39. Erro de Calculo

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Vila do Sol — 6 de julho de X792

Natsu sentiu o queixo cair, espantado, quando parou diante da cidade completamente congelada, percebendo que, definitivamente, aquele era o local da missão para a qual haviam sido designados.

Honestamente, considerando a estranheza de todo aquele dia, ele não deveria estar surpreso.

Naquela mesma manhã, eles haviam chegado na casa do empregador, e dado quão longe era, podia-se considerar quase um milagre terem alcançado o local com apenas um dia de percurso.

Ao adentrarem a casinha pitoresca, Natsu e Mirajane descobriram que Gray e Juvia já se encontravam lá e não tinham recebido qualquer informação quanto à missão, mas aguardavam a chegada deles. O mago do gelo e a maga da chuva, de alguma maneira, pareciam no limite da paciência, e o dragon slayer entendeu o motivo tão logo conheceram o anfitrião.

O homem-árvore (árvore-homem, o que quer que fosse aquilo), era desagradavelmente inclinado a pregar pegadinhas sem graça, fazendo com que eles consumissem um tempo que julgavam não ter.

Para ser justo, Warrod (em algum momento entre as anedotas, ele se apresentou) não perdeu realmente muito tempo com isso. O problema é que eles tinham muito o que fazer e também muito o que perder, razão pela qual, julgavam cada minuto precioso.

Claro, isso fez com que eles entrassem em desespero, ao descobrirem que o local da missão não era ali, mas a dois mil quilômetros ao sul.

Natsu teve que resistir bravamente à vontade de socar o homem. Ele havia prometido para Lucy que voltaria em breve, mas se seguisse com a missão, perderiam semanas de viagem.

— Uma vez que a situação com a Signum Sectionis se tornou pública, eu imaginei que Makarov pudesse vir até mim para perguntar sobre E.N.D. — contou o anfitrião. — Eu ouvi esse nome há muito tempo, em uma certa vila, mas quando voltei lá para investigar... — interrompeu-se. — Bem, vocês verão quando chegarem lá. Foi para isso que os chamei — concluiu.

— Como sabia que o mestre procuraria o senhor em busca dessas informações? — Mirajane questionou, curiosa.

— Bem, eu sou um homem muito velho — respondeu, com simplicidade. — Pessoas velhas reúnem informações com a experiência.

— Então, isso é só sobre o E.N.D.? — Gray indagou, levemente decepcionado. — Pelo que o mestre falou, poderíamos obter informações sobre a magia Devil Slayer — comentou.

— Uma magia de gelo, pelo que Makarov me disse, certo? — indagou o velho, recebendo um aceno positivo de Gray. — De fato, eu visitei a vila apenas em busca de informações quanto ao E.N.D. — admitiu. — Só depois que Makarov me contou também sobre a magia Devil Slayer e me explicou por alto as informações que tinham sobre ela, eu pensei que o que aconteceu lá, pode estar relacionado a essa arte perdida.

— E o que aconteceu? — Natsu estava impaciente.

— Como eu disse, descobrirão quando chegarem lá. Honestamente, vai ser cansativo explicar — o velho alegou, sem constrangimento, mal reparando que Natsu estava prestes a perder a paciência e queimar tudo a sua frente.

Se não fosse pelas patinhas de Happy agarrando as costas de seu casaco e a mão apaziguadora de Mirajane em seu ombro, talvez não tivesse conseguido manter o controle.

— Olha, eu realmente preciso de mais informações sobre E.N.D., para ajudar a tirar a Lucy dessa confusão — afirmou o mago do fogo. — Mas se essa vila é tão longe assim, isso significa que vamos levar semanas apenas para chegar lá. Não posso ficar tanto tempo longe de Lucy, quando há uma seita inteira querendo a morte do bebê que estamos esperando — justificou, pronto para recusar à missão.

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