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Quarta-feira, 09 de fevereiro


Ganhamos. A maioria dos Membros da Moebius estava no chão e outros fugiram. Durante a luta, o Hanma foi se afastando e depois sumiu. Ninguém sabe para onde ele tinha ido. 

— Mais uma vitória para a conta. — Smiley disse sorrindo.

— Pelo visto não vão mais incomodar. — Baji sorriu também.

Mikey, com um olhar satisfeito e cansado, se aproximou dos membros da Toman após o tumulto.

— A luta foi dura, mas mostramos a eles do que somos capazes. Agora é hora de descansar.

Os membros da Toman, que ainda estavam se recuperando do combate, começaram a relaxar e a soltar os músculos tensos. O orgulho e a adrenalina ainda estavam evidentes em seus rostos. Eles começaram a se afastar subindo em suas motocicletas.

— Agora bateu a fome. — Mikey disse.

— São duas da manhã, duvido que tenha algo aberto. — Angry respondeu.

— Eu te levo em casa, Takemichi. Vamos. — Chifuyu falou se aproximando.

— Eu te dou uma carona, Draken. — Mitsuya apareceu ao meu lado. — Aonde você vai?

— Vai lá para casa, Kenzinho? A gente pode comer por agora e quando a Emma acordar, ela faz um bom café da manhã. — Mikey disse sorrindo.

Emma... Olhei para Mitsuya, que me encarava sério.

— Não, pode ir. — Comecei a andar — Boa noite para vocês ai.

— Então, vai para casa? — Mitsuya perguntou, subindo em sua motocicleta. 


Toquei a campainha e encostei a cabeça na porta. Era uma loucura, não sabia exatamente o que estava fazendo.

Escutei o barulho dos passos e a maçaneta sendo girada. Meu coração parecia sair pela boca.

— Draco? O que você está fazendo aqui? — Ela perguntou, e o olhar nos seus olhos me trouxe uma sensação de paz.

Mas agora, eles pareciam diferentes.

— Acho que um dos lados venceu. — Ela fez uma expressão confusa, o que me fez sorrir.

— O que?

Desencostei a cabeça da porta.

 — Por que você está todo machucado? — Ela abriu espaço para que eu entrasse. 

Entrei, sentindo a familiaridade do ambiente e o alívio de estar em um lugar seguro. Olhei para ela, ainda tentando encontrar as palavras certas.

— É uma longa história. — Comecei, enquanto ela me conduzia para o sofá. — Tivemos uma grande briga com a outra gangue, e eu acabei me machucando. Mas nada que eu não possa lidar.

Sentei no sofá, deixando meus olhos vagarem pelo ambiente. Livros empilhados, folhas espalhadas, garrafas de água esquecidas pelo chão. Ela se sentou ao meu lado, e nos encaramos por um longo momento. Meu coração batia acelerado, quase audível.

Ela me olhava sem expressão alguma, impassível. Seus olhos pareciam apagados, sem o brilho habitual, e seus lábios estavam secos.

— Por que você não foi com o Mikey? — Ela finalmente quebrou o silêncio. — A Emma deve estar com ele.

Fiquei surpreso por ela mencionar Emma tão repentinamente, mas, pensando bem, era óbvio que ela notaria meu distanciamento desde que Emma voltou.

— Sendo sincero, eu não sei o motivo. — Respondi, tentando encontrar as palavras. — Eu só... senti a necessidade de estar aqui. Queria estar onde você está.

Tudo O Que Eu Queria · Ken RyugujiOnde histórias criam vida. Descubra agora