Dai-me.

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BOA NOITE <3 OLHA QUEM APARECEU? Ainda conta como quarta? Pessoal, tive um problema bem louco no HD do meu pc, acabei ficando sem computador durante um tempo, foi triste mas aqui está o cap. Então, quem ainda não está lá no grupo do Whats, cola lá que eu aviso o que vai acontecendo, exemplo do porque não consegui postar dessa vez. Outra coisinha, não consegui revisar esse cap direito, me desculpem se tiver erros ortográfico SE VIREM ALGUM, me corrija. Thanks <3




Ele estava sentando no sofá, com um dos braços apoiado no encosto e o outro segurando o controle da tv, o olhar parecia dedicado em procurar algum filme interessante no streaming de vídeo. Os óculos ainda estavam no lugar, conferindo a ele uma seriedade que não tinha. Os cabelos alaranjados estavam penteados como de costume quando ele estava na escola, para cima em um topete, gostava dessa versão dele.


— Então, quer dizer que o meu namorado. — Enfatizei o título dele. — Vai passar a tarde toda comigo e também o fim de semana?


— Porque está tão preocupada? — Indagou sem tirar os olhos da tv. — Está esperando alguém? Planejava me trair?

— Te trair? — Repeti forçando um tom indignado. — Mas se tivesse combinado algo anteriormente não seria traição.

Ele olhou para mim e arqueou uma das sobrancelhas, como se me desafiasse a continuar. Talvez eu devesse parar, mas a atmosfera calma dele era só mais uma tentação que me instigava a provocá-lo.

— Acha que estou errada? — Disse num tom de graça, queria que ele tivesse a certeza que era apenas uma brincadeira. — Não estávamos juntos até essa manhã.

— Não, não estávamos. — Concordou paciente. — Mas achei que só queria a mim.

— E eu só quero você. — Admiti sorrindo.

Os lábios dele se curvaram involuntariamente, ele desviou o olhar para a tela da tv. Parecia querer resistir ao sorriso que o obrigava a exibir os dentes, mas não conseguiu. Ele se voltou para mim novamente e dessa vez se inclinou para alcançar meus lábios, ele me deu um rápido selo, quando se afastou reprimiu uma curta gargalhada.

— O que foi que já está rindo? — Questionei rindo também.

— É que mesmo que quisesse ficar com alguém, assim que saísse de casa desmaiaria na calçada. — Ele deu mais uma gargalhada. — Princesa do desmaio, ou rainha desnutrida?

— Amor?! — Bati no ombro dele com uma força moderada. — Vai mesmo mesmo brincar comigo?

— Desculpa, amor. — Ele prosseguiu rindo. — Imagina você se arrumando para encontrar alguém, e desmaiando no meio da maquiagem?!

— É poderia acontecer, mas eu ainda sim teria alguém para me encontrar. — Dei de ombros. — Deve ser triste ser velho, imagino que na sua idade já tão avançada só eu te queria.

— Idade avançada? — Indagou rindo.

— Eu tenho só vinte e cinco.

— Sim, amor. Mas não estou falando do físico. — Falei com calma. — Você tem o espírito de um velho de 70 anos, é tão ranzinza quanto. Só com muito amor para conseguir aturar.

Ele riu e meneou a cabeça em negação as minhas palavras.

— Quando que eu sou ranzinza? — Questionou se voltando para mim. — Dai-me um exemplo.


— Primeiro, quem fala "Dai-me?" — Indaguei gesticulando assumindo um timbre debochado. — Hoje quando chegou, já veio pedindo para que eu apagasse as luzes para não gastar energia.

— Não, não e não. — Ele balançou o indicador para ambos lados enfatizando sua negação. — Dai-me, o "me" é uma colocação pronominal casual, todo mundo usa. E outra, deixar as luzes apagadas quando não há necessidade, é algo normal.

— Pode até ser, mas eu duvido que isso não vai te incomodar.

Ele riu, seus olhos e sua expressão deixava claro que estava desacreditando das minhas ações. Arqueei as sobrancelhas como se estivesse aceitando um desafio silencioso.
Me coloquei em pé, e comecei a me afastar em passos cautelosos para trás mantendo os olhos nos dele.

— Isso não vai me incomodar. — Ele disse sério, dando credibilidade as sua palavras no timbre.

— Certeza? — Parei quando cheguei ao lado da janela, o interruptor estava ao lado.

— Já que está aí, porque simplesmente não abre a janela? — Apontou para a janela. — A iluminação natural faz muito bem o seu trabalho.

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora