(...)

Eu coloco Lea no chão, a pequenina passa a andar a minha frente, enquanto eu empurro o carrinho. Hoje ela esta bem animada, pois eu disse que podemos ir ao parque depois do mercado.

-- Olá -- Lea diz, acenando para um senhor que passa por nós em uma cadeira de rodas.

-- Olá pequenina -- O senhor responde sorridente.

A partir desse momento, ela saiu cumprimentando todas as pessoas que ela via no mercado, dizendo "olá" e acenando com sua mãozinha.

Eu sorrio observando a animação de Lea. Ela ilumina o ambiente por onde passa, e é impossível não notar o impacto positivo que sua alegria tem nas pessoas ao redor. Algumas delas retribuem o aceno com sorrisos calorosos, enquanto outras parecem surpresas pela gentileza inesperada da pequena.

-- Você está fazendo muitos amigos hoje, hein? -- comento enquanto seguimos pelo corredor.

-- Lea gosta de faze amiguinhos -- ela responde com a voz doce, olhando ao redor em busca de mais alguém para cumprimentar.

-- E você está sendo uma ótima amiga -- digo, admirando o quanto ela está crescendo e se tornando uma criança sociável e carinhosa.

Continuamos andando, e eu me pergunto como será nosso tempo no parque depois, imaginando as aventuras que Lea já deve estar planejando em sua cabecinha cheia de imaginação.

Nós passamos pelo corredor de doces, Lea nunca teve interesse por doce, nós preferimos por durante a introdução alimentar, não apresenta-la aos doces, e só deixar que ela prove essas bombas de açúcar, quando tiver por volta dos três anos. Mas Lea, por conta própria, nunca demonstrou interesse. Creio que se oferecer uma bala ou uma cenoura, ela provavelmente vai escolher a cenourinha.

-- Olha mamãe, um au au -- Lea diz, mantendo uma distância segura do pequeno yorkshire -- Olá... Lea podi da calinho no au au? -- ela pergunta a mulher que segurava a guia do cachorro.

Eu fico orgulhosa por ver que ela aprendeu que não pode tocar nos cachorrinhos sem perguntar aos tutores antes, pois o cachorro pode ser bravo e morder ela.

A mulher sorri para Lea, surpresa e encantada com a educação da pequena.

-- Pode sim, querida, ele é bem bonzinho -- ela responde, agachando-se um pouco para deixar o cachorrinho mais acessível.

Lea, com toda a delicadeza do mundo, aproxima-se lentamente e dá um carinho suave na cabeça do yorkshire, que balança o rabinho feliz.

-- Au au é fofinho, mamãe -- Lea diz, olhando para mim com um sorriso iluminado.

-- Ele é muito fofinho mesmo -- concordo, observando com orgulho a interação cuidadosa dela com o cachorro.

Depois de alguns segundos, ela se despede do cãozinho com um "tchau, au au" antes de continuar sua aventura pelo corredor do mercado. Fico impressionada com como ela está crescendo e aprendendo tão rápido, absorvendo os ensinamentos com tanta naturalidade.

-- Achei vocês! Eu disse que encontraria vocês aqui... Mas acho que a ligação falhou e você não ouviu -- Billie diz ofegante, ao nos encontrar no corredor. Lea bate seus pezinhos alegre, correndo em direção de sua mami

Billie se abaixa rapidamente, recebendo-a com um abraço apertado. Ela ainda estava um pouco ofegante, mas seu sorriso mostrava alívio por finalmente nos encontrar.

-- Oi, meu tigrão! -- Billie diz, beijando a bochecha de Lea, que ri animada.

-- Mami estava blincando com au au -- Lea informa com sua voz doce, apontando para o cachorro que já estava mais adiante.

Boss (Billie/You)GpOnde histórias criam vida. Descubra agora