Conclusão.

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Boa leitura!

Leiam as notas finais <3


Meu coração estava bombeando meu sangue com velocidade, e embora estivesse cheia de adrenalina, pensei que meu coração iria parar com a surpresa. Era o rapaz de hoje mais cedo, entretanto não parecia ele. As roupas sociais, os óculos, o semblante frio e irritado remetiam a qualquer outra pessoa, menos ao rapaz gentil que conheci, os olhos dele sobre mim eram incrédulos e emanavam raiva. Notei que o tempo que atribui dando atenção a ele, me custou caro. A garota se soltou com mais facilidade e rapidez do que eu poderia ter previsto, antes que eu pudesse reagir o pé dela já estava na trajetória em direção a minha barriga. O impacto contra o meu estômago foi tão forte que senti o salto fino empurrando minha carne, o ar que tinha nos pulmões saíram no mesmo instante que ela recuou. Cambaleei para trás perdendo o equilíbrio, mas alguém me segurou antes que pudesse, de fato, cair.
O olhar de desprezo dela me atingiu, mas em seus lábios o sorriso era de satisfação por ver derrotada daquela forma, meu orgulho revirou o meu estômago com força, eu precisava dar o troco!

— Deformada! — Debochou com escárnio, acompanhada de vários risos cruéis.

Em contraste daqueles que estavam se divertindo com a situação, pude ver os outros que estavam tão espantados com a cena que estavam boquiabertos, sabia que aquela reação deveria ser por causada por meus olhos. Minhas pernas ficaram bambas, senti os dedos me apertarem com vigor me segurando firme, eu já teria caído se não fosse a força da pessoa as minhas costas me mantendo em pé. Resolvi olhar para trás antes de tomar qualquer atitude, e era ele. Tentei me colocar em pé, dispensando a ajuda dele, mas ele não permitiu, apoiou meu braço direito em seus ombros. Ouvi o riso debochado e voltei minha raiva para a dona do som, nesse momento senti a dor que o chute dela havia me proporcionado, parecia que o salto fino dela tinha me ferido, a dor era intensa.

— Sua... — Comecei a dizer, trazendo a memória todos os xingamentos que conseguia me lembrar.

— Como ousa? Como ousa ferir uma colega dessa maneira? — O rapaz questionou irritado. A agressora ficou em silêncio, como os demais. — Nada justifica uma atitude dessa, essa instituição não tolera esse tipo de agressão e esse comportável é passível de punição.

— Professor, mas você não ideia do que ela me fez!

— Irei averiguar toda a situação, mas não há formas de você sair impune por essa atitude!
Observei a forma como todos olhavam para ele em uma mistura de medo e respeito, comprimi meus lábios. Ele era mesmo um professor?! Me voltei para ele, o rapaz deveria ter no máximo vinte e quatro anos. Se ele realmente era um professor, isso explicava como sabia o meu nome, se ele era meu educador deveria ter associado uma menina perdida no caminho da escola como sendo sua nova aluna, mas o fato de saber o meu apelido ainda era estranho, a forma íntima com que ele me tratou também deveria ser observada. Tentei me recompor mas a dor era lancinante, ainda sim me coloquei em pé me forçando a ficar sem seu apoio, mas ele não me soltou.

— As duas agiram de maneira equivocada! — Repreendeu assumindo um tom autoritário na voz — Gylla, vá para a sala da diretora e me espere lá! Vou levá-la até a enfermaria. Os demais sigam para a sala, o intervalo já está quase no fim.

Quando ela deu as costas para nós, fechei meus olhos respirando aliviada. Levei a mão sobre a barriga, ela certamente sabia como chutar alguém. Como não havia caído usando um salto daquele tamanho? Aliás, quem usa um salto daqueles para ir para escola?
O professor se voltou para mim depois aglomeração foi sanada, durante os poucos segundos que seus olhos prenderam os meus, tive a certeza que era o mesmo rapaz de antes. Ele se abaixou passando uma mão pela minhas costas e outras pelo dorso dos meus joelhos, ele queria me pegar no colo. Senti meu rosto queimar.

— Não precisa, eu posso ir andando... — Dei um passo para longe dele, mas acabei cambaleando.

— Não discuta. — Ordenou ele, apoiando minhas costas para que eu recuperasse o equilíbrio.

Ele me pegou no colo, embora seu toque fosse cuidadoso seu semblante voltou a ser frio. Fechei os olhos, a dor não estava me deixando pensar em mais nada, mas tarde eu iria tirar minhas conclusões sobre ele. De certa forma era reconfortante estar sobre os braços do suposto professor, ele era quente em contraste ao que eu sentindo desde o momento que saí de casa. Senti ele descer as escadas devagar, se desviando ocasionalmente em vários momentos, quando ele finalmente parou abri os olhos, estávamos dentro de uma sala extensa com algumas camas dispostas ao longo das paredes.

— Andy, está aí? — Chamou ele.

— Ah, Oi! — Disse uma figura saindo de trás de uma das cortina do dossel que estava fechado.— Ah, professor Meeth, o que tem para mim hoje?

A enfermeira era linda, seus cabelos lisos eram curtos e tão escuros quanto seus olhos, fazendo contraste a todo seu conjunto de roupas brancas. Assim que seus olhos vieram sobre mim, ela se apressou em tirar a manta da cama mais próxima e o professor me deitou.

— O nome dela é Lilian. — Ele olhou para ela quando pronunciou meu nome. — Aluna nova.

— Lilian?

Ele assentiu com a cabeça.

—Estava brigando. — Ele meneou a cabeça em desaprovação. — Logo no primeiro dia.

— Não foi bem assim... — Me defendi.

— Espero que não tenha sido mesmo... — Replicou ele. — A Gylla, chutou a barriga dela.

Ela se aproximou com um sorriso no rosto e pousou a mão no meu ombro.

— Pode me mostrar ?

Hesitei pois pensei que ele iria embora mas isso não aconteceu, ergui minha camisa e mostrei onde estavam os hematomas. Vi a expressão de pena dos dois antes de finalmente olhar para a minha própria pele. Havia duas manchas avermelhadas com alguns pontos roxos e verdes, a marca menor era a mais escura, foi essa que o salto fino deixou.

— Pior do que eu pensei que seria. — Comentou o professor.

— Digo o mesmo. — A enfermeira avaliou pousando a mão no meu abdomem.

— Tenho que ir, até mais tarde! — Despediu-se.

Quando ele saiu, ela passou pomada sobre a região afetada me deu um comprido e me disse como deveria cuidar do machucado.

— Lili. — Chamou assim que terminou. — Posso te chamar assim? Meu nome é Andy.

— Pode sim. Obrigada por tudo Andy.

Ela havia sido incrivelmente gentil comigo, parece que o meu primeiro dia de aula não estava apenas fadado ao extremo desespero.

—Então, Lili pode deitar e descansar o quanto quiser. Quando der a hora lhe acordo para que possa ir para casa. — Assegurou. — Vou escrever uma carta e entregar a diretora; lhe dispensando das suas atividades de hoje.

—Obrigada, por isso. — Agradeci.

Notas Finais:

Existem muitas coisas que gostaria de postar sobre a história, como dream cast, desenhos dos personagens e curiosidades, até cenas que eu acabo não colocando em nenhum cap. Então, decidi criar um grupo para interagir com todas vocês, inclusive vocês podem postar lá também, o que seria incrível. O link do grupo do facebook está no meu perfil, pois não há como postar aqui, adoraria que todas entrassem lá, nem que seja apenas para ver qual é a do grupo.

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora