Christy Ato l.

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Assim que o sinal bateu, segui com Moon para a saída. Dominik ainda não estava lá, Moon fez meus ombros de apoio e fez peso.

- Estou cansado... - Reclamou ele. - Mas vou ficar aqui com você, pois é educado fazer isso pelos idosos.

- E educado se apoiar neles? - Falei. - Pirralho pesado.

Ele abriu um sorriso para mim.

- O que foi? - Falei.

Ele me abraçou, colocando meu rosto contra o peito dele.

- Quer me sufocar? - Indaguei.

- Quero. - Respondeu ele manhoso. - Quero te matar desse jeito, com carinho.

- O que foi? - Indaguei o abraçando.

- É que eu lembrei como estava com saudades de implicar com você.

- Não está só me abraçando para o Dominik ver? - Questionei.

- Isso também. - Falou ele rindo. - Você mudou seu perfume? Gostava do antigo, nostálgico.

- Não uso perfume. - Disse.

- Shampoo, então?

- Pode ser que sim. - Disse o cheirando. - Você continua com o mesmo cheiro bo... mesmo cheiro de pirralho.

- Você iria dizer cheiro bom... - Ele riu, senti ele soltar um dos braços. - Meeth está acenando para nós da sala.

Senti meu coração bater mais forte, me lembrei dele conversando com aquela garota. Sabia que era infantilidade da minha parte, mas abracei mais forte Moon e não me virei.

- Não vai acenar? - Questionou ele.

- Não, te abraçar assim...- Disse. - Está tão bom.

Pressionei meus olhos com força, não deveria ter dito isso, não queria dar esperanças a ele.

- Lilian? - Ouvi a voz de Dominik.

Soltei Moon.

- Oi. - Saudei.

- São namorados? - Perguntou ele.

- Ainda não. - Respondeu Moon.

- Entendi. - Respondeu ele. - Vamos.

- Claro. - Acenei para Moon. - Até amanhã pirralho,

- Até idosa.

Eu e Dominik, seguimos para um dos cafés ali próximos da escola.
Dominik pediu sorvete, mesmo que hoje estivesse tão frio. Eu pedi bolo de chocolate e café.

- Você toma café? - Perguntou ele.

- Claro. - Disse. - Prefiro achocolatado, mas um café quente parece ser a melhor opção agora. Não gosta?

- É amargo. - Respondeu ele.

- Basta colocar açúcar. - Disse.

- Não fica doce o suficiente.

Assim que o pedidos chegaram, só conseguia observar o pedido dele e imaginar o quão doce deveria ser. Sorvete, com jujuba, chocolates, dentre outra balas e coisas doces.

- Uau. - Falei.

Ele me estendeu um colher, e deixou o sorvete no meio.

- Pedi, para nós dois. - Falou ele. - Açúcar é melhor coisa, para ouvir e contar coisas histórias.

Acabei rindo, ao ouvi-lo.

- Talvez depois do meu café, e do bolo. - Disse. - Obrigada.

- Posso começar a contar então? - Ele disse com a colher encostada nos lábios.

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora