Recordações 3.

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É capítulo grande que vocês querem? É CAP GRANDE QUE VOCÊS TERÃO 

Já prepara o lencinho que hoje o negócio tá choroso.
Só mais um adendo, se tiver coisas escritas erradas me corrijam, revisei o cap mas não tive o tempo que queria para fazer isso com calma.




Meeth.

O dia cansativo foi sem sombras de dúvidas estranho. Depois de tantos anos de convivência eu podia facilmente notar quando ela não estava bem, quando os seus sorrisos eram forçados e quando sua voz simpática era tão falsa quanto seu bom humor. Só não conseguia entender o porque disso aquele dia.

— Porque quis visitar todo mundo? — Questionei assim que entramos no quarto.

— Porque não iria querer? — Falou enquanto tirava os brincos. — Sempre nos domingos vamos para a casa de alguém, domingo é dia nos reunirmos. Sempre foi assim.

Me sentei na cama, a observando. O cuidado que ele sempre tinha com eles era admirável deixava claro como amava aqueles brincos, dei eles a ela antes de saber exatamente sobre seu gosto, ela gostava de coisas que chamavam a atenção, mas desde que dei aqueles brincos pequenos e pouco chamativos para ela no inicio do nosso namoro, ela os usa todos os dias. Sempre os guarda na caixa de jóias ao qual eles vieram. Franzi as sobrancelhas quando vi que dessa vez ela colocou eles junto de todos os outros, na bolsa de bijuterias. Hoje ela estava mesmo estranha, decidi não comentar nada a respeito.

— Isso é verdade, mas dessa vez isso foi uma sugestão sua. Pediu para que todos fossem a casa do Jhon. — Me lembrei dela ligando para ele quando já estávamos na casa do Jhon, ele insistiu até ele ceder. — Até mesmo Drake sendo que hoje é dia mais movimentado para ele.

— Drake tem funcionários que trabalham para ele. Além disso porque está fazendo tantas perguntas? — Explicou gesticulando. — Só queria ver meus amigos.

— Desculpa, mas é que já faz dois meses que eles nos chamam para os encontros de Domingos e você insiste para que fiquemos em casa.

Ela soltou uma risada irônica se voltando para mim com ambas mãos na cintura.

— Sempre fico porque você não quer ir. — Rebateu.

— Eu sempre digo para você ir. — Refutei. — Não precisamos fazer tudo juntos.

— É não precisamos. Mas eu acho que é no mínimo normal eu não querer ir sem você. — Irritou-se. — Honestamente? Sabe o quanto é chato todas as vezes que eu decido sair sozinha e eles me bombardeiam de perguntas sobre você? Como se tivéssemos nascidos grudados ou coisa do tipo?1 Perguntam sempre como você está e porque decidiu ficar em casa. E todas as vezes eu tenho que dizer o quê? Que você não quis ir, que estava depressivo em casa e que não tinha ânimo nem para sair dessa cama.

Respirei fundo, as palavras dela eram reais, sinceras. Talvez sejam por isso que tenham machucado tanto. Ela estava certa, mas algo em mim só achava que não havia climas para festas ou conversas animada, eu estou vivendo meu luto e não acho correto vivê-lo ignorando o fato que ele não ocorreu. Guardei meus argumentos para mim, por mais que eu tivesse machucado, era ela quem estava sofrendo mais, eu não podia me dar o luxo de me irritar com ela. Baixei a cabeça por um tempo, de qualquer forma aquele não era o ponto.

— É exatamente por isso que é estranho, se odeia tanto isso porque decidiu ir? — Decidi dizer. — Sem mais nem menos contrariou seus próprios princípios e sentimentos e decidiu ir?

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora