38. Primeiros Movimentos

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Floresta Waas - 3 de julho de X792

Praguejando, Gajeel se levantou, após passar as últimas horas se revezando entre caminhar e abaixar para farejar o chão. 

Ele havia perdido os dias naquela floresta estúpida, que era onde o rastro de Levy terminava, partindo do campo arqueológico que havia sido seu último local de trabalho, antes de desaparecer com seu time. No entanto, embora o dragon slayer do ferro estivesse certo que aquele era o lugar, a trilha acabava sem qualquer explicação. Bem, não exatamente, se ele considerasse que, pelas informações que possuíam, a seita Signum Sectionis contava com uma maga capaz de usar magia de teletransporte.

Entretanto, aquilo não fazia o menor sentido.

Afinal, a maldita seita vinha matando seus alvos, usuários de qualquer magia que envolvesse o elemento fogo, no lugar em que os emboscavam. Se Levy era um possível alvo, por que eles a teletransportariam dali?

Claro, era uma alternativa muito melhor do que encontrar o corpo da pequena maga naquela floresta, e Gajeel vinha tentando, desesperadamente, se apegar a ela.

Tudo o que ele conseguia pensar, é que se não tivesse brigado com a azulada na véspera em que ela viajou, ela não teria pegado o maldito trabalho sem avisá-lo. Assim, ele teria feito a missão com o Shadow Gear e provavelmente todos estariam bem.

Agora, tudo que ele conseguia fazer era se amaldiçoar por ser tão cabeça dura e implorar que qualquer divindade existente mantivesse Levy segura, até que ele pudesse encontrá-la.

O barulho de asas batendo aumentou suas esperanças que, no entanto, foram novamente destroçadas, quando Panther Lily meneou a cabeça em negação, antes de retornar à sua forma menor.

A busca aérea também havia sido um fracasso.

Frustrado, o dragon slayer do ferro permitiu-se gritar a plenos pulmões, sem se importar com a possível proximidade de inimigos que pudessem ter ocultado suas presenças, disfarçando seus cheiros. Afinal, fosse o caso, com sorte, eles viriam atrás dele e deixariam Levy em paz.

...

Magnolia - 4 de julho de X792

— Nada ainda? — O questionamento de Natsu fez com que Lucy desviasse a atenção da lacrima de comunicação que vinha encarando nos últimos minutos. 

Ela sabia que o dragon slayer havia perguntado justamente com esse propósito. Qualquer novidade e ele captaria facilmente com sua audição aprimorada por seus poderes mágicos. Portanto, obviamente, ele havia escutado todas as ligações feitas por cada uma das equipes de busca reunidas, com o único propósito de avisar que nada haviam encontrado.

Levy, Jet e Droy continuavam desaparecidos.

— Nada — respondeu, no entanto, para não ser indelicada, apreciando o esforço do companheiro em distraí-la. — Eu sei que é frustrante não poder participar dos grupos de busca. Sinto muito por isso — desculpou-se.

Natsu estreitou seus olhos escuros.

— Não aja como se fosse culpa sua, Lucy — afirmou, categoricamente. — O ataque a Levy foi um recado. Eles abandonaram a clandestinidade. Não há como eu ficar longe de você quando a Signum Sectionis já deixou claro que a nossa filha é um dos principais alvos, mesmo que me corroa o fato de não poder ajudar com as buscas — expressou. — Além disso, não somos apenas nós os possíveis alvos aqui. Temos que proteger uns aos outros — lembrou, olhando ao redor.

Acompanhando o olhar do mago do fogo, Lucy contemplou cada um dos presentes, que estavam na mesma situação que ela e Natsu: Erza, Cana, Alzack, Bisca, Reedus e Romeo. Todos aborrecidos por não poderem participar das buscas, mas também conscientes que a presença deles era necessária ali, para que pudessem cuidar uns aos outros.

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