5- Convite

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POV. Justin Bieber

Eu estava do lado da cama onde Katharine dormia em um sono profundo. Deixei apenas o abajur do lado da sua cama aceso pra que ela pudesse ter um sonho tranquilo. A sua mãe dormia na poltrona um pouco distante da cama, ela parecia ser muito presente na vida de Katharine e eu gostei de saber daquilo. Agora mais do que nunca ela precisava da sua mãe por perto.

Com calma e cautelosamente eu me aproximei daquela cama do hospital. Pude notar alguns roxos em volta dos seus olhos e os seus lábios um pouco rachados. Ela parecia um anjo dormindo.

Estiquei meu braço e passei meu polegar com delicadeza na sua testa, tirando uma pequena mecha de cabelo que estava caindo por ela. Logo em seguida, passei a ponta dos meus dedos na sua bochecha, descendo até os seus lábios e depois no seu queixo. Katharine nem se quer se mexeu, ela continuou no mesmo sono profundo. Eu só tinha certeza que ela estava viva por conta dos seus batimentos cardíacos e da sua respiração.

O horário do meu plantão finalizava dali 15 minutos e eu não sabia quando iria ver Katharine novamente já que naquele mesmo dia eu ficaria de folga durante a parte do dia e da noite, e provavelmente quando eu voltasse ela já teria recebido alta do hospital.

Inclinei o meu corpo e aproximei a minha boca da sua testa, beijando com calma. Ela se mexeu um pouco na cama, mas não havia sinal de que ela fosse acordar.

- Dorme bem, Katharine. E vê se deixa todo esse jeito marrento de lado e aceite o tratamento. - Murmurei, mesmo tendo certeza de que ela me não ouviria.

POV. Katharine Moore

Era logo cedo quando eu acordei com uma enfermeira no meu quarto que arrumava os medicamentos da minha veia. A minha mãe dormia na poltrona perto da minha cama de um jeito todo torto e eu senti dó por ela, queria sair daquela cama e pedir que ela deitasse ou que ela fosse embora, mas eu duvido que ela me deixaria naquele quarto de hospital sozinha.

- Passou bem a noite, senhorita? - A enfermeira perguntou em um sussurro e eu a fitei.

- Sim, dormi bem.

Ela sorriu e assentiu.

- Caso precise de algo pode me chamar, com licença. - Ela disse e eu assenti.

Então, ela deu as costas e saiu do quarto, fechando a porta em seguida.

Eu havia sentido durante a noite que estava sendo observada por alguém, mas eu não conseguia abrir os olhos. Franzi a testa.

- Deve ter sido algum sonho que eu tive e não me dei conta. - Sussurrei pra mim mesma.

Soltei um suspiro profundo enquanto olhava cada parte daquele quarto. Tudo organizado, mas o cheiro - apesar da higiene ser impecável - era terrível. Cheiro de hospital, quem gosta?

Eu estava com fome, mas quando eu imaginei um prato de comida logo senti o vomito vir na minha boca e engoli seco, fazendo careta. Ótimo, eu estava com medo de vomitar.

Mas fome eu não passaria. Olhei para o relógio do lado da minha cama e marcavam as 6:10h da manhã. Estiquei meu braço até o alarme onde chamava a enfermeira e apertei, esperando a própria entrar no quarto.

Em questão de minutos, a mesma que estava trocando os meus medicamentos da veia adentrou, me fitando.

- Eu estou com fome. - Murmurei.

- Oh, sim. - Ela disse. - Vou pedir pra trazerem café pra você.

Assenti e ela sorriu, saindo do quarto.

Eu não tinha nem noção de quando sairia de lá, mas eu queria a minha casa, a minha cama. Eu odiava ter que ficar pedindo para os outros fazerem as coisas pra mim, eu estava bem, eu podia estar morrendo, mas eu ainda conseguia comer sozinha, fazer comida, ir buscar, andar e coisas do tipo.

Flatline // J.B Onde histórias criam vida. Descubra agora