Acordando.

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O som do despertador me trouxe novamente para a realidade, uma realidade que era melhor que o sonho. Eu havia dormido com o rosto sobre o peito de Meeth, mas agora estávamos de conchinha, a posição era incrivelmente confortável, por isso demorei um pouco para me mexer e pegar o celular. Desliguei o despertador ele mostrava a hora para qual foi programado: 5:30 a.m.

Ouvi Meeth respirar fundo, ele soltou da minha cintura e se espreguiçou, me virei de frente para ele.

- Hora de acordar.- Falei.

- Não exatamente... - Sussurrou ele.

- É sim. - Falei.

Ele passou os braços por debaixo dos meus e me abraçou, deixando o rosto de encontro com meu ombro.

- Amor... - Falei dando leves batidas em suas costas.

- É tão bonito te ouvir me chamando de amor...

- Vou ir para o meu quarto... - Falei.

- Não pode ficar mais um pouco ? - Indagou ele.

- Acho melhor não.

- Você não quer ficar comigo? - Indagou ele.

- Não seja dramático. - Respondi.

- Só mais um pouquinho...- Ele disse esfregando o rosto no meu ombro.

- Se eu ficar mais um pouco, vou dormir... - Falei.

- Tudo bem. - Falou ele. - Você ainda vai dormir até o meio dia comigo... um dia.

Eu ri.

- Um dia quem sabe...

- Não acredito que está tão apressada para sair daqui. - Respondeu ele.

- Não estou.- Falei. - Queria ficar mais...

- Queria te dizer para ficar...

Meeth me soltou. Me espreguicei e levantei, estava frio. Fui em direção a porta e puxei a maçaneta, antes de abrir a porta completamente a luz do quarto acendeu. Olhei para traz Meeth estava em pé.

- Porque levantou ? - Questionei o olhando por cima de meu ombro.

- Porque será ? - Perguntou ele. - Minha namorada nem me diz tchau depois de dormir comigo...

- Talvez porque ela não queira dizer tchau. - Falei. - Talvez porque ela vai fingir que você está esperando ela em seu quarto, na sua cama quando voltar a dormir.

- Vai fingir que eu estou lá? - Indagou ele rindo.

- Talvez...

- E vai fingir que eu faço o quê ? - Indagou ele.

- Limpa o quarto. - Falei. - E depois me fazer uma massagem bem boa nos pés.

- A massagem não podia ser outro lugar ? - Ele disse fazendo uma expressão maliciosa.

- Não. - Falei rindo. - Tem que ser nos pés.

- Que triste... - Ele disse balançando a cabeça para ambos lados.

- Seu cabelo está bagunçado. - Falei rindo. - Mas está bonito.

Ele passou a mão pelos cabelos, e virou o rosto para o lado como se estivesse jogado os cabelos ao vento.

- Minhas madeixas são as melhores. - Ele disse de um modo convencido. - São as mais sedosas.

- Não posso duvidar. - Falei. - São muito macias também.

Ele se aproximou devagar, não me virei de frente para ele, ao invés disso olhei para a frente, para a porta. Ele colocou os dedos na minha nuca e entrou adentrou os dedos em meus cabelos.

Dyed Storm - Dois amores impossíveisOnde histórias criam vida. Descubra agora