Dyed Storm - Dois amores impossíveis

Passado.

Esse cap está extremamente cumprido, tentei uma nova forma de formação, mas infelizmente o site parece não ter aceitado, então fazer o quê?! haha Espero que aproveitem o cap, fiz com muito carinho <3

Adam foi muito compreensivo comigo, quando permitiu que eu fosse sozinha ao encontro de Betty. Odiava ter alguém no meu pé me impedindo de sair ou indo comigo para onde quer que eu fosse, mas entendo a preocupação da minha família, entretanto isso já havia tomado toda a minha paciência. Também, seria impossível ver Betty acompanhada, ao menos não para tratar do assunto que eu tinha em mente. Adam me deixou na frente do condomínio de Meeth. Antes dele destravar as portas me olhou, as mãos tamborizando no volante deixando claro seu nervosismo.

— O tio me mata se souber disso... — Ele disse. — Às 16h, Lili, 16h.

— Eu sei. — Coloquei a mão no braço dele para tranquilizá—lo. — Não precisa se preocupar.

— Tem certeza que se passar mal a pessoa vai te ajudar?

Supostamente... a Betty não gostava de mim, mas não era louca.

— Sim! — Disse a ele, me livrando do cinto de segurança. — Fique calmo, tenho certeza que vou pedir para que me busque antes.

Ele olhou no relógio, acompanhei seus olhos, ainda era 10:42h. Após alguns segundos de hesitação, Adam destravou a porta.

— Tchau! — Dei um beijo no rosto dele e saí do carro.

— Tchau. Qualquer coisa me ligue. — Esperou que eu assentisse antes de partir.

Avisei para o porteiro qual apartamento que queria ir, ele me liberou após conversar com Betty no interfone. Enquanto caminhava para o prédio dela, me lembrei da mensagem que troquei com ela, peguei o número dela com Andy, que hesitou muito antes de passar. Betty foi direta quando eu disse que queria falar com ela, respondendo apenas com: "Okay, venha depois das 9h." Estava esperando mais drama. Conhecendo a personalidade dela, ela só aceitou fácil assim porque alguma coisa tinha para me dizer também.

Segurei a alça da bolsa com mais força quando passei pela passagem que levava ao pátio dos prédios, me recordando da vez que havia vindo com Meeth. Ele não estaria aqui hoje, ele devia estar em aula agora, mas eu temia que ele me visse ali. Não queria ter que explicar o porquê de estar ali, dizer que vim falar dele para a sua ex, seria no mínimo patético.

Segui com pressa para o prédio de Betty, peguei o elevador rumo ao apartamento dela. Quando cheguei, bati na porta. Não demorou até que ela me atendesse, revelando um rosto presunçoso e uma postura de superioridade. Eu estava envergonhada, nunca imaginei que fosse a casa dela pedir ajuda. Meu orgulho se contorcia dentro de mim revirando meu café da manhã. A expressão dela ao atender era indecifrável, parecia animada e ao mesmo tempo indignada. Como se não acreditasse no que estava vendo.

— Não, não e não. — Ela riu dando espaço para que entrasse. — Sabe o quanto isso é estranho? No mínimo você parece uma stalker dele.

— Stalker? — Entrei. — Não diria isso... e sim, isso é muito estranho.

— Sim, ele terminou com você e agora você está atrás da ex dele para saber o porquê. — Ela fechou a porta fazendo um gesto para que eu a acompanhasse. — Bem, é isso não? Não vejo outro motivo para estar aqui.

— Está certa. — Admiti. — Ele simplesmente parou de falar comigo, sem explicações. Só me evita, isso não é do feitio dele...

— Bem, não exatamente...

Ela nos levou até a varanda, e se sentou em uma das cadeiras de balanço, fiz o mesmo. A primeira coisa que notei, é que dava para ver o apartamento dele dali. A varanda de Meeth, estava com as cadeiras posicionadas do mesmo modo em que eu lembrava.