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Sexta-feira, 31 de dezembro


Estávamos correndo apressadas; todos eles já deviam estar reunidos àquela hora. Parei de correr quando avistei a multidão à nossa frente.

— O que aconteceu? — Hinata me olhou, preocupada.

— Desculpe, eu não posso ir. — Respondi, ainda segurando sua mão.

— O quê? Por quê?

— Eu não estou estranha? Me sinto esquisita, não sou acostumada a usar esse tipo de roupa.

Hinata sorriu gentilmente e se aproximou mais.

— Confie em mim, você está linda. Sei que parece um pouco estranho, toda vez que coloco kimono, também me sinto assim.

Eu respirei fundo, tentando me acalmar.

— Além disso, estamos todos juntos, então  não precisa se preocupar.

Assenti, ainda um pouco hesitante, mas decidi seguir em frente. Voltamos a correr, desviando de todas aquelas pessoas. Pelo que a Hina disse, Takemichi e os outros estavam mais perto dos sinos. Deixei a garota me guiar até pararmos em uma barraca com o formato de um mini templo.

— Hina! — Takemichi falou animadamente, e a garot a soltou minhas mãos.

Quando ela andou até o namorado, me senti desprotegida, já que a estava usando para me esconder.

— Harumaki! — Mitsuya se aproximou de mim, sorrindo. — Uau, você está linda.

— Deixe só o Draken ficar sabendo disso. — Baji apareceu rindo ao lado de Mitsuya.

— Tome. — Chifuyu me entregou uma placa pentagonal. — A caneta está com o Takemichi.

— Obrigada. — Sorri em agradecimento. — E, aliás, vocês estão incríveis. — Os três garotos pareceram envergonhados.

Todos vestiam roupas tradicionais também. Não era algo comum, mas, diferente de mim, eles pareciam muito naturais usando-as.

Eu me senti um pouco mais à vontade ao ver que todos estavam se esforçando para participar do evento de forma tradicional, como eu. Eles não pareciam deslocados, o que me deu um pouco mais de confiança.

— Então, o que vocês escreveram? — Perguntei, tentando parecer casual enquanto pegava a caneta com Takemichi.

— Coisas boas para o futuro. — Mitsuya respondeu, ainda sorrindo.

— Eu pedi para a Toman continuar unida. — Baji disse, parecendo sério por um momento antes de sorrir.

— E você, Harumaki? O que vai pedir? — Chifuyu perguntou, curioso.

Fiquei em silêncio por um segundo, pensando. A verdade é que não sabia exatamente o que queria pedir. Olhei para a ema em minhas mãos e, depois de um momento, comecei a escrever, deixando meus pensamentos fluírem. Escrevi algo simples, mas sincero, que refletia meus desejos para o futuro.

Quero ser alguém de quem todos possam se orgulhar.

Quando terminei de escrever, me juntei aos outros, sentindo-me um pouco mais confiante e feliz por estar ali com eles.

— Pronto! — Declarei, sorrindo. — Agora é só esperar que tudo se realize.

Eles sorriram de volta, e logo estávamos todos rindo e brincando novamente, deixando o nervosismo inicial para trás.

— Vamos encontrar os outros. Falta pouco agora. — Mitsuya disse, segurando minhas mãos e me guiando para frente. O templo Sensoji parecia menor com todas aquelas pessoas ao redor.

Tudo O Que Eu Queria · Ken RyugujiOnde histórias criam vida. Descubra agora