Enfim Lili diz oque quer em troca de seu silêncio. Oque ela pode desejar de Gylla para se manter calada ?
- Troca ? Peguntou Gylla como se isso fosse um absurdo.
- Sim, uma troca. - Afirmei.
Ela levou a mão aos cabelos lisos e os jogou para trás.
-Pode dizer.
- Quero que pare de fazer bullying, e obrigar os outros alunos a fazerem oque você bem entende! - Afirmei com confiança.
Se a minha personalidade não fosse tão forte talvez eu estaria sendo "escravinha" da Gylla hoje, quando penso sobre isso não posso deixar de imaginar vários garotos e garotas do mesmo modo. Não iria de modo algum dar o braço a torcer.
Ela me olhou e soltou uma gargalhada e após levou a mão a boca, logo ela se acalmou e conteve o riso, que obviamente era falso.
- Você bateu com a cabeça ? - Perguntou ela.
- Não, mas com certeza você vai bater a sua quando eu contar para todos de quem gosta. - Afirmei.
- Ninguém acreditaria em você! - Gritou ela, se exaltando.
Olhei para o lado e soltei um suspiro, e após sorri.
- Ninguém ? - Tem certeza ? - Disse. - O Moon acreditaria, já que somos amigos como você já percebeu.
Ela trincou os dentes, e se manteve em silêncio, e após respirou fundo.
- Você não ousaria... - Ela foi interrompida por mim.
- Ohh eu não teria tanta certeza se fosse você - Levei a mão na barriga. - Eu só estaria devolvendo o favor não é.
Ela cerrou os punhos e me encarou aparentemente com raiva. - Que seja, farei isso.
Ela passou por mim, fazendo soar o barulho do salto no chão. Me senti incrivelmente vitoriosa.
- Puts... - Disse, e dei um tapa na minha própria testa.
Havia me esquecido que hoje eu tinha que ir para casa mais cedo, Meeth iria me ensinar a matéria por algum motivo meu coração se acelerou, balancei minha cabeça para ambos lados e corri.
Logo que cheguei em casa, eu estava torcendo para não ter ninguém, a porta estava trancada abri a porta com cuidado para não fazer barulho, olhei para os lados observando se havia algum indicio de ter alguém ali mas estava tudo normal, comecei a passar pela sala e ir em direção ao meu quarto quando o telefone tocou, levei um susto e gritei, respirei fundo e soltei o ar pela boca, peguei o telefone.
- Alô... - Disse.
- Lili ? - Era a voz de Meeth.
- Sim, Meeth. - Respondi.
- Eu vou chegar ai da qui há duas horas. - Disse ele.
- Hmm... entendi.-Disse.
- Eu liguei para o seu tio, Jhony disse que logo vai chegar.
- Ah sim. - Eu disse.
- Meeth eu estarei te esperando! - Na última frase minha voz saiu meio afobada, como se estivesse ansiando por ele, minhas bochechas queimaram.
Ele demorou um pouco para responder. Me pergunto se ele percebeu algo diferente.
- Ok, Lilian Tchau. - Disse ele por fim e desligou.
- Ele disse meu nome inteiro... - Murmurei.
Subi as escadas e fui para o meu quarto, tirei a roupa e fui para banho. Em meio ao banho deixei que a água caísse sobre minha cabeça enquanto me perdia em meus pensamentos. Meeth devia ter percebido que quando disse que o estava esperando, eu disse com uma voz estranha por isso ele foi frio e nem ao menos usou meu apelido como de costume, soltei um suspiro. Saí do banho, vesti uma legue preta e um moletom de mesma cor e minhas pantufas verdes. Me arrumei de modo habitual penteei meus cabelos lisos, passei delineador e desci. Fiz café para quando meu tio chegasse, e fiquei jogando tetris a espera de alguém.
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Dyed Storm - Dois amores impossíveis
Teen FictionUm professor fascinante aos olhos de uma aluna, e uma aluna que mais que isso é uma amiga. Um romance deve ser vivido e sentido para que não venhamos nos arrepender. Aproveitar o tempo ao lado de quem mais desejamos significa realmente tudo...