“Às vezes, as pessoas só querem ser felizes, mesmo que seja de uma maneira irreal.”
Acordei um pouco desnorteada por nem se quer notar que na noite passada eu havia dormido. Noite passada. Eu e Justin ficamos conversando até as 5 e pouco da manhã, até a enfermeira entrar no quarto pra dar a primeira dose do dia de um dos meus remédios e eu e Justin mentimos estar no nosso décimo sono, então, o remédio deve ter feito um bom efeito porque eu dormi feito uma pedra, acordando apenas na manhã do dia seguinte.
Abri os meus olhos com dificuldade, sentindo algumas pontadas na minha cabeça. Assim que eu encontrei Justin sentado na poltrona e de cabeça baixa, fechei meus olhos em instante por sentir mais uma pontada.
- Grh! – Soltei um gemido fraco entre os dentes, ouvindo os passos rápidos de Justin se aproximar da cama.
- Amor? – Ele sussurrou. – Está tudo bem?
Assenti, abrindo meus olhos com mais calma e fitando-o. Ele estava parado na frente da minha cama, com uma roupa diferente da madrugada e o cabelo um pouco molhado – o que deduzi que ele tivesse tomado banho.
- Que horas são? – Sussurrei.
- Quase 11 horas, baby. – Ele respondeu com calma.
- A minha cabeça dói. – Sussurrei, levando a minha mão até a cabeça e passando meus dedos devagar por ela.
- Vou colocar um remédio junto com os outros, tudo bem? – Ele disse. – Sua cabeça vai melhorar já já.
Assenti, fechando os olhos e escutando Justin manusear os instrumentos ao meu lado. Ele parecia abrir um potinho de medicamento, colocando junto com o soro e outros medicamentos que iriam direto pra minha veia.
- Baby, tem gente lá fora esperando por você. – Justin sussurrou e eu abri meus olhos, fitando-o.
- Quem? – Perguntei.
- Será que... huh, você autorizaria a entrada deles?
- Claro, amor. Por que não? – Franzi a testa.
- Sua cabeça está doendo, não está? – Ele perguntou e eu ri.
- Sim, mas já vai passar... – Dei uma pausa, sorrindo. – Corre, abre a porta pra eles!
Justin riu, andando rápido em direção a porta e a abrindo. Pela cama onde eu estava, não se dava pra ver quem estava no corredor, mesmo que eu curvasse o corpo na tentativa de enxergar. Justin, de costas para o quarto encostou a porta, parecendo falar alguma coisa pra quem estivesse do outro lado, mas logo autorizando a entrada de quem fosse.
O meu sorriso foi de orelha a orelha quando Mandy entrou junto com a minha mãe. Em seguida, Charles, Emilly e Megan, Sophia, Esther, Stephany e... Céus!
Arregalei os meus olhos ao notar o ultimo homem que entrava na sala. Todas as garotas após Emilly eram da minha faculdade que faziam belos meses que eu não a via, mas... Não, não acredito!
Dean!
Um sorriso cresceu em seus lábios assim que ele me viu e ele correu em direção a minha cama, me abraçando. Primeiramente eu senti um choque percorrer o meu corpo. Fazia tanto tempo que eu não o via. Quem o encontrou? Onde o encontrou? Como? Quando?
- Kath, que saudade! – Ele sussurrou, soltando do abraço.
Eu ia falar alguma coisa, mas imediatamente todos começaram um coro de parabéns. Junto disso um homem que aparentava ter seus 50 anos entrou com um bolo enorme de chocolate e um outro vinha com um buquê de flores, entregando o mesmo para Justin.
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Flatline // J.B
FanfictionPorque a vida pode te tirar todos os planos que voce criou durante anos e te dar uma data prevista da sua partida atraves de uma doenca cerebral, mas eu parei de ver o lado ruim das coisas a partir da hora que eu ignorei cada segundo que se passava...