pai

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A BABÁ.

POV HENRIQUE.

Marília foi embora com aquele imbecil e o ódio tomou conta de mim. Se fosse antes de Marília talvez eu ficasse com outra mulher mais depois de Marília, a única que me faz enlouquecer é exclusivamente ela não tem como eu ficar com outra mulher que não seja ela. Comecei ligar pras gêmeas e pro meu irmão pra saber se eles sabiam alguma coisa de Marília e ao ouvir todos falarem não a fúria e a tristeza em imaginar ela com o Matheus bateu forte dentro do meu coração.

Respirei fundo sentindo as lágrimas descerem e coloquei as mãos na cabeça. Eu nunca chorei por ninguém, mas a ideia de perder ela pra sempre me deixa desesperado. Entrei pra dentro sentando no sofá da sala e abaixando a cabeça enquanto as lágrimas insistiam em descer sem me dar uma trégua. Senti um abraço e olhei vendo Léo me abraçando e também chorando, abracei ele de volta e lembrei do quanto meus filhos vão sentir falta dela.

Léo: a tia Lila não vai mais voltar?

Henrique: eu não sei meu amor ( Helena e Miguel também vieram pro abraço).

Helena: vai atrás dela papai.

Miguel: não podemos ficar sem a tia Lila.

Já faziam algumas horas que ela tinha saído e as crianças não pararam de chorar desde do momento que ela se foi. Levei eles pro quarto de Miguel e os três dormiram de tanto chorar. Ver meus filhos assim me deixou ainda pior.

Sai de casa desposto a encontrar Marília, não confiáva cem porcento no meu irmão e nas minhas amigas pois sei que eles podiam muito bem tá escondendo Marília e eu não julgaria eles por isso. A primeira casa que fui foi a do meu irmão que só faltou me matar e com muito custo consegui explicar pra ele o que tinha acontecido e não sei pôr que mais ele acreditou em mim e me abraçou pedindo pra eu ir atrás de Marília.

Henrique: Por que acredita em mim?

Juliano: nunca te vi chorar por ninguém ( respirei fundo) cê não chorou nem no enterro da sua falecida esposa nim e te ver chorar por Marília me dá a certeza que cê ama ela de verdade.

Henrique: eu amo ela ( afirmei em voz alta).

Sai de lá e fui na casa das gêmeas e não encontrei ela lá.

Maiara: isso só aconteceu pôr que você é um burro idiota.

Maraísa: não tinha nada que ter deixado aquela mulher na sua casa ( falei irritada com ele) mais não cê tinha que ser burro o suficiente pra dar abrigo aquela cobra.

Maiara: já pensou como vão ficar as crianças se ela não voltar?

Henrique: já entendi eu fui um burro.

Maiara: que bom que sabe.

Maraísa: agora cê vai atrás dela e se não conseguir fazer ela acreditar em você vamos te matar.

Sai de lá depois de levar um bom esporro delas, já era tarde da noite quando eu finalmente lembrei da casa dos pais dela e mesmo que eu ouvisse ofensas precisava saber se ela tava lá. Bati na porta diversas vezes até que dona Ruth abriu a porta e pela sua cara não gostou muito de me ver ali.

Ruth: o que quer?

Henrique: vim procurar Marília.

Ruth: não vou mentir pra você falando que ela não tá aqui pôr que ela tá mais não posso te deixar entrar ( respirei fundo) minha filha dormiu de tanto chorar e tá com o rosto inchado sei que quer se explicar e resolver as coisas com ela mais ela precisa de um tempo.

Henrique: não posso ficar sem ela, sei que não acredita no meu amor por ela e ainda mais agora que deixei ela nesse estado mais eu amo essa mulher.

Ruth: eu sei que ama, mais dê um tempo pra ela vai ser bom prós dois.

Fui pra casa e passei a noite em claro chorando por ter deixado minha menina no estado que deixei. De manhã tomei um banho gelado me troquei e fui até o quarto das crianças onde nenhum deles tinham acordado ainda. Toquei neles os rostinhos inchados de tanto chorar quebrou meu coração e fiquei ainda mais quebrado quando senti que estavam com febre pedi pra Paulinha me ajudar com eles e demos um banho gelado e um remédio e eles voltaram a dormir ainda doentes.

Não sabia o que fazer precisava da Marília em tudo na minha vida. Fui novamente pra porta dos seus pais batendo diversas vezes desesperado e pra minha surpresa quem abriu a porta foi minha flor que tinha os olhos vermelhos e o rosto inchado ela tentou fechar a porta mais não permiti.

Marília: vai embora daqui.

Henrique: vamos conversar com calma eu preciso de você.

Marília: você só precisa de si mesmo e do seu ego.

Henrique: não faz isso com a gente por favor.

Marília: a gente?

Henrique: eu e as crianças precisamos de você nas nossas vidas.

Marília: não ouse falar dos anjinhos.

Henrique: não precisa voltar pra mim ( falei sentindo as lágrimas) juro que não vou encostar em você se não quiser mais meus filhos não estão bem sem você.

Marília: não posso voltar.

Henrique: eles não tem culpa do que a Mayara fez.

Marília: do que você fez.

Henrique: eu não fiz nada, meu único erro foi ter permitido que ela ficasse na nossa casa.

Marília: não consigo acreditar em você.

Henrique: eu te amo.

Marília: você não ama ninguém.

Henrique: por favor Marília mesmo que não acredite em mim pelo menos pense nas crianças, sei que o amor que sente por eles é de mãe. Eu não vou te pedir pra ficar comigo mais não saia tão bruscamente da vida deles.

Marília: como eles estão? ( falei sentindo as lágrimas).

Henrique: eles estão doentes e pra que eles fiquem bem eu posso te deixar em paz se voltar pra vida deles te prometo que mesmo te amando vou fazer o possível pra não ter tanto contato com você.

Marília: não pode cumprir isso sem se afastar deles e eu não quero que eles percam o pai pela segunda vez.

Henrique: não vão me perder, vou continuar sendo o pai que você me transformou não se preocupe.

Henrique: não vão me perder, vou continuar sendo o pai que você me transformou não se preocupe

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