Ataque.

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Olá, minhas queridas, olha só quem resolveu aparecer depois de tanto tempo? AYSGASAHUHS' Esse periodo foi bem complexo na faculdade, sugou muito de mim e não tive tempo para escrever sobre esse universo da Lili, o qual eu gosto tanto. Então, me perdoem por isso.



Assim que Gylla e Lucca saíram pela porta, soltei um suspiro deixando que a tensão saísse de meus ombros, odiava mentir para os dois e mentir sobre o meu relacionamento (ou não relacionamento), com o Meeth era mais do que desgastante, tendo em mente tudo que eu já havia passado antes, só lembrar do assunto intensificava minha dor de cabeça.

Fechei os olhos e permaneci da mesma maneira por vários minutos, ouvindo os programas que estavam sendo exibidos e ocasionalmente dando atenção de forma silenciosa ao que os demais comentavam a respeito. O sono não vinha e o mal estar não parecia querer ir embora tão cedo.

Senti meu celular vibrar ao meu lado, o peguei e chequei as mensagens. A mensagem que acabara de chegar, era de Moon:

"Gylla me avisou por mensagem que não estava bem. Se quiser, podemos adiar nossa conversa para quando estiver recuperada. Ou se preferir, podemos falar por ligação."

É verdade, nós havíamos marcado de conversar hoje.

"Foi apenas uma indisposição, normal para pessoas desnutridas, imagino. Se quiser vir falar comigo, pode vir amanhã. Após a aula."

"Estarei aí."

***

A noite meu tio chegou em casa. Meeth havia trazido ele, já que ela havia deixado seu carro em casa, mas meu ex se recusou a passar pela porta da entrada, mesmo sabendo que sua atitude seria mal vista aos olhos de todos e principalmente do meu tio, visto que ele havia informado ao mesmo sobre minha condição, mas ninguém me questionou a respeito.

A manhã seguinte passou rápido, meu corpo continuava com aquela mesma indisposição do dia anterior. Disse para os meus primos e Archie saírem durante a tarde, queria ficar a sós com Moon, sabia que a nossa conversa seria intensa e eu não queria intromissões, além de quê nunca estiveram em Tomsk, seria interessante eles conhecessem a cidade, mas todos se recusaram a ir, -com exceção de Annie que queria ir fazer compras,- Disseram que precisavam cuidar de mim.

Estive com uma sensação incômoda e constante durante a manhã inteira no meu estômago. Estava ansiosa, sempre que eu pensava que estava se aproximando do horário que Moon iria chegar, meu coração palpitava mais rápido devido a ansiedade, aquela sensação não era boa, era como o medo acompanhado de um pressentimento ruim. Talvez eu devesse mandar uma mensagem pedindo que ele não viesse, acho que não estava pronta para encará-lo. Desbloqueei meu celular e abri o aplicativo de mensagens na guia no Moon.

O cheiro de achocolatado e biscoitos que a cozinha estava emanando, era aquele mesmo cheiro que sempre me lembrava a mesma coisa, que era todas as vezes acompanhado mesma da sensação. Naquela manhã fria, era isso que estávamos tomando e comendo quando nos beijamos pela primeira vez. Olhei para a porta da cozinha.

- Foi lá que aconteceu... - Sussurrei para mim mesma.

A sensação fria e impactante sobre meu ombro eriçou os pelos da minha nuca, e acelerou meu ritmo cardiorrespiratório. Me virei abruptamente deixando que meu celular deslizasse da minha mão de forma involuntária. Vi a silhueta alta e os olhos profundos, o semblante despreocupado.

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora