Elo.

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Andei sem rumo até chegar em um parque, eu nunca tinha andado muito nos arredores da minha casa desde que me mudei para cá. O parque tinha um rio,  que estava com uma camada de gelo por cima, parecia totalmente congelado mas eu tinha certeza que se alguém pisasse ali afundaria rio a dentro.

- Então você realmente não quer sair comigo só disse aquilo por que Meeth estava ouvindo. - Indagou Lucca do outro lado da linha. - Eu imaginei que poderia ser isso.

Ele riu. Do outro lado da linha, escutei um grito e Lucca murmurando.

- E então oque aconteceu ? -  Indagou Gylla.

Eu deveria ter imaginado que ela ainda estaria com ele.

- Nada de mais, ele descobriu por que eu estava brava que era por que gostava dele. Mas eu neguei tudo. -  Contei. -  Sinto que estou patética.

- É você está. - Concordou Lucca. -Mas e onde você está agora ?

- Obrigada. - Disse ironicamente. - Estou em um parque perto de casa agora.

Eu já estava de saco cheio de conversar com  Gylla e Lucca, havia sido eu quem tinha ligado e também eu sabia que os dois só queria me ajudar, mas eu queria esquecer aquilo. Pensar em outras coisas, queria ocupar minha mente com coisas que me fizessem se sentir bem ou até mesmo distraída, então eu desliguei a ligação e coloquei no modo avião o celular.

Me aproximei de um dos bancos que havia no parque tirei a neve dele e me sentei, coloquei em um jogo qualquer. Mas acredito que até mesmo o jogo mais legal depois de duas horas se torna o jogo mais entediante do mundo. Bloqueie meu celular coloquei as mãos no bolso e decidi olhar o movimento, soltei um suspiro estava frio e já estava ficando tarde. Alguém se sentou do meu lado a luz fraca bateu no cabelo castanho acobreado deixando os cabelos de Meeth vermelhos e nos óculos que o mesmo ainda não tinha tirado, deixando as lentes brancas. Ele soltou um suspiro e me olhou deixando a luz fraca do sol em suas costas.

- Não acha que está na hora de ir para casa ? - Indagou ele. - Já está tarde e frio.

Permaneci em silêncio e olhei para frente. Então depois de tudo oque eu disse e de tudo que ele me disse, ele queria agir como se não tivesse acontecido nada ? Queria agir como se aquilo não tivesse importância ?  Tive uma cede; um desejo enorme que estava me consumindo por dentro de falar tudo oque eu tinha dito novamente, ou dizer pior. Mas eu estava me segurando não queria fazer nada que me viesse sentir aquela sensação horrorosa de arrependimento. 

- Lili vamos parar com isso. - Disse Meeth em seu tom autoritário de professor.

Quem diria que ele tomaria o primeiro passo para a nossa reconciliação ?

Eu já estava cansada de brigar mas ainda estava irritada e triste mas era melhor fazer as pazes logo. Eu não conseguiria ser mais que amiga dele, e no fundo eu sempre soube que era irracional o desejo de ansiar por mais, para mim e para ele não existia a frase ''mais que amigos'' então era melhor ser amiga dele do que nada, mesmo que isso me fizesse sofrer, pelo menos ele estaria perto e mesmo que isso não vá ser o suficiente tenho que fazer com que seja. Eu não tinha nada a perder em fazer as pazes com ele, mas com certeza tinha a ganhar algum tempo perto dele, e o prazer de poder vê-lo sorrir e escutar o som da risada dele.

- Okay, vamos parar. - Sorri.

Foi um sorriso forçado admito, mas eu não tinha culpa não estava com a minima vontade de sorri. Olhe para ele, ele parecia aliviado.

- Você não pode apenas aceitar isso numa boa! - Ele disse.

Como assim ? Eu não havia entendido, ele queria as pazes ou não ?

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora