risco.

131 28 16
                                    

A BABÁ.

POV HENRIQUE.

Passamos só mais um dia no Canadá e cá estamos nós já saindo do aeroporto prontos para entrar no carro onde está nosso motorista e finalmente irmos pra casa. Marília não quer admitir mas sei que tem alguma coisa errada, ela passou a viagem inteira vomitando tudo que ingeria, sei que enjôos e vômitos são sintomas normais da gravidez mas também sei que ela não devia ter viajado e provavelmente a viagem que deixou ela assim.

Vamos pra casa da minha mãe já que ainda é cedo pois viajamos ontem pela manhã o que resultou chegamos no Brasil em um domingo lindo e ainda são nove da manhã. Coloquei as crianças no carro arrumando eles no banco de trás e um dos meus seguranças que trouxe outro carro pra mim me deu a chave do veículo. Dei a ordem pro meu motorista e o segurança levar meus filhos pra casa da minha mãe e pretendia passar em casa com Marília pois ela precisava pegar alguns comprimidos que está tomando devido a gravidez.

Marília: onde tá o seu carro? ( Falei com urgência).

Henrique: já vamos achar ele tá se sentindo bem?

Marília: não me sinto bem ( admiti) tô sentindo muitas dores na minha barriga e também tô sentindo meu corpo mole.

Henrique: vou ligar pra Iasmin.

Marília: não precisa ( tentei argumentar) eu só preciso descansar da viagem.

Henrique: vai admitir que foi irresponsável em viajar e que agora precisa ser examinada só quando ver o sangue escorrendo pelas suas pernas? ( Ela fez uma cara que eu conhecia bem) Cê já tá sangrando não é? ( Perguntei sem acreditar que ela iria esconder isso).

Marília: é só um pouco de sangue eu vou na consulta amanhã.

Henrique: por Deus mulher eu tô tentando ter paciência com você mais parece que cê quer testar até onde vai minha calma ( passei as mãos nos cabelos irritado) vamos a um hospital agora ( ela tentou argumentar) fica quieta por favor.

Peguei ela no colo e comecei procurar meu carro e encontrei ele sem muita dificuldade colocando Marília com cuidado dentro do carro com sinto de segurança e ela ainda permanecia em silêncio. Fui pro meu lugar e liguei o carro.

Eu realmente tava chateado com Marília já que ela decidiu viajar mesmo depois da própria Iasmin obstetra ter falado com todas as letras que era arriscado já que além da gravidez dela ser de trigêmeos o colo do útero dela tá muito baixo o que resultou em uma gravidez de risco por ser três bebês mais essa mulher não quer escutar ninguém além das vozes da cabeça dela.

Peguei meu celular ligando pra Iasmin enquanto prestava atenção na estrada e pedi pra ela indicar um bom hospital particular onde a Marília possa ser atendida com toda competência do mundo e ela me indicou um ótimo onde um amigo dela tava de plantão. Desliguei indo pra esse hospital.

Tudo que eu queria era que os bebês estivessem bem já que o peso na minha consciência tá enorme por ter permitido que a cabeça dura da minha noiva fizesse essa viagem. Mais Aparti do momento que sairmos desse hospital vou fazer Marília seguir tudo que o médico disser a risca e não vou me deixar amolecer pelo olhar dela mesmo que isso faça com que ela fique chateada não vou mais permitir que coloque nossos filhos em risco.

Entramos na sala do médico e ele já começou com as perguntas e ela respondeu todas e sei que ela também tá nervosa e com medo de ter acontecido alguma coisa. O médico pediu pra ela deitar pra fazer uma ultrassom e ter a certeza de que tá tudo bem pois os sintomas que ela descreveu pra ele deixou ele com uma expressão preocupada.

Médico: pelo o que me disse acabou de chegar de uma viagem certo?

Marília: sim senhor.

Médico: essa viagem nem deveria ter acontecido ( passei o gel em sua barriga) bom primeiro vamos ver o batimento cardiaco dos três pra ter certeza que estão todos vivos.

Meu corpo todo tremeu com suas últimas palavras e quando ele procurou o coração de um dos bebês e eu escutei o som uma lágrima desceu de alívio ao ouvir o coração tão forte, ele procurou o do segundo e também encontrou com facilidade fazendo meu corpo ficar mais leve a cada batida. Quando ele começou a procurar do terceiro bebê eu comecei tremer pois ele não encontrava.

Médico: vamos ver se o bebê está se escondendo de nós.

Ele continuou procurando até que finalmente achou mais seu olhar sobre nós ainda não era de tranquilidade.

Médico: vamos lá vou passar um remédio pra o sangramento e se não parar de sangrar até amanhã de manhã preciso que volte a um obstetra com rapidez e urgência.

Marília: eles estão bem?

Médico: bom estão bem porém um dos seus bebês tá em zona de risco e eles precisam que você fique de repouso 24 horas por dia e a única coisa que quero que faça é tomar sol. Nada de extravagância e muito menos sexo ( comecei a anotar alguns remédios) você acabou de entrar na zona de risco extremo o que significa que você pode perder esses bebês a qualquer momento então por Deus Marília não saia do repouso.

Henrique: não se preocupe doutor vou cuidar pra que ela não faça nenhum esforço.

Médico: acho bom ( respirei fundo) se vocês tem alguma religião ou alguma crença se agarrem nela. Eu preciso ser sincero com vocês dois ( entreguei a receita do remédio) como Luciano eu tenho certeza que com repouso, tomando cuidados, ingerindo todas as vitaminas e principalmente com muita fé sei que vai chegar até o final da gestação.

Marília: e como médico?

Médico: bom como doutor Luciano, posso afirmar com quase total certeza que mesmo que o sangramento pare e que você não tenha um aborto agora devido a provavelmente essa viagem que fez o que afetou sua placenta te garanto que seus filhos não vão passar dos seis meses ai dentro e se isso acontecer vão precisar ter muita fé pra que eles fiquem bem em uma incubadora.

Henrique: tem certeza disso?

Médico: sei que são pacientes da Iasmin uma excelente obstetra e podem ter certeza que ela vai confirmar tudo isso que acabei de falar mais sei que com cuidado conseguirão ter seus filhos saudáveis.

A Marília parecia em outro mundo até chegarmos no carro que foi onde o mundo dela pareceu desabar e ela começou chorar e tudo que eu consegui fazer foi abraçar ela e senti minhas próprias lágrimas.

A Marília parecia em outro mundo até chegarmos no carro que foi onde o mundo dela pareceu desabar e ela começou chorar e tudo que eu consegui fazer foi abraçar ela e senti minhas próprias lágrimas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

VOLTEI COM ESSE EP MAIS JÁ VOU SUMIR DE NOVO MAIS NÃO SE PREOCUPEM EU VOLTOOOOOOOOO.

A BABA.Onde histórias criam vida. Descubra agora