capítulo 40- Taking Risks

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Último capítulo de hj. Vcs estão gostando da fic? Reponde ai nos comentários *-*
Boa leitura

"Você precisa escolher as causas pelas quais vai lutar nesse mundo."

POV. Justin Bieber

Eu me sentia em um beco escuro e sem qualquer saída. Katharine teve a sua escolha de fazer a cirurgia e eu havia lhe prometido que eu seria um dos cirurgiões presente no momento, o que me dava um nó na garganta porque naquela altura do campeonato eu tinha a total obrigação de fazer tudo correr bem, apesar do perigo que estávamos correndo. Não que não seja a minha obrigação fazer com que tudo corra bem em cirurgias de outros pacientes, mas daquela vez a minha paciente seria a Katharine. Eu estava lidando com a minha mulher e aquilo sem dúvidas passava de promessas de médicos: eram promessas de homem.

Imaginar que a vida dela estava nas minhas mãos era algo que me fazia soar frio. E se nada desse certo? E se ficar alguma sequela? E se...

- Merda! - Murmurei, abaixando a minha cabeça enquanto segurava a pia do banheiro do hospital. Levantei a minha cabeça e olhei para o espelho presente na minha frente.

Por que todo esse medo? Eu sempre fui um médico completamente confiante na minha profissão e de toda a minha sabedoria, eu nunca entrei em uma sala de cirurgia com medo de dar algo de errado, eu nunca se quer duvidei da minha capacidade e naquele momento o medo me consumia.

Medo de perder a Katharine. Medo de mais uma vez ser deixado.

Não é possível que comigo o maldito raio possa cair duas vezes no mesmo lugar. Eu me recusava aceitar aquela possibilidade, mesmo tendo Katharine ainda viva.

Era engraçado pensar nisso porque quem tem a doença é ela, quem está correndo o perigo de partir é ela e durante o jantar na noite passada ela não demonstrou medo ou incomodo, pelo contrário, até com a sua coragem de raspar o cabelo um dia antes de fazer uma cirurgia onde ela estava ciente dos perigos que estava prestes a correr, ela sorriu a todo instante pra mim e foi definitivamente uma das melhores noites da minha vida.

Não teve nada sobre eu cumprir seus desejos presentes na lista, não teve nada de anormal onde eu e a levasse pra algum lugar erótico ou coisa do tipo, foi simples, mas enquanto por acaso, ela abaixava a sua cabeça e ria de alguma coisa que eu lhe contava, eu tive a minha única certeza: ela é a mulher mais linda do mundo.

Soltei um suspiro pesado e liguei a torneira da minha frente, abaixando a cabeça e enchendo a mão de água, em seguida, jogando no meu rosto. Levantei a minha cabeça e me fitei pelo espelho. Eu precisava confiar, eu precisava ser forte.

Fechei a torneira e andei até o suporte de papeis, puxando dois lenços, secando o meu rosto e depois as minhas mãos, jogando dentro do lixo em instantes. Andei até a prateleira onde tinha a minha bolsa e a abri, tirando o meu jaleco de dentro e vestindo o mesmo, pegando a bolsa e saindo do banheiro.

Pude avistar no final do imenso corredor - parado e morto - daquele hospital, Alisson, a mãe de Kath sentada em um dos bancos perto da porta do quarto de Kath. Ela mantinha seu braço segurando a sua cabeça que estava baixa. Comecei a andar em direção a ela e enquanto eu me aproximava, notei que ela estava de olhos fechados. Assim que ela notou a minha presença, abriu os olhos e ergueu a cabeça, me fitando e abrindo um pequeno sorriso.

Eu sabia o quão falso aquele sorriso era até porque ela estava sofrendo. Ela tentava parecer forte na frente da Katharine pra não deixar a filha triste, mas em momentos como esse, quando eu a vejo sozinha, ela sempre está dessa forma: de cabeça baixa e pensativa.

- Oi Justin. - Ela disse, se levantando e se aproximando de mim.

- Como você se sente? - Perguntei e ela soltou um suspiro pesado, passando a mão na testa.

Flatline // J.B Onde histórias criam vida. Descubra agora