Chegada.

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A viagem havia sido calma, o voo não teve muitas turbulências além dos meus pensamentos que me levavam para longe, para onde eu queria estar com meus amigos e Meeth. Assim que saímos do aeroporto pegamos um táxi rumo a casa da minha vó. Peguei minhas bagagens meu tio pegou as dele e após pagar o táxi se permitiu bater palmas a espera de alguém.

- Será que não tem ninguém em casa ? - Indaguei.

- Sua avó sabia que viríamos, então eu duvido que ela sairia.

Olhei para o lado e por uma coincidência avistei uma senhora loira ao longe carregando algumas sacolas, minha avó.

- Tem certeza ? - Indaguei.

Meu tio acompanhou o meu olhar e após soltou um suspiros.

- Bem, pelo menos não vamos ter que esperar muito até ela chegar. - Falou ele.

Assim que minha avó nos avistou ela abriu um sorriso, devia fazer cerca de um ano que eu não há via e provavelmente meu tio também.

- Vocês estavam demorando muito para chegar. - Contou ela. - Então fui comprar o almoço.

- Deixa isso para depois mãe. - Falou meu tio.

Meu tio a abraçou e minha avó fez o mesmo, assim que eles cessaram o abraço minha avó veio em minha direção e eu a abracei, o abraço dela sempre era caloroso, apertado e também tinha uma fragrância de talco. Minha avó cessou o abraço me afastando um pouco e me olhou de cima à baixo.

- Cada vez que eu a vejo, você está mais parecida com a sua mãe. - Disse ela com orgulho.

Abri um sorriso embora ele fosse falso, não gostava de me assemelhar com a minha mãe em nada, embora fosse como minha avó havia dito. Boa parte da minha aparência eu havia herdado da minha mãe, não havia quase nada em mim que se assemelha se com meu pai.

- Bem, vamos entrar. - Falou meu tio. - Estou com fome.

Minha avó fuzilou meu tio com o olhar. Ela passou por nós e abriu o portão de casa.

- E você Jhony. - Disse ela. - Sempre fica mais chato a cada vez que eu o vejo.

- O amor de mãe é incrível! - Falou ele rindo.

Não consegui evitar o riso. Entramos pelo portão e após pela porta e isso me encheu de nostalgia. A casa da minha avó era um enorme sobrado antigo, a pintura beje das paredes a cada ano ficava mais desbotada, a porta de madeira rangia cada vez mais alto assim como o assoalho de taco, ignorando tudo isso a casa era muito bonita por ser bem cuidada, no sentido de limpeza. O chão era sempre muito bem ilustrado tanto que dava para até mesmo ver meu reflexo nele.

- Vou ficar no quarto de sempre ? - Indaguei.

- Não dessa vez. - Falou minha avó.

Ela passou por mim e por meu tio e seguiu para a porta a direita que levava a cozinha, meu tio a seguiu eu continuei parada na porta na cozinha vendo ela colocar as sacolas na mesa.

- Por quê ? - Indaguei.

- Além de você e seu tio que estão ficando aqui para cuidar de sua mãe. - Falou ela. - Estão sua outra tia e seus primos.

Assenti com a cabeça. Além da minha mãe e meu tio, minha avó havia tido mais uma filha a minha tia Katerine, ela geralmente era calma como meu tio mas sempre muito engraçada e maliciosa ela era a filha mais velha, minha mãe era a do meio e meu tio o mais novo.
Eu não ligava de ficar em outro quarto, mas preferia ficar no mesmo de sempre e também se eu não gostasse daquele outro quarto poderia mudar de quarto, a casa dos meus avôs não sei se era porque era uma casa antiga mas era muito grande e tinha vários quartos por isso praticamente cabia a família inteira.

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora