

Henrique: bom... Cê tem razão, desculpa por isso.

Ele saiu do quarto parecendo chateado e eu permaneci ali com o coração acelerado. Fui até a cama pegando meu celular e respondendo algumas mensagens da minha mãe. Tava morrendo de vergonha e não queria olhar nos olhos do Henrique nunca mais porém isso era impossível já que trabalho pra ele. Me troquei e desci encontrando meus anjinhos todos já tomando café da manhã e só de olhar pra eles meu coração se apertava só de pensar que poderia perder o emprego por ficar com meu chefe. Além disso só fazem duas semanas que conheço o Henrique e mesmo eu já sentindo um turbilhão de emoções por ele sei que ele jamais sentiria alguma coisa por mim em tão pouco tempo e não pretendo perder essas crianças por ser ingênua a ponto de pensar que posso ter algo com meu chefe.

Três meses depois.

Tenho que confessar que evitar o Henrique é difícil já que durante esses meses tô fazendo de tudo pra fazer ele ter um bom relacionamento com os filhos e tá funcionando. Percebo meus anjinhos muito melhores do que estavam quando eu cheguei, mesmo assim ainda não é o suficiente pois sei que o Henrique ainda tem que melhorar em muita coisa como por exemplo levar as crianças na escola as vezes e vou começar a introdução disso hoje que é segunda feira.

As crianças já estavam prontas quando deixei elas na sala e fui até o escritório do Henrique respirando fundo antes mesmo de entrar pois ficar sozinha com ele ainda não me deixa normal. Sempre lembro do nosso beijo provavelmente por que sou uma idiota virgem pois tenho total certeza de que ele nem lembra mais disso. Um sentimento dentro de mim cresceu por ele a cada dia que passa crescendo dentro de mim em silêncio a cada coisa que descubro dele principalmente quando vejo seu comportamento mudando com as crianças parece que tudo dentro de mim grita por ele o que é ridículo.

Entrei no escritório quando ele permitiu e pude sentir a tenção no ar. Toda vez que olho pra ele lembro do nosso beijo. Apesar de seu comportamento está mudando com as crianças comigo é diferente o Henrique tá cada vez mais frio e alguma coisa me diz que é pôr causa daquele beijo o que me dar mais certeza que fiz certo em me afastar pois nada daria certo e além disso foi só um beijo não posso fazer tanto drama por causa disso.

Henrique: o que cê quer? ( Falei evitando olhar pra ela).

Marília: eu quero pedir pro senhor levar as crianças até a escola ( ele finalmente me olhou) acho que elas ficariam felizes.

Henrique: você não é paga pra achar nada ( desde aquele maldito beijo desconto a raiva de querer tanto a boca dela novamente na causadora desse desejo).

Marília: não vou mais incomodar o senhor ( falei um pouco irritada) mais sei o quanto as crianças ficariam felizes se o senhor parasse de pensar tanto em trabalho e levasse eles na escola algumas vezes na semana ( ele é um idiota) isso é o mínimo que um pai pode fazer.

Henrique: tá falando que não sou um bom pai? ( andei em passos largos chegando até ela).

Marília: tô falando exatamente isso ( seu olhar queimava sobre meu rosto).

Henrique: tô me esforçando pra melhorar como pai e não preciso que uma simples babá me ensine sobre ser um bom pai ( vi suas expressões mudarem).

Marília: então acho que não precisa tanto dessa simples babá ( uma lágrima ameaçou cair mais eu segurei) eu me demito ( já ia me virar mais ele me segurou no lugar).

Henrique: o que acha que tá fazendo?

Marília: eu amo essas crianças mais você é um idiota não só como pai mais também como chefe ( soltei sentindo isso afetar ele em cheio) você tem três filhos lindos mais faz questão de por opção não dar o mínimo que é atenção e carinho pra eles.

Henrique: você tem razão ( falei sentindo cada uma de suas palavras) cê me fala os dias e eu levo eles pra escola ( ela não podia se demitir) não vou te dar a demissão.

Marília: por que não?

Henrique: pôr que meus filhos podem sofrer com isso ( e pôr que você é totalmente minha) vamos levar as crianças pra escola então.

Ele falou e saímos de seu escritório.

Ele falou e saímos de seu escritório

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