ENTRE ALFAS UM OMEGA [CONCLUÍDO]

🍁CAPÍTULO 14🍁

🍁Matteo

Cheguei em casa depois do encontro mais lindo depois que cheguei na Filadélfia, a tarde foi espetacular, tirando o desmaio e quase morte. Como era de se esperar, a casa estava em um silêncio absoluto. A calmaria da noite de domingo contrastava com a agitação do dia anterior.

O lugar parecia ter se acomodado em um estado de paz que eu não tinha experimentado há algum tempo. A bagunça da minha semana ainda estava espalhada, uma visão que sempre me fazia sentir como se estivesse sendo engolido por um turbilhão de desorganização.

Decidi que precisava dar um jeito na casa antes que minha mãe e Missy chegassem. Passei as próximas horas arrumando cada canto. Eu estava começando a suar e a respirar mais pesado, mas a tarefa era recompensadora. A cada item que eu colocava de volta em seu lugar, sentia que a ordem estava retornando não apenas ao ambiente, mas também à minha mente.

Finalmente, ouvi o som da chave girando na fechadura e as portas se abrindo. Mamãe e Missy entraram, radiantes de alegria e carregando sacolas de compras. O cheiro do ar fresco da rua se misturava com o aroma dos produtos que trouxeram.

— Matteo! — Mamãe me chamou com uma voz alegre, e eu fui ao encontro delas. — Olhe, trouxe alguns ingredientes para prepararmos uma lasanha de frango.

Eu sorri e abracei as duas com carinho. Havia algo reconfortante no calor de seus abraços, algo que me fazia sentir que, apesar de todas as confusões e desafios, havia um lar para o qual eu sempre podia voltar.

Passamos o final da tarde e a noite juntas na cozinha, preparando a lasanha. Mamãe era uma cozinheira excepcional, e o cheiro da comida enchia a casa com um aroma suave de ervas e especiarias. Enquanto ela coordenava o preparo dos ingredientes, eu e Missy passamos algum tempo brincando e conversando. Ela estava especialmente animada, pois uma de suas amigas, que era nossa vizinha, veio nos visitar para brincar. Eu a via rindo e correndo pela casa, a vivacidade dela era contagiante.

— Matteo, você viu como o vôlei e a natação podem abrir portas? — Mamãe comentou, enquanto mexia na mistura de frango e molho. Eu respondi com um sorriso, comentando o quão incríveis eram esses esportes e como eles podiam criar oportunidades e amizades.

— É verdade, mamãe. E a natação também é maravilhosa. Eu participei de algumas competições na escola — falei, enquanto ralava cenouras para a lasanha. Evitei mencionar Matias. Não estava pronto para discutir esse assunto ainda.

Mamãe parecia estar no meio de uma conversa animada sobre esportes, e a ideia de como eles poderiam transformar vidas realmente a encantava. Eu também estava animado, mas algo no fundo da minha mente me dizia que estava prestes a ouvir algo que mudaria o tom da nossa conversa.

De repente, mamãe parou por um momento, deixando a colher de lado e me observando fixamente. Senti um frio na espinha, um pressentimento de que algo importante estava prestes a ser revelado.

— Amor, se lembra quando era criança, pouco mais de cinco anos, que tínhamos um empregado que cuidava dos jardins e uma babá que cuidava de você? — Ela perguntou, tentando relembrar os nomes dos antigos funcionários. Eu sabia exatamente de quem ela estava falando.

— Lembro, mamãe. Era o Tito e a Mada — respondi, baixando a cabeça e sentando-me na ilha da cozinha para ralar uma cenoura. O nome de Madalena me fez lembrar vagamente de seu rosto gentil. O assunto me transportou anos e anos para o passado.

— Encontrei ela depois de tantos anos no mercado enquanto eu fazia compras... Mamãe falou e eu quase caio no chão.

— E foi, mãe! Que bom, precisa de mais cenoura? Eu perguntei na esperança de mudar de assunto, se ela sonhasse que eu tinha contato com Matias ela simplesmente iria fazer uma inquisição para saber o por que de eu ter omitido tudo, e depois disso já viu, seria impossível esconder o bullying. Mas ela simplesmente me ignorou.