Adeus.

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Notas iniciais:

Capa do cap nos comentários, wttd não quis publicá-la.

Primeiramente, boa tarde (noite, dia... madrugada?) Mais uma vez fiquei muito sem aparecer aqui, e agradeço a todas que voltaram para ler esse cap depois de tanto tempo, uns 6 meses talvez? 


Setembro do ano passado, talvez tenha sido o pior momento da minha vida, antes disso já estava bem complicado na verdade, mas Setembro se superou. Eu perdi meu melhor amigo no começo do mês, e no final perdi a minha avó, ótimo presente de aniversário, não?! kkjota

Depois desse mês, eu chorava todos os dias quase toda hora indo para a faculdade ou voltando dela, nem ligava mais se tinha alguém vendo, eu só não conseguia parar de chorar. O período que eu estava cursando foi de longe o que mais exigiu de mim. Fiquei muito depressiva, pois não podia falar com a minha família a respeito do ocorrido e mal tinha tempo para fazer outra coisa se não estudar, embora eu não conseguisse ver motivo para isso. Quando chegou o final do ano, época das festas, dia 26 queimei minhas pernas e fiquei sem conseguir andar por um tempo, e no dia primeiro de Janeiro minha tia e dois primos sofreram um acidente fazendo sabão, queimaduras de 3, mais do que nunca eu entendia o que eles estavam sentido, não demorou um mês e a minha tia faleceu. Embora ela não estivesse sempre presente na minha vida, me abalou bastante pois trouxe muitas coisas a tona do mês de Setembro. Agora no entanto, acho que já estou conseguindo me recuperar psicologicamente de muita coisa. O que eu aprendi com tudo isso? O maior cliché de todas as histórias moralistas, dedique o seu tempo para as pessoas, porque quando elas se forem, você vai lembrar de todas as vezes que as trocou por motivos banais. 


Meu corpo se contraiu quando senti as gotas caírem em meu ombro, eram tão quentes quanto o dia lá fora. O envolvi nos meus braços como muitas vezes antes já havia feito, mas dessa vez foi diferente. Não era apenas um abraço casual, essa ação representava muito, e dizia mais do que as palavras que ainda não havíamos conseguido pronunciar. Fechei o olhos e apenas senti esse gesto de carinho. Esse contato, esse abraço era sobre saudade, perdão, preocupações e muitos outros sentimentos reprimidos, mas acima de tudo era sobre amizade.

Como eu havia sido idiota por tentar esconder as minhas lágrimas dele, quando ele me faria chorar novamente. Respirei novamente mas dessa vez foi com alívio, não estava prendendo o ar, não precisava ficar ansiosa. Mesmo que ele ainda não tivesse dito nada, aquele abraço caloroso era o suficiente para me acalmar. Esse era o Moon, meu melhor amigo, uma pessoa que eu amava incondicionalmente e alguém por quem eu poderia facilmente me apaixonar.

– Desculpa. - Ele me apertou mais forte em seus braços. - Eu não percebi, eu deveria...

Quem apertou mais dessa vez, foi eu.

– Está tudo bem. - Disse tanto para ele, quanto para mim entre um soluço. - Não teria como você saber.

Ele não tinha culpa, como ele deveria agir mediante a situação que eu o havia colocado?

O cheiro dele era reconfortante, estar nos braços dele e ter ele nos meus braços era reconfortante, afundei meu rosto no ombro dele. Pensei que não sentiria isso tão cedo, na verdade pensei que nunca mais poderia ter essa sensação.

– Fiquei com tanto medo de você jamais querer me ver. - Falei chorando. - Pensei que nunca iria voltar a falar comigo, quando me mandou aquela mensagem fiquei tão aliviada.

– Eu, eu... - Ele ficou em silêncio. - Eu estive...

– Não precisa se forçar a nada. Me desculpe por me precipitar. - Falei tentando desfazer o abraço, ele não permitiu. - Eu fui covarde com você, vou entender se... se não quiser mais ser meu amigo ou se quiser manter distância.

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora