A BABA.

subestimar.

A BABÁ.

POV HENRIQUE.

Após aquela garota sair do meu escritório, pensei por alguns minutos se eu tinha tomado a decisão certa de contratar ela já que só de olhar pra ela consigo ver a inocência e o quanto ela é jovem. Não que eu tenha me interessado por ela, pois isso não é uma coisa que eu faria. Ela é dez anos mais jovem do que eu, o que significa que é praticamente mais uma criança e isso é o que me deixa preocupado já que meus três filhos precisam de alguém que saiba cuidar deles e ela não me dá tanta confiança.

Como a última babá se demitiu sem dar nenhum aviso, não posso me dar ao luxo de escolher muito, os meus dois filhos mais velhos até poderiam esperar mais um pouco, porém tem o Miguel que só tem cinco anos então precisa de alguém pra sempre tá cuidando dele. Respirei fundo com o estresse que percorre meu corpo. Raramente fico de bom humor pois não tem nada além dos meus filhos que me traga um pouco de alegria.

Tava tão focado no trabalho que quando olhei a hora percebi que esqueci que meu irmão viria aqui hoje. Levantei sabendo que meus filhos já tinham chegado, pois o meu motorista de confiança sempre leva e trás eles da escola e como já passou muito da hora do almoço sei que eles devem tá fazendo alguma coisa com Paulinha minha governanta que por enquanto tá cuidando deles. Isso até amanhã onde finalmente vou descobrir se aquela garota vai dar conta, mais acho que não vai ser difícil já que sei trabalho mesmo só começa na hora do almoço que é quando as crianças chegam e precisam fazer suas atividades.

Quando cheguei na na sala já me deparei com o meu irmão brincando com o Miguel enquanto Léo e Helena estavam ocupados fazendo suas atividades escolares. Eles normalmente fazem isso no quarto de atividades mais provavelmente estão na sala devido a presença do meu irmão. Miguel veio correndo até mim e eu peguei ele recebendo um beijo no rosto e a benção e logo depois o devolvi pro chão e meu irmão logo veio até mim me guiando de volta pro escritório provavelmente pra falar alguma coisa ou me dar sermões como sempre faz me deixando irritado.

Juliano: soube que contratou uma nova babá ( falei assim que entramos).

Henrique: não sei se ela vai durar.

Juliano: pôr que? Tem algum problema com ela?

Henrique: ela é uma menina ( falei colocando um pouco de uísque e logo bebendo).

Juliano: a Paula me disse que ela tem vinte anos.

Henrique: inexperiente ( falei impaciente) você tinha que ver ela delicada igual uma flor ( falei sem a intenção de parecer alguma coisa além de observação mais meu irmão abriu um sorriso besta) nem vem nim cê sabe que não gosto de garotas puras.

Juliano: prestou atenção nela? ( Falei incrédulo já que ele normalmente nem olha pra pessoas).

Henrique: não viaja ela vai ser a babá dos meus filhos e é praticamente uma adolescente ( falei demonstrando o meu estresse com esse assunto).

Juliano: não tá mais aqui quem falou ( sentei também pegando um copo e colocando uísque) você precisa dar mais atenção pras crianças.

Henrique: eu sempre que posso dou atenção pra eles.

Juliano: e quando é que cê pode?

Henrique: preciso trabalhar pra continuar mantendo a vida de luxo que eles tem e que eu pretendo que continuem tendo.

Juliano: a Mayara também precisa de uma vida de luxo?

Parei prestando atenção na pergunta dele sobre uma mulher com quem eu mantenho uma ligação, não é um romance longe disso, só transamos as vezes e eu dou alguns presentes pra ela já que sei o quanto é interesseira. Na verdade, a insinuação do meu irmão me deixou irritado me tirando os últimos pingos de paciência.

Henrique: do que tá falando? Eu não tenho nada com ela e não pretendo ter com mulher nenhuma.

Juliano: acha que não sei do seu relacionamento com ela?

Henrique: qual relacionamento? Se for o de fuder ela e cair fora está certo.

Juliano: espero que se for arranjar alguém que seja alguém descente ( levantei) lembre-se que tem três filhos.

Ele saiu batendo a porta me deixando irritado. Eu nunca amei mulher nenhuma e nunca vou amar, casei com minha falecida esposa por causa de sua família que não época praticamente me empurraram pro altar. Não sou mais aquele garoto, agora tenho experiência suficiente pra saber que prefiro ficar sozinho. Bebi mais um pouco de uísque e só saí do escritório direto pro meu quarto. Não tive fome não depois daquela conversa com meu irmão.

.........

Seis da manhã eu já estava pronto pra receber Marília que já tinha chegado muito mais cedo que isso e até tinha colocado suas roupas no seu quarto. Ela já tava de uniforme o que consistia em uma saia próxima ao joelho e uma blusa social branca. A olhei de cima abaixo notando que apesar de ser uma garota suas curvas com roupas mais apertadas ficavam bem aparentes me fazendo sentir uma pitada de curiosidade de como deve ser fuder uma virgem. Como eu sei que ela é virgem? Não é difícil deduzir isso pois ela é extremamente transparente e seu comportamento nervoso como se nunca tivesse ficado perto de homem a denuncia completamente.

Marília: bom dia senhor Tavares ( falei sorrindo mesmo que ele permanecesse com a cara fechada).

Henrique: não sei se vai ser um bom dia pra você ( mesmo com minha resposta seu sorriso não saia do seu rosto o que já me deixou irritado) você precisa acordar às crianças e ajudar elas a se arrumarem, as oito eles precisam tá na escola, não se preocupe em levá-los ou ir buscá-los pois o motorista é responsável por isso.

Marília: ainda não sei qual as atividades que eles fazem após chegar da escola ( falei um pouco baixo).

Henrique: o Léo prática judô as três e meia da tarde mais você só precisa ajudá-lo a arrumar suas coisas. A Helena faz natação mais isso é aqui mesmo na minha piscina, o Miguel também faz natação junto com a irmã no mesmo horário.

Marília: ótimo ( falei já tendo entendido).

Henrique: as atividades escolares você quem vai decidir a melhor hora pra eles fazerem ( a olhei novamente de cima abaixo) você sabe brincar com crianças não sabe? Reformulando a pergunta sabe o básico de ser babá.

Marília: me desculpe senhor mais não pode me subestimar só pôr causa da minha idade.

Henrique: vamos ver ( ela tinha um olhar tão brilhante que me deixava irritado) vou te apresentar às crianças.