Desculpem a demora, é com o ENEM aí tá uma correria para estudar e tal.
Antes de colocar a mão na maçaneta, senti uma vibração no bolso do moletom de Moon, peguei meu celular, era Meeth me ligando. Atendi.
- Não irá vir para casa? - Ele perguntou de forma dramática. - E se eu passar mal e você não estiver aqui para me ajudar?! Você se arrependerá pelo resto da sua vida...
- Não espera nem menos eu dizer ''Alô," e já está dizendo tudo isso. - Falei. - Você poderia estar falando com um sequestrador agora.
- Se isso fosse verdade, o sequestrador não iria ligar para a sua família.
- E porque não? - Indaguei. - Ele pensaria que ninguém iria querer pagar um resgate por mim?
- Ele não iria ter intenções algumas de te devolver, por nenhum dinheiro no mundo. - Falou ele. - É o que eu faria...
- Acho que só aconteceria se você fosse o sequestrador. - Falei rindo.
- Vamos fazer assim. - Ele disse. - Se chegar logo em casa te dou algo especial.
- O quê? - Perguntei animada.
- Não vou dizer! Essa é a graça da brincadeira, e o que lhe motiva a estar nela: a curiosidade.
- Em quanto tempo devo estar em casa? - Indaguei.
- Meia hora. - Falou ele.
- E se eu chegar antes? - Indaguei.
- Você não está entendo. - Ele disse rindo. - Você só irá ganhar algo se chegar antes.
- Mas e se eu chegar muito rápido, eu tenho que ganhar em dobro. - Disse.
- Você é muito ambiciosa. - Observou ele.
- Não sou. - Disse tocando a campainha..- Só faço o que acho justo.
- Espera um pouco, acho que tem alguém na porta...
- Você prefere atender a porta, ao invés de falar comigo? - Brinquei.
- Você sempre diz que eu sou dramático, mas estou chegando á conclusão que também é. - Falou ele. - E muito.
- Jamais... - Falei. - Dessa relação, o mais dramático é ti.
Toquei novamente a campainha, do outro lado da linha escutei ele descendo as escadas.
- Não sei, acho você muito mais dramática e chorona. - Ele disse a última palavra mais baixo. - Amor, vou atender a porta, espera um pouco.
Desliguei a chamada. A porta se abriu, e do outro lado ele estava lá com um expressão séria.
- Chorona? - Indaguei.
Meeth abriu um sorriso.
- Um pouco só... - Ele disse pegando no meu braço e me puxando para dentro de casa.- De vez em quando.
- Não sou chorona. - Disse.
- Quantas vezes eu te vi chorando? - Indagou ele trancando a porta atrás de mim. - Acho que foram muitas.
- Eu também já te vi chorando. - Falei.
- Uma vez. - Respondeu ele.
Tirei meus calçados, e vesti um par de pantufas. Meeth pegou minha bolsa e colocou no sofá.
- E quantas vezes já me viu chorando? - Perguntei. - Duas vezes?
Ele riu.
- Amor, sério? - Indagou ele me encarando, como uma expressão de desacreditado. - Você sabe foram bem mais que isso...
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Dyed Storm - Dois amores impossíveis
Teen FictionUm professor fascinante aos olhos de uma aluna, e uma aluna que mais que isso é uma amiga. Um romance deve ser vivido e sentido para que não venhamos nos arrepender. Aproveitar o tempo ao lado de quem mais desejamos significa realmente tudo...