Volta.

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Meu tio como ele havia dito me acordou às dez, eu me arrumei vestindo minha calça jeans preta que era a minha calça mais confortável, não queria passar uma viajem de horas de uma maneira incômoda. Vesti meu suéter branco e meu sobretudo preto que marcava a cintura, e depois a peça mais importante que eu não poderia esquecer de forma alguma, meu cachecol. Não podia deixar que meu tio visse os chupões em meu pescoço.

Minhas botas de cano baixo estavam a frente da porta de entrada, então vesti minhas pantufas e depois de terminar a maquiagem e o cabelo saí de meu quarto, vi Meeth abrir a porta do quarto dele e sair também, ele me olhou e arqueou uma sobrancelha.

- Oi. - Ele disse de forma casual.

- Oi. - Respondi de forma tímida.

Terminei de fechar a porta do meu quarto, ele fez o mesmo e ficou me esperando. Olhei para ele e comecei a caminhar ele me acompanhou. Meeth estava de suéter, jaqueta de couro e cachecol ambos preto e jeans claros.

- Como foi sua noite ? - Indagou ele parecendo despreocupado. - Dormiu bem ?

- Hmm... -Emiti. - Poderia ter sido melhor, parecia que estava dividindo a cama com alguém. E a sua ?

- Entendo. - Falou ele. - A minha não poderia ter sido melhor! Dividi a cama com alguém.

Os lábios dele possuíam um sorriso malicioso. Abri um sorriso e comecei a descer as escadas. As malas de meu tio já estavam na sala, terminei de descer as escadas e segui para a cozinha meu tio estava passando o café como de costume.

- Bom dia. - Disse puxando a cadeira e me sentando.

- Bom dia pequena. - Falou ele sorrindo.

Meeth entrou na cozinha e sentou ao meu lado.

Peguei um copo que estava a mesa e fiz meu achocolatado assim que terminei de fazê-lo Meeth pegou o copo e bebeu, eu fiquei boquiaberta.

- Obrigado. - Sussurrou ele. - Está bom.

Semicerrei os olhos, não disse nada para evitar que meu tio olhasse para nós já que estava de costas colocando o café na garrafa. Fiz outro achocolatado, meu tio colocou a garrafa de café na mesa e após se sentou.

- Que raro. - Falou ele para Meeth. - Você tomando achocolatado, normalmente toma café.

- É. estranhamente hoje.- Falou ele batendo a perna na minha. - Senti vontade.

Meu tio deu de ombros.

- Lili. - Falou meu tio, assim que ele viu que tinha minha atenção prosseguiu. - Nós não vamos mais para a sua casa.

- O quê? - Indaguei.

Senti meu coração saltar, não vamos mais ir ver minha mãe senti uma onda de alegria passar por mim por um instante.

- Vamos para Moscou.- Esclareceu ele. - Sua mãe foi transferida para lá.

Fiquei cabisbaixa, é claro que com minha mãe doente não poderíamos simplesmente permanecer aqui.

- Tinha que ser em Moscou ? - Indaguei.

- Pedimos transferência para lá. - Contou ele. - Eu sei, que você não gosta de Moscou, mas não há o que se fazer quando todos os nossos parentes moram lá. Assim podemos ficar na casa da sua vó.

Não era apenas "não gostar," eu odiava Moscou. Durante algum tempo de minha infância meus pais e eu vivemos lá, a cidade em si é ótima mas a cidade do teatro Bolshoi fazia minha mãe ficar pensativa nos seus dia de glória e exigir ainda mais de mim, tinha péssimas recordações de quando morava cidade. Após terminarmos de tomar o café busquei minhas malas, Meeth me ajudou levá-las para o carro, assim que ele fechou o porta-malas ele segurou meu braço levemente.

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora