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Billie estava ali, se aconchegando contra mim de um jeito tão carinhoso e dependente que era impossível não sorrir. Eu passava os dedos pelos seus cabelos molhados, espalhando o shampoo, enquanto ela permanecia com a cabeça apoiada no meu peito, os braços ao redor da minha cintura, como se estivesse buscando o máximo de contato possível.

-- Está confortável assim, amor? -- pergunto baixinho, sentindo o calor de seu corpo contra o meu. Ela estava levemente agachada, e eu não conseguia imaginar como aquilo não a estava incomodando.

-- Com você assim? Sempre -- ela responde manhosa, a voz um pouco abafada contra minha pele.

Eu rio baixinho, apertando-a um pouco mais com uma das mãos enquanto a outra continua trabalhando em seus cabelos.

-- Você é uma manhosa, sabia? -- digo, beijando o topo de sua cabeça.

-- Só com você... -- ela murmura, ainda grudada em mim.

Ela parecia tão tranquila, tão entregue ao momento, que eu apenas continuei ali, aproveitando esse pequeno instante de paz juntas.

(...)

Eu acordo sentindo Billie praticamente subindo em cima de mim durante o sono. Eu riu fraco ao ve-la completamente esparranada na cama.

Meus peitos estavam um pouco doloridos pelo excesso de leite acumulado, o que me lembra que não coletei o leite antes de dormir.

Eu me levanto e faço minhas higienes matinais, então me dirijo para o quarto de Lea. A pequenina havia acabado de acordar, seus finos cabelinhos estavam completamente bagunçados, as bochechas avermelhadas, os labios formando um biquinho adoravel, enquanto os olhinhos, em um azul acinzentado, pareciam me procurar antes de marejarem por completo.

-- Ei bebê, a mamãe ta aqui -- Digo atraindo sua atenção, mas isso não foi o suficiente para impedi-la de iniciar um choro cheio de manha.

Eu rapidamente a pego no colo, sentindo seu corpinho quente e ainda sonolento se aconchegar contra mim. Ela estava tão manhosa, e o choro suave e cheio de necessidade me fez sorrir de leve.

-- Shh, shh... Eu sei, você estava com saudade, né? -- murmuro, balançando-a suavemente enquanto caminho pelo quarto.

O pequeno biquinho em seus lábios e os olhinhos marejados me derretem por completo, e logo o choro vai se acalmando, transformando-se em soluços intermitentes.

-- Pronto, já passou... Mamãe está aqui -- digo, passando a mão pelos seus cabelinhos bagunçados.

Ela segura firme minha blusa, como se tivesse medo de me perder, e eu a abraço um pouco mais apertado, sentindo aquele amor incondicional inundar meu coração.

-- Você quer seu tete?-- Pergunto mesmo sabendo que não terei uma resposta verbal.

Com cuidado arrumo a pequenina em meu colo, arrumando minha blusa e aconchegando Lea contra meu peito. A pequenina não perde tempo, logo ja estava se alimentando com pressa, resmungando baixinho vez ou outra.

Eu acaricio suavemente seus cabelinhos enquanto ela mama, seu corpinho pequeno e aquecido se aconchegando contra mim. Cada pequeno resmungo que ela solta me faz sorrir com ternura.

-- Devagar, meu amor... Tem bastante -- murmuro, observando-a com adoração.

Ver Lea tão concentrada e tranquila, se alimentando, traz uma sensação de paz que preenche meu coração. É nesses momentos que me lembro de como cada detalhe da maternidade, por mais cansativo que possa ser às vezes, é simplesmente maravilhoso.

-- Você é tão perfeita, sabia? -- digo baixinho, mais para mim mesma, enquanto ela continua sugando. -- A mamãe te ama tanto, sabia disso?-- Sussurro beijando sua testa quando ela termina de mamar.

Ela me olhava com os olhinhos curiosos, as mãozinhas tentando agarrar-se a qualquer coisa que visse pela frente. Eu sorrio quando ela toca meu rosto e murmura um "aaa" meio rouquinho. Sorrio ao ouvir o som adorável que ela faz, seu pequeno "aaa" enchendo meu coração de alegria. Ela continua mexendo suas mãozinhas curiosas, como se estivesse tentando entender o mundo ao seu redor, e o toque dela no meu rosto me faz derreter.

-- Você é tão esperta, meu amor -- digo suavemente, segurando sua mãozinha e beijando seus dedos pequenos. -- A mamãe ama muito você.

Seus olhos azuis acinzentados me observam com atenção, e por um momento, tudo parece perfeito e em paz. Segurar Lea assim, sentir sua confiança e amor, me faz perceber o quanto esses momentos são preciosos.

-- Agora vamos tomar um banho gostoso, lavar essa bundinha e ficar cheirosa -- Digo me encaminhando para o banheiro do quarto, mantendo a pequenina em meu colo.

Com cuidado, eu deito ela sobre o trocador para poder tirar sua roupinha e sua fralda. Lea resmunga um pouco quando eu a deito no trocador, mexendo as perninhas agitadamente. Dou um sorriso, pegando suas mãozinhas para acalmá-la enquanto começo a tirar sua roupinha com cuidado.

-- Calma, meu amor, logo você vai estar quentinha e cheirosa -- digo, afagando sua barriguinha.

Ao tirar a fralda, noto que ela está precisando mesmo de um bom banho. Rio baixinho, balançando a cabeça.

-- Parece que alguém se divertiu bastante enquanto dormia, hein? -- brinco, limpando-a com delicadeza antes de prepará-la para a água.

Lea continua me observando com aqueles olhinhos curiosos, enquanto vou pegando tudo para o banho. Quando coloco ela dentro da banheira com seu patinho de borracha, ela não perde tempo em agarrar o brinquedo amarelo e levá-lo ate seus labios, começando a morde-lo.

Com cuidado, eu jogo um pouco de agua em sua cabeça, Lea pisca surpresa e então da risada, levando suas mãozinhas ao rosto.

Lea gargalha, aquele som doce e inocente que faz meu coração derreter. Ela aperta o patinho de borracha com força enquanto tento lavar seus cabelinhos com cuidado, usando um pouquinho de shampoo próprio para bebês.

-- Gostou da água, né? -- digo com um sorriso, enquanto jogo mais um pouco de água morna em sua cabeça.

Ela continua rindo e mexendo as perninhas, fazendo respingos por todo lado. Cada vez que a água toca seu rostinho, ela leva as mãozinhas até o rosto e dá mais risadinhas. Eu não consigo conter o riso também, vendo como ela se diverte até nas coisas mais simples.

-- Você é a bebê mais feliz desse mundo, sabia? -- murmuro, enxaguando seu corpinho enquanto ela continua brincando com o patinho.

Quando Lea ja eatava devidamente banhada s vestida, eu desço para a cozinha. Billie sorri ao ver a pequenina em meus braços.

-- Que cheirinho gostoso de princesa!-- Bill comenta animada, olhando para Lea. A pequenina se agita no mesmo instante, mexendo seus bracinhos de forma eufórica.

-- Alguém está animada para ver a mamãe! -- digo, sorrindo ao ver Lea toda empolgada nos meus braços.

Billie se aproxima e, com cuidado, pega Lea, que continua mexendo seus bracinhos de forma eufórica, soltando alguns resmungos felizes. A cena das duas juntas me enche de alegria. Billie beija a testa de Lea, inspirando profundamente o cheiro suave do bebê.

-- Nossa, está mesmo cheirosa! -- Billie diz com um sorriso largo, acariciando as bochechas de Lea. -- O banho com a mamãe foi bom, né?

Lea responde com mais um daqueles "aaa" adoráveis, e Billie ri, se balançando levemente enquanto segura a pequenina, como se estivessem dançando juntas.

-- Eu te amo minha princesa -- Billie diz e beija o topo da cabeça de nossa pequenina. -- Bom dia meu amor -- Ela sela nossos lábios com carinho -- Fiz o café da manhã

-- Bom dia, meu amor -- respondo, retribuindo o beijo com um sorriso. -- Café da manhã feito? Isso é um verdadeiro luxo!

Billie sorri orgulhosa e balança a cabeça. -- Claro, eu tinha que dar uma folga para minha esposa, né?

Eu a observo enquanto ela coloca Lea no cadeirão com cuidado, a pequenina agitando as mãozinhas, claramente ainda animada. Então Billie me guia até a mesa, onde o café já estava servido: frutas, pães, sucos e até panquecas.

-- Uau, você realmente se superou hoje -- digo, olhando para a mesa.

-- Fiz com amor -- Billie comenta, me puxando para mais um beijo rápido antes de nos sentarmos.

Boss (Billie/You)GpOnde histórias criam vida. Descubra agora